sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Natal em família?!

Fim de ano, época de festas, confraternizações, alegria e, para muitos, aborrecimentos. Os dias que antecedem o Natal trazem a necessidade de tomar decisões aparentemente triviais, mas que podem trazer problemas para o próximo ano inteiro. Decidir que presente vai dar para quem talvez seja o mais fácil de resolver. Decidir onde vai passar a noite de Natal e o almoço de Natal é a decisão mais arriscada, principalmente para adultos que já construíram uma nova família, além de sua família original.
Tradicionalmente o Natal é considerado como a festa para se passar em família. É aí que entra a questão: qual família? A que você construiu pelo casamento ou morando com alguém? A família em que você nasceu e foi criado? A família da pessoa com quem você construiu uma outra família? Quem não casou não está isento desse conflito, porque muitas vezes os amigos formam um grupo tão ou mais coeso que uma família, e nessa hora esse grupo também entra no rol de possibilidades.
Há alguns momentos dessas 48 horas (dias 24 e 25) que são mais importantes que os outros? Ou seja, há um horário nobre do Natal? A maioria das pessoas tende a considerar a noite de 24, até a meia-noite, como a apoteose da festa. Por conta disso, este é o momento mais crucial para decidir.
Um exemplo comum é o de um casal com filhos cujos pais são vivos. Vão passar o Natal em sua própria casa, com seus filhos? Vão para a casa dos pais do marido? Para a casa dos pais da esposa? Vão juntar todo mundo? Vão passar a noite de 24 com os pais de um e o almoço de 25 com os dos outro? E os cunhados e cunhadas, vão poder ajeitar seu horário de forma que coincida com os seus?
Decisão difícil... O difícil não é decidir onde você vai passar a noite de 24, mas onde vai deixar de passar."O difícil não é decidir onde você vai passar a noite de 24, mas onde vai deixar de passar." Cobranças, reclamações, mágoas... Prepare-se, elas virão de algum lugar.
Por que muitos de nós precisam sentir-se prestigiados pela escolha dos filhos em passar a noite de Natal em nossa casa? O que representa um filho não vir para a noite de Natal? Ele me ama menos? A família em que ele foi criado é menos importante para ele do que a família que ele construiu? Por que me sinto menos por ele não vir na noite de Natal? Por outro lado, por que sinto mais obrigação do que prazer em passar o Natal com os meus pais ou os meus sogros? Por que sinto tanto medo de magoar?

Como em todo relacionamento, a dificuldade de comunicação é um pedregulho no sapato. Deixamos de falar o que pensamos e, principalmente, o que sentimos, com medo de magoar, com medo de ser mal interpretados. Muitas vezes, pequenos problemas que não são falados, vão crescendo dentro de nós até o dia em que ou explodimos ou evitamos o contato. Numa data como o Natal, na qual as pessoas podem sentir-se obrigadas a estar juntas, é natural que esses sentimentos e mágoas que carregamos no bolso do coração entrem em ebulição novamente, causando mal estar. Sem dúvida, este não é o melhor momento para trazer à tona assuntos tão delicados que vêm sendo escondidos ou cultivados com pitadas de ressentimento, raiva, incompreensão, intolerância. Porém é possível dizer o que você sente em relação a uma situação que se apresente no momento, tomando o cuidado para não contaminar com as mágoas escondidas. Expressar o que você sente é o primeiro passo para estabelecer ou melhorar uma relação familiar. Não confunda expressar seus sentimentos com o muro das lamentações! Dizer o que você sente não lhe exime das suas responsabilidades em tudo o que lhe acontece, quer dizer, a culpa do que lhe acontece de errado não está nos outros.
Construímos nosso destino com aquilo de que dispomos, com o dinheiro que ganhamos, com o DNA que herdamos, com a educação que recebemos, com os amigos que fazemos. Seguimos (ou não) um mapa inconsciente que desenhamos com o nosso eu interior, e que mostra para onde apontam nossos propósitos e intenções mais profundos. Se ignoramos o mapinha e vamos para onde o mar da rotina e do conformismo nos leva, isto é nossa responsabilidade e não devemos acusar os outros por isto.

Voltando ao Natal, para sua decisão, busque aquilo que lhe é possível neste momento, mas procure perceber aquilo de positivo que traz união à sua família. E expresse o que você sente, seja por palavras, por um abraço, um tapinha nas costas, um sorriso. O espírito de Natal, afinal, é constituído pela união de nossos corações.
Feliz e expressivo Natal! Paz em seu coração!

