sábado, 26 de março de 2016

Ame o próximo como a ti mesmo!

Uma frase que temos bem interiorizada, mas que em poucas ocasiões cumprimos com o que diz, é a “não faça com os outros o que você não gostaria que fizessem com você”. Uma frase profunda, com muita informação moral e educativa que, dependendo do momento, torna-se apenas mais uma frase com significado ignorado pelos nossos atos.
Em algumas ocasiões não somos conscientes de que estamos fazendo algo que antes criticávamos. Talvez não sejamos capazes de controlar e abrir os olhos diante de algo que não estamos de acordo, mas que antes fizemos.
O ser humano é incoerente?
Uma das coisas que, pessoalmente, não consigo suportar, é a incoerência. E nela está o ponto principal. Se você não gosta que se intrometam na sua vida, por que você se intromete na vida dos outros?
É importante levar em consideração que o ser humano está em contínuo processo de mudança. O que hoje me parece correto, amanhã pode ser que não seja. Hoje posso querer me casar e dentro de alguns anos não queira mais. Isso é comum, pois evoluímos, amadurecemos, mudamos… As experiências marcam nossa vida e a modificam. Nunca deixamos de aprender e, da mesma maneira, nunca deixamos de evoluir.
Mas, o que acontece quando penso em uma coisa e imediatamente faço o contrário? Isso não é evoluir, isso não é mudança nem amadurecimento. Isso é pura incoerência. E podemos ser incoerentes? Sim, podemos. Ninguém nos impede de sermos assim, pois não estamos presos a nada. Mas, pense em sua estabilidade emocional.
Devemos saber quem somos e agir de acordo com este conhecimento. Não podemos pensar algo e fazer o contrário logo depois.
Sim, me irrita lidar com pessoas incoerentes, pois a própria pessoa incoerente deve ter infinitas ideias mescladas e nenhuma clara em sua cabeça. Isso faz com que sejam muito pouco idôneas para argumentar e defender seus próprios pensamentos e atos.

Não quero isso, mas o faço
As pessoas incoerentes geralmente fazem coisas que não querem que os outros façam com elas, mas como podem pensar assim? É algo egoísta e impossível. Se não querem que mintam para você, mas você mente para os outros, inevitavelmente você vai atrair um monte de mentiras.
Por acaso você já ouviu que, se você for negativo, atrairá somente coisas negativas, mas se você for positivo só atrairá coisas boas? Talvez você não tenha consciência disso, ou talvez tenha. Mas a verdade é que quanto mais positivo você for, melhores serão as coisas. Saiba como fazer isso:
* Não minta e não permita que mintam para você. Não assuma uma mentira por vingança. Aposte na transparência.
* Não deixe que ninguém faça você se sentir mal e não faça isso com os outros. Por acaso você se sentiria bem fazendo o mal a alguém? Se você não gosta quando fazem isso com você, não pague na mesma moeda.
* Rodear-se de gente positiva e que seja o oposto de você pode ajudar a deixar de fazer com os outros o que você não gostaria que fizessem com você. Nutra-se de pessoas boas que não desejam o mal a ninguém e que ajam com coerência.
* Elimine as pessoas que não são seus verdadeiros amigos na vida. Assim você evitará pensar sempre em fazer o mesmo que fazem com você e que lhe causa dor.
* Nunca odeie, pois odiar é algo que só você permite. O ódio só atrai sofrimento, e você merece ser feliz.
Muitas são as situações que fazem com que façamos aquilo que não gostamos com os outros. Seja por vingança, ódio ou qualquer outro motivo. Mas, isso lhe faz feliz? A resposta é “não”. E como mudar? Como vimos, se você não gosta quando fazem isso com você, liberte-se! Busque pessoas positivas que só proporcionem coisas boas a sua vida.

