sábado, 9 de maio de 2015

Dicas de como lidar com os bebês

Sono: quando o bebê troca o dia pela noite
"Até os 2 anos de idade, o bebê apresenta um sono muito diferente do sono do adulto, com um período de descanso maior e vários menores (as sonecas). O problema é que o período de sono maior nem sempre coincide com os horários da família. Menos frequentemente, distúrbios do sono em bebês podem ser originados também de insônia ou problemas respiratórios, como a apneia. Estes costumam se manifestar como ronco e agitação ao dormir, sonolência durante o dia e dificuldade para acordar. Esses casos precisam ser avaliados, investigados e tratados pelo pediatra. Já a insônia geralmente é desencadeada no bebê por hábito de alimentação noturna, estresse por algum problema de saúde e falta de limites (dificuldade de iniciar o sono, recusa da criança em ir para a cama na hora adequada, entre outros). A abordagem desse problema é comportamental, como com os adultos. É preciso observar os hábitos da família e a sua história, fazer adaptações e corrigir os hábitos inadequados, como horários irregulares. Os casos mais difíceis devem ser acompanhados pelo pediatra, e às vezes por psicólogo e neurologista", aconselha Filumena Gomes, pediatra do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas, em São Paulo.
“Os despertares na primeira metade da noite e associados à manifestação de choro ou à atitude de sair da cama e ir para a dos pais, por exemplo, quando se trata de uma criança que já apresentava uma boa consolidação do sono, sugerem um despertar parcial, ou seja, uma manifestação da transição do sono de ondas lentas para o sono dos sonhos (REM). Ou seja, a criança, apesar do barulho e dos movimentos que faz, não está consciente, não está acordada de fato. Essas crises podem receber nomes como sonambulismo, choro inconsolável, terror noturno, mas essas classificações só se referem à característica dos despertares. Em geral, os episódios são esporádicos, são favorecidos por situações de mudança ou estressoras na vidinha da criança e tendem a desaparecer espontaneamente. O ideal é apenas encaminhar a o pequeno de volta para a cama. As crises tem uma duração média de 3 a 5 minutos. Caso  se tornem muito frequentes, é recomendável consultar um especialista”, aconselha a neuropediatra Márcia Pradella-Hallinan, do Instituto do Sono da Universidade Federal de São Paulo.
Ciúmes na amamentação
"Tenho um casal de gêmeos de 3 meses. O menino mama apenas no peito e a menina, infelizmente, complemento. Sempre que estou dando mamadeira para a garota, o garoto me olha e começa a choramingar, como se estivesse reclamando de ciúmes. Isso é possível? O que posso fazer para melhorar?”
“As crianças têm, desde a vida intrauterina, a percepção do que acontece ao seu redor. Pelo fato de serem gêmeos, ambos sabem que deverão dividir a atenção da mãe. É possível, realmente, que o menino sinta ciúmes da irmã e vice-versa. É interessante que, na medida do possível, as crianças fiquem próximas umas da outras, compartilhando do afeto da mãe. No entanto, a postura e a segurança da figura materna em momentos como esse é que farão toda a diferença. Ainda que um dos bebês choramingue, o ideal é que a mãe se mantenha firme, pois o pequeno será, sim, capaz de entender a mensagem”, esclarece Sangra Regina Garcia Soffner, psicopedagoga e Coordenadora da Unidade Infantil (Gente Nossa) do Colégio Palmares, de São Paulo.
Dicas para tirar a mamadeira
“Como a criança está acostumada com a mamadeira, ela deve ser tirada aos poucos. Primeiramente, podemos tirar a mamadeira da noite, pois a criança a usa como chupeta. Além disso, a mamadeira neste horário faz com que a criança durma com os dentes sujos, prejudicando a dentição — e isso é ainda pior quando o achocolatado é adicionado, pois ele aumenta o risco de cáries e é um estimulante. Depois disso, a mãe pode passar a substituir o leite da mamadeira em um copo durante o dia. Ela pode oferecer o copo de uma forma lúdica:  com canudinho e enfeites, por exemplo. É importante que a mãe elogie a criança quando ela tomar leite no copo, mostrando a ela que mamadeira é ‘coisa de neném’ e que ela já está grandinha e que, por isso, já pode beber no copo — assim como já come no prato”, explica Quézia Bombonatto, psicopedagoga e diretora da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp). 
Birra
Para notar se o que seu filho está fazendo é birra, os pais podem ficar atentos a três questões. “É importante perceber em que condições a criança está, se está com fome, sono ou se houve um excesso de estímulo. Por exemplo, se ela acabou de sair de uma festa, o comportamento pode ocorrer devido à exaustão. No caso da birra, a reação da criança é sempre desproporcional ao acontecimento. Além disso, a birra é uma tentativa de manipulação, forçando a vontade dela em oposição à vontade dos pais”, explica a psicanalista Vera Ianconelli, coordenadora do Gerar – Instituto de Psicologia Perinantal.

Fonte:
http://bebe.abril.com.br/0-12-meses/educacao

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