Fonte:
http://www.personare.com.br/voce-gosta-de-natal-em-familia-m1052

sábado, 19 de novembro de 2016

Seu próprio sistema de segurança

Se você tem algum motivo para desconfiar (ou apenas prevenir) que algo errado está acontecendo na sua casa ou em seu estabelecimento de pequeno porte, fique atento a essa dica. 
Criar o seu próprio sistema de monitoramento caseiro é bem mais fácil do que você imagina. São necessários apenas alguns itens:  
  • Um software chamado iSpy: você pode realizar o download gratuito e seguro do iSpy aqui. Ele é um programa de código aberto que tem uma história divertida. Originalmente, o programa foi criado para capturar imagens de fantasmas e OVNIs, pode acreditar! Mas agora ele ganhou essa utilidade que, convenhamos, é bem mais interessante. 
  • Um computador: mas ele terá que funcionar em um regime de 24 horas por dia e 7 dias por semana. Assim, ele vai acompanhar as webcams, enviar alertas e executar o software de reconhecimento. 
  • Uma webcam, microfone e alguns cabos: para que o software faça seu trabalho você vai precisar de, pelo menos, uma câmera. 

Obs: Pode ser a sua webcam velha de guerra mesmo, mas o iSpy trabalha com quantas câmeras e microfones você conseguir conectar ao computador. O mais legal é que, em tempos de mobilidade, você pode acessar e controlar suas câmeras e microfones utilizando seu iPhone, Android ou Windows 7 Mobile. 
Para criar um sistema de segurança caseiro mais simples com o iSpy siga o procedimento abaixo: 

  •  Adicione a(s) câmera(s) Após fazer o download do iSpy, clique com o botão direito em uma área vazia do iSpy e selecione a opção 'Add camera'. Depois, em 'Local Device', selecione uma câmera USB que já esteja conectada ao seu computador, ela será seus olhos enquanto está fora de casa. Clique em 'Ok' e você verá as configurações da câmera principal. A partir daí você pode personalizar as suas zonas de detecção, as condições de alerta, as configurações de gravação, opções de upload para o YouTube e os detalhes das gravações agendadas. 


  • Detecção de movimento Selecione a guia 'Motion Detection' e você poderá adicionar e controlar as áreas monitoradas por meio dos movimentos. Basta desenhar retângulos na área de visualização para adicionar as seções que você deseja que sejam monitoradas. Na visualização ao vivo, você verá uma barra azul e uma linha verde, que mostram a detecção de movimento e seus níveis. Ajuste a sensibilidade para controlar a quantidade de movimento necessário para que você seja avisado sobre ele. 

  • Configurar alertas Nessa fase é possível determinar os tipos de alerta que você deseja que o software emita para você. Eles podem ser baseados em movimentos, detecção de rosto, número de objetos no enquadramento ou até mesmo falta de movimento. Você escolhe se deseja que a máquina lhe envie um SMS com o alerta, um e-mail ou um tweet quando detectar algo errado. Mas vale lembrar que para utilizar esse último recurso é preciso ter uma conta devidamente cadastrada no iSpy Connect, e a opção ligada ao SMS precisa que você tenha uma versão paga da conta. 

  • Gravando as imagens Para gravar um vídeo, vá até a guia 'Recording' e selecione 'Record on Movement' ou 'Record on Alert' - o primeiro para as movimentações suspeitas e o segundo para os alertas emitidos. A configuração padrão, que já é selecionada quando você clica na aba, é a ideal. Mas, caso você queria mudar algo, como o tipo de arquivo da gravação, esse é o momento. O codec H.264 consome cerca de 20 MB por minuto. 

  • Microfones  Você adiciona microfones ao seu sistema da mesma forma como adicionou as câmeras. Clique em 'Add microphone', selecione a opção para adicionar um microfone local caso a sua webcam já venha com um embutido. Agora você poderá definir a sensibilidade do microfone e dos alertas (você pode ser acionado com o som de um cachorro latindo, por exemplo) e também definir as gravações. 

  • Agora que você já definiu todas as suas preferências e posicionou suas câmeras e microfones devidamente, quando algum movimento ou som for detectado, o sistema grava o vídeo e disponibiliza na rede. Assim você pode assisti-los de qualquer lugar. Basta acessar o site do iSpy  em qualquer computador, usando o seu login, ou até mesmo ver as gravações a partir do seu aparelho mobile.