Fonte:
http://amenteemaravilhosa.com.br/nao-faca-os-outros-voce-nao-gostaria-fizessem-voce/

sábado, 19 de março de 2016

Como eliminar esse mal da procrastinação de sua vida

Procrastinar significa adiar aquilo que é importante de ser feito. Vamos saber agora o que está por trás desse mal. PROCRASTINAÇÃO, o eterno ADIAR!
Podemos procrastinar uma obrigação, como uma conta para pagar ou um relatório pra fazer. Mas pode também ser algo que não é uma obrigação, mas que, se fosse feito, traria um benefício para a nossa vida como fazer um curso; organizar o seu trabalho; fazer um investimento na sua carreira…
Outros exemplos de coisas que é comum deixarmos pra depois: exames médicos; dentista; dieta; exercícios; cuidados com o bem estar e saúde; projetos pessoais e profissionais; término de relacionamento; conserto de coisas quebradas; organização de coisas em casa; doação e limpeza de coisas que não utilizamos; elaboração de orçamento; colocar as dívidas no papel; fazer algo que envolve criatividade… São muitas coisas.
Existem várias razões por trás desse comportamento. Essas razões não são lógicas ou racionais. Tem um fundo muito mais emocional, e em muitos casos, é processo que ocorre de forma inconsciente. Vou relatar aqui algumas dessas razões por trás da procrastinação, desde uma mais superficial até outras mais profundas.
* A simples sensação de que a tarefa que você vai fazer é chata, entediante, faz você adiá-la. É uma tentativa de não entrar em contato com o sentimento ruim que surge ao pensar em fazer a tarefa. Então você deixa pra depois, sente um alívio momentâneo que não é verdadeiro. Por que no fundo você sabe que tem que fazer. Isso acaba gerando mais ansiedade. E a ansiedade cria um estado de inquietação física e mental, leva a confusão e paralisia, e isso contribui também para gerar mais procrastinação.
* A procrastinação é uma das formas de manifestação da autossabotagem. E autossabotagem acontece devido a inúmeros fatores emocionais. Vou citar exemplos.
O ser humano tem uma necessidade de se identificar com as pessoas que ele convive e ama, como a família, por exemplo. E essa identificação acontece no nível dos interesses intelectuais, culturais e até na questão do nível financeiro. Se você começa a crescer em alguns desses campos, é possível que tenha medo de perder a identificação com essas pessoas e comece a se afastar emocionalmente delas. Sendo assim, a pessoa sabotar o seu crescimento profissional adiando coisas que ela sabe que poderiam alavancar a sua carreira. Poderia fazer um determinado curso, mas não faz, vai deixando pra depois e nem sabe a razão. No fundo, existe o medo de se afastar, medo de ficar diferente e não se sentir igual aos outros, medo até de sofrer rejeição se vier a se tornar uma pessoa diferente.
Isso normalmente acontece em um nível inconsciente. Se você perguntar para a pessoa, é provável que ela diga que gostaria muito de crescer profissionalmente, e ela vai justificar a falta de atitude pra alavancar esse crescimento com outras explicações mais superficiais. Talvez a pessoa diga que é preguiçosa, que não tem força de vontade o suficiente. Mas tudo isso já é o reflexo desses sentimentos que a pessoa guarda que geram essa energia sabotadora e levam a sentir preguiça e falta de vontade.
Sentimentos de culpa levam a processos de autopunição. E uma forma de se punir é deixar pra depois coisas que poderiam melhorar a sua vida. A culpa gera um sentimento de que você não merece coisas boas, porque em algum nível você se julga uma má pessoa que fez algo condenável. E se você fez algo condenável, vai adiando ações que poderiam levar uma vida mais feliz. No fundo, a pessoa não acha justo que ela seja mais feliz.
Essa culpa pode ter origem em algo que a pessoa fez como um aborto, uma traição, um ato desonesto. Mas pode ser também causada por falta de apoio e elogio na infância e excesso de críticas. Crianças que são muito cobradas e pouco elogiadas tendem a achar que elas fazem tudo errado e se sentem culpadas por não serem bons filhos. Elas acham que é de sua responsabilidade a insatisfação que elas veem nos seus pais. Sentem que não são boas o suficiente.
Tudo isso vai baixar a autoestima, o amor próprio. E quem não se ama plenamente começa a sabotar a própria vida das mais variadas formas, inclusive, através da procrastinação.

Abaixo listei 4 dicas de como ser mais eficaz na ação:
1. Conheça sua personalidade - Analise seu modo de agir e ser determinado, em quais momentos você realiza suas atividades com prazer.
Algumas pessoas são mais noturnas, enquanto outras são mais diurnas. Com isso, ao conhecer o seu próprio ritmo você consegue aproveitar qual período é melhor para você trabalhar, estudar, descansar ou se divertir.
2. Enumere suas tarefas - Priorize quais são as mais importantes e urgentes, pois se pensar muito irá procrastinar e deixará para amanhã.
3. Defina prazos de suas atividades - Depois de ter feito sua lista coloque o prazo máximo para realização. Em inglês, falamos que ter uma dead line, um prazo final e máximo, é a diferença que faz a diferença entre fazer e não fazer. Segundo Napoleon Hill, “um objetivo é um sonho com um prazo máximo” – “A goal is a dream with a deadline“.
Porque, imagine, você. Se você tem um sonho e pensa que poderá levar 30 anos, você vai começar a realizar agora? Provavelmente vai deixar para depois. Se o sonho tiver um prazo de 5 ou até de 1 ano, mesmo assim, talvez você protele.
Porém, se o que você quer fazer ou o que você tem que fazer “é pra ontem” você não terá escolha, senão fazer. Então, ao invés de deixar tudo ficar “pra ontem”, estabeleça prazos e siga-os a risca.
4. Faça imediatamente - Não pense muito para realizar alguma tarefa da lista, faça imediatamente. Pois se pensar muito, irá procrastinar. Outro erro comum é ficar planejando, criando mil listas para fazer (to-do lists) ou permanecer na argumentação e na contra-argumentação: “não fiz isso, não fiz aquilo. Se eu fizer isso agora, vou deixar aquilo para depois. Mas eu tenho que fazer isso também. Então, se eu fizer aquilo outro primeiro, vai dar tempo e conseguirei….”

Fonte:
http://www.eftbrasil.com.br/procrastinacao-o-eterno-adiar/
http://www.psicologiamsn.com/2014/09/o-que-e-procrastinacao-4-dicas-para-acabar-com-ela.html