Fonte:
https://canaltech.com.br/tutorial/seguranca/aprenda-a-criar-seu-proprio-sistema-de-seguranca-caseiro-com-uma-simples-webcam/

O conteúdo do Canaltech é protegido sob a licença Creative Commons (CC BY-NC-ND). Você pode reproduzi-lo, desde que insira créditos COM O LINK para o conteúdo original e não faça uso comercial de nossa produção.

sábado, 12 de novembro de 2016

Recuperando a alegria de viver

Muitos de nós caminhamos na vida com dificuldade, mas não necessariamente por problemas motores. Caminhamos como se a nossa energia tivesse sido drenada. A grande maioria das coisas realizamo-las com esforço, com ausência de prazer e sem satisfação. Sentimo-nos a cumprir uma rotina sem fim, e que sabemos estar a retirar-nos a alegria de viver. Este é na verdade um cenário cada vez mais comum para muitos de nós. 
Para ser sincero ouve tempos na minha vida que me senti desta maneira. Felizmente, rapidamente superei o meu problema ao colocar em ação um conjunto de estratégias e atividades que me fizeram recuperar a energia e alegria de viver. São exatamente algumas dessas coisas que funcionaram comigo que vou partilhar neste artigo.

Motivação pela visualização
Imaginarmos algo que gostamos, ou que acreditamos vir a fazer sentir-nos bem faz disparar na corrente sanguínea a dopamina (uma hormona do bem-estar). A dopamina gera expectativas, faz-nos criar uma forte ligação entre a realização de algo e a boa sensação que o nosso corpo registra nesse exato momento, e isto promove a felicidade. Nesse estado, podemos dizer que nos sentimos motivados para fazer coisas que façam acontecer aquilo que imaginamos e desejamos realizar. A visão de nós mesmos a sermos bem sucedidos ou a realizar as tarefas que temos de fazer para obter o que tanto desejamos, funciona como um combustível que irá orientar a nossa energia na direção do objetivo traçado. Desta forma cria-se na mente o motivo para a ação.
São as ações a que nos propomos, alimentadas e impulsionadas pela energia oriunda daquilo que visualizamos e associada ao bem-estar provocado pela dopamina libertada na corrente sanguínea que nos leva a sentirmo-nos confiantes, alegres e animados para realizar o que é necessário para atingirmos os nossos objetivos.

Cuidado com a sua voz interna negativa
Quando estamos abatidos e desmotivados facilmente caímos na armadilha de dar demasiados ouvidos ao nosso discurso interno negativo. Com alguns pensamentos em mente que nos podem ter conduzido à situação crítica, e exacerbado pelos sentimentos negativos presentes, tendemos a construir uma voz interna negativa.
A autossabotagem promove o estresse e este não só corrói os nossos recursos emocionais, como também tem uma influência negativa sobre a forma como conduzimos a vida e a maneira como reagimos aos outros e até mesmo às nossas ações. Se quando nos encontramos numa fase critica da nossa vida queremos que os outros nos deem o benefício da dúvida e resistam à tentação de nos julgar, não devemos estar dispostos a fazer o mesmo?
Monitorize o seu diálogo interno negativo, não se deixe ser demasiado duro consigo. Seja o seu principal aliado e motivador. Tente não culpabilizar-se, mas sim responsabilizar-se pelas ações que possam melhorar o estado em que se encontra. Se a sua voz crítica negativa ecoa na sua cabeça, orientando os seus pensamentos de forma destrutiva e promovendo sentimentos negativos, certamente não o ajudará em nada. É primordial que reoriente essa voz, de forma a que o possa capacitar para ações positivas e construtivas. E igualmente para a procura de atividades que possam fazer com que se sinta melhor.

Seja grato
Pode parecer “cliché” sermos gratos por aquilo que temos ou conseguimos fazer, ou expressar gratidão aos outros. Com as múltiplas tarefas que realizamos diariamente, e com o apurado detector de mal-estar que possuímos no nosso organismo, que nos orienta a atenção para o que não está bem na nossa vida, ou para aquilo que nos gera sofrimento, dor, desilusão, angústia, ansiedade, irritabilidade, entre outros, tendemos a não olhar para todas as coisas boas ao nosso redor.
Proponho que no final de ler este artigo faça um exercício de gratidão. Tome consciência dos seus cinco sentidos (ou se for o caso, para o máximo de sentidos funcionais que tenha) e esforce-se por observar o máximo de estímulos que consegue tomar consciência e dos quais gosta, tira prazer e satisfação. Faça isso. Seja tão específico quanto conseguir. Em seguida, observe a sua capacidade de ouvir os sons que gosta, de ver as paisagens que o inspiram, de cheirar, de tocar e de saborear tudo aquilo que faz você sentir-se bem. Tome consciência do quão significativo tudo isso é na sua vida, e que está ao seu dispor e alcance.
Depois você pode tomar consciência das pessoas que o influenciaram positivamente. Seja grato pelas pessoas que melhoraram a sua vida. Você pode agradecer o seu trabalho, os seus bens materiais, o seu carro e todas as outras coisas na sua vida que a tornam mais fácil e melhor. Eu particularmente, muitas vezes penso e sou grato por este magnífico planeta sem o qual nada disso seria possível.
Tomar consciência de tudo quanto é bom ao seu redor e ser grato por isso, no inicio pode parecer estranho, mas, certamente passado pouco tempo você irá perceber o enorme benefício de ter abraçado a prática da gratidão.