sábado, 12 de março de 2016

Amizade & Desenvolvimento Emocional

Entende-se por amizade uma relação íntima entre duas pessoas, e essa relação se realiza espontaneamente, tendo como característica um forte componente afetivo.  O encontro da amizade é entendido como um relacionamento de confiança entre as pessoas. Normalmente, as duas pessoas são beneficiadas na amizade, nela estão envolvidos valores éticos, sociais, afetivos e morais.
A amizade dentro de uma perspectiva científica é compreendida como uma importante fonte de felicidade e bem-estar. Ela proporciona o apoio social, o compartilhamento de experiências, interesses, memórias, pensamentos, sentimentos e emoções.
Historicamente, o ser humano sempre necessitou do contato social. Quando se viam desprotegidos dentro do ambiente, homens e a mulheres buscavam o contato coletivo, pretendendo se proteger dos muitos perigos externos. Eles percebiam que sozinhos teriam mais probabilidade de morrer. Nesse sentido, o contato com outros sempre trouxe a perspectiva de apoio e proteção.
Assim, desde muito cedo, está claro para a humanidade que não somos seres solitários, somos, antes, sociais, pessoas que necessitam constantemente do outro, e assim somos mais felizes.
Na amizade, vivemos uma dimensão muito importante, que é constitutiva do ser: a afetividade, na qual, podemos manifestar e experimentar o amor, o carinho e muitos sentimentos e comportamentos que nos tornam mais humanos. O apoio de uma amizade, neste mundo “mais que moderno”, é muito importante, pois se tornou fonte de segurança externa como também apoio psicológico.
Quando temos alguém para confiar os nossos segredos, sonhos, dificuldades pessoais e problemas de vários gêneros, não nos sentimos sozinhos no mundo. O acolhimento de um outro nos faz acreditar que somos importantes, portanto, as dificuldades, quando compartilhadas, tornam-se menores, minimizadas e assim podemos ver saídas, ter esperança.
Algumas pesquisas têm demonstrado que quando a pessoa que tem amigo ou amigos apresentam menor propensão ao consumo de cigarros e álcool, como também menor chance para desencadear uma depressão ou mesmo algumas doenças físicas.
O amigo pode ajudar o outro na manutenção de uma mudança de vida, como também pode mobilizá-lo para outras. As relações de amizade permitem ao indivíduo o aprendizado de habilidades sociais ao longo de todo o ciclo vital (infância, vida adulta e velhice). Em cada momento da nossa vida experimentamos a amizade de uma forma específica, e ela é valiosa para o nosso amadurecimento pessoal nessas etapas. Se, porventura, percebermos que temos dificuldades para ter amigos, perceberemos também que o ativismo diário tem nos distanciado dessa forma íntima e importante de relacionamento, ou alguma experiência negativa nos fez desacreditar. É tempo de voltar a abrir-nos para o encontro com um amigo, pois ele é uma riqueza para nossa vida.
“Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir, porque amigo não se pede, não se compra nem se vende. Amigo a gente sente!” (Isabel Machado)
As três fases para formação da amizade
1. Primeira fase: Iniciação
2. Segunda fase: Manutenção
3. Em alguns casos, há uma terceira fase: Dissolução
A amizade tem um início que corresponde aos primeiros encontros, os quais são entendidos como um tempo para o conhecimento do outro. Esse período inicial é de suma importância, pois é aqui que a confiança se inicia e, aos poucos, o envolvimento se torna mais profundo. Muitas pessoas não conseguem se aproximar de uma outra por dificuldades pessoais, como uma introversão excessiva ou mesmo uma baixa autoestima que o faz acreditar que nenhuma outra pessoa poderia o escolher como amigo.
Esses comportamentos podem dificultar a fase inicial, uma vez que a pessoa não se aproxima de uma outra para estabelecer os primeiros laços. Nesta fase, é importante permitir que o outro possa nos conhecer para então o relacionamento amadurecer e avançar para a manutenção da amizade, que é a próxima fase.
Para manter uma amizade é preciso cultivá-la, cuidar dela diariamente. Esse período é chamado de manutenção. Nessa fase, é importante disponibilizar o mínimo de tempo para conversas, diálogos, trocas de experiências, partilhas, carinhos, demonstrações de amor, ajuda concreta etc., porque quem ama oferece tempo. É fundamental empenho contínuo e cuidados que amadureçam o relacionamento. Esse tempo pode ser muito longo, como anos, décadas ou mesmo toda a vida. Os níveis de atenção ou negligência para o relacionamento são fatores que determinam se a relação se aprofundará ou caminhará em direção à fase de dissolução, ou seja, o fim da amizade.
Existem amizades que duram uma vida inteira, como dissemos anteriormente. Nesses relacionamentos, os amigos são verdadeiros, demonstram afeto e respeito, estão sempre atentos às necessidades do outro e dispostos a ajudá-los, consideram o amigo como alguém importante em sua vida.
Existe ainda a dissolução. Essa fase pode ser o resultado da falta de atenção com o outro, falta de interesse pela vida do amigo, falta de respeito com as diferenças, quando os amigos traem um acordo de sigilo ou mesmo quando um dos membros morre. No entanto, a morte não tem significado de término da amizade; na maioria dos casos, um amigo normalmente não morre para o outro, pois ele passa a existir vividamente na memória.
A amizade, portanto, é um processo contínuo que depende dos envolvidos para crescer, amadurecer, durar a vida toda ou diminuir até a extinção.
Os laços de amizade
Quando bebês, a primeira pessoa que nos socializa é nossa mãe; em seguida, nosso pai ou aquelas pessoas que cuidaram de nós. São eles quem nos dão a primeira oportunidade de sairmos do contato com o nosso mundo particular e nos inserirmos num mundo coletivo, de várias experiências.
São esses contatos que nos possibilitam as primeiras relações sociais e com elas os laços de amizade vão se formando.
Com amigos aprendemos também outros valores, criamos habilidades de relacionamento, de interação e estabelecimento de vínculos que podem durar por toda a vida.
Busquei várias definições para amizade e umas delas chamou-me bastante à atenção: “Entende-se a amizade como uma interação íntima, espontânea e recíproca entre duas pessoas, caracterizada por um forte componente afetivo (Bukowski e cols., 1996).”
Amizade é aquele ato que temos fora do círculo familiar, ou seja, que construímos a partir das relações com outras pessoas; certamente, é um processo importante, até porque somos constituídos de dimensões variadas, ou seja, uma dimensão afetiva, biológica, cognitiva e sociocultural, todas inter-relacionadas e que surgem a partir do contato com outras pessoas e outros contextos.
Em cada etapa da vida os amigos aparecem de uma maneira. Na adolescência, é gritante a forma como a amizade toma um papel diferencial no contato com o outro. Os amigos são tão importantes e influentes, que o jovem, a depender das escolhas que faz, pode seguir por caminhos positivos ou negativos.
Na infância, amigos podem ter um papel de troca de experiência, de brincadeira, afeto e divertimento. Com o crescimento da criança, começam os laços de confiança, lealdade e intimidade, tendo em vista interesses comuns, bem como comprometimento tanto para manter como para criar novas amizades. Incluem-se, nessas amizades, a competição e os conflitos típicos. (Bukowski e cols., 1996; Hartup, 1999)
Nas amizades, exercitamos o perdão, a caridade, o sair de si para ajudar o outro, fato que está tão esquecido numa sociedade egoísta e autocentrada. Nosso grande desafio é o cultivo de amizades sadias, que podem ter um efeito positivo em nossa vida. Amigos não só elogiam; amigos verdadeiros falam também as verdades que podem doer, mas são aqueles com quem podemos contar, rir, desabafar, chorar, ser apoio e nos apoiar.
Amigos de verdade nos entendem apenas com um olhar, pois sabem de nossa essência; e como nos diz a citação: “Quem tem um amigo encontrou um tesouro!”.
Fica um convite para você: mande um “olá” para aquele seu grande amigo ou amiga, estando ele perto ou longe! Certamente, você fará o dia dele ser diferente!

Fonte:
http://formacao.cancaonova.com/relacionamento/amizade/a-importancia-da-amizade-para-o-desenvolvimento-emocional/
http://formacao.cancaonova.com/relacionamento/amizade/as-tres-fases-para-formacao-da-amizade/
http://formacao.cancaonova.com/relacionamento/amizade/lacos-de-amizades/

sábado, 5 de março de 2016

O veneno da inveja e suas consequências

“Há poucos homens capazes de prestar homenagem ao sucesso de um amigo, sem qualquer inveja.” (Ésquilo)
Não posso garantir que a frase acima seja do autor em questão, mas uma coisa sei: ela carrega consigo a verdade de que muitos se alegram com as dores do outro. Contraditório? Não.
Quando alguém não consegue uma vitória que havia buscado, há uma solidariedade por vezes camuflada. Nem todos se alegram, mas é verdade também que nem todos se compadecem. É mais fácil ser solidário na dor que se alegrar com as conquistas dos amigos. Ver a felicidade alheia causa sintomas que roubam a paz que falta no olhar de quem vê o sorriso da vitória.
Um sorriso que não nasce dos nossos próprios lábios sempre é fácil de ser digerido. Bom mesmo é sorrir com nossas conquistas e ver o olhar do outro querendo consumir em prestações a nossa felicidade. Triste realidade de quem vive na dependência do consumismo alheio. Mais triste ainda é ver a inveja destruir amizades.
Cada um é um no projeto singular da existência humana. Se Deus nos fez diamantes, Ele irá, ao longo da vida, lapidar-nos para que sejamos um diamante mais bonito; mas nunca deixaremos de ser um diamante para nos tornarmos topázio. Precisamos aceitar nossas belezas e deixar que o outro seja tão belo quanto ele foi criado. Esse processo leva tempo, requer maturidade e confiança na graça de Deus, pois Ele nos fez únicos para sermos luz no mundo.
A inveja talvez tenha sua raiz na incapacidade que uma pessoa carrega em si de fazer a diferença a partir de suas próprias capacidades. Quando o jardim do outro parece mais bonito do que o nosso próprio jardim, deixamos o cuidado do nosso tempo ao descuido e passamos a vida a contemplar as flores que não nos pertencem; deixamos as nossas morrerem secas pela inveja que não nos permite cuidar de nossa própria vida.
A inveja deixa sim os olhos grandes, mas de incapacidades, que poderiam ter se transformado em lindos jardins. Não é o elogio que faz o outro feliz, mas a capacidade que temos de cuidar de nossa própria vida e deixar o outro seguir seus próprios caminhos. Quem se preocupa demais com a vida alheia é porque já não tem mais tempo de cuidar de suas próprias demandas. Transformou sua vida no mito de Narciso, mas, em vez de contemplar sua própria face, enxerga sempre no lago de seus pensamentos o rosto da felicidade alheia. Perdeu seus olhos em um mundo que nunca será seu. O tempo que se usa vigiando a vida do outro seria muito mais bem aproveitado se cuidasse de suas próprias fragilidades humanas.

Fonte:
http://formacao.cancaonova.com/atualidade/comportamento/o-veneno-da-inveja-e-suas-consequencias/