Retenha o seguinte: A gratidão é uma das muitas formas de saber apreciar, de saber envolver-se e ligar-se às coisas boas que existem na sua vida.

Fonte: 
http://www.escolapsicologia.com/recupere-a-sua-energia-e-alegria-de-viver/

sábado, 5 de novembro de 2016

Pensamentos intrusivos

Somos seres pensantes, conscientemente ou inconscientemente a nossa mente pode fabricar entre doze mil a sessenta mil pensamentos por dia. Muitos pensamentos são intrusivos, negativos, depreciativos, ansiosos, preocupantes. Evidentemente que todos nós temos estes tipos de pensamentos e, em alguns momentos podem fazer sentido e até serem benéficos. Mas quando são recorrentes, incisivos e em retorno temos consciência que nos afetam negativamente, lidar com eles pode ser um tormento. Muitos de nós usamos o nosso pensamento como munições contra nós mesmos, muitas vezes por dia, mesmo sem estarmos cientes.
Construímos cenários catastróficos e ensaiamos mentalmente problemas, preocupações e os resultados que podem ou não virem a manifestar-se. Dedicamo-nos a especulações negativas e imaginamos os mais diversos motivos para o comportamento dos outros. Todo este processo em si mesmo não representa problema nenhum, pode até ser frutífero. Perde o seu valor e prejudica-nos o nosso bem estar e estabilidade emocional, porque na grande maioria das vezes repetimo-lo incessantemente e continuamos a acrescentar mais negatividade ao cenário catastrófico. Entramos numa espiral ascendente negativa que nos conduz ao sofrimento emocional.

O que são pensamentos intrusivos?
Pensamentos intrusivos são pensamentos que entram constantemente na sua mente contra a sua vontade. Eles são considerados intrusivos, porque você simplesmente não consegue afastá-los para fora da sua mente, e muitas vezes aparecem em momentos impróprios. Os pensamentos intrusivos também podem ocorrer em flashes, causando ansiedade significativa quando entram na sua mente.
Muitos dos pensamentos intrusivos estão relacionados com a ansiedade, pelo que pode senti-los como assustadores sobre o que pode acontecer consigo ou alguém que você gosta, ou o que você pode fazer para si mesmo ou para outra pessoa. Eles parecem estar fora do seu controle, e o seu conteúdo pode ser estranho e ameaçador. Nestes tipos de pensamentos intrusivos, parece que os pensamentos surgem como resultado da ansiedade, e incrementando mais medo sobre os sintomas da ansiedade que já está experimentando. Os pensamentos intrusivos aumentam a ansiedade, e alimentam a espiral de produção de medo. Assim, por exemplo, no meio de um disparo de ansiedade você pode pensar: “Se eu tiver um ataque cardíaco?” Você fica num estado recorrente de pensamento ansioso, sentindo que é provável que aconteça o que está a pensar.
Os pensamentos intrusivos acontecem a todos nós e podem assumir muitas formas. Talvez você tenha de repente a imagem de empurrar alguém para fora de uma plataforma de trem, chutar um cachorro, gritar na igreja, saltar de um carro em movimento, ou esfaquear alguém que você ama. Ao fazer ou querer fazer qualquer uma dessas coisas não é normal, mas ter pensamentos intrusivos como esses é normal em algum momento na nossa vida. Às vezes, pensamentos como estes vêm até nós precisamente porque não queremos agir desta forma, pois eles são simplesmente a coisa mais inadequada que a nossa mente pode imaginar. O que dificulta todo o processo de superar ou eliminar este tipo de pensamentos é fazer esforços para não ter tais pensamentos, ao tentar empurrá-los para fora da sua mente, pode realmente fazê-los ficar.
Muitos dos pensamentos intrusivos podem estar associados a algum tipo de transtorno de ansiedade, como:
  • Fobia social
  • Transtorno de ansiedade generalizada
  • Transtorno obsessivo-compulsivo
  • Transtorno de pânico
  • Transtorno de stress pós-traumático

No entanto, existem muitos pensamentos intrusivos comuns que podem estar associados a uma preocupação particular ou relacionados com uma situação específica que a pessoa esteja a viver. Apesar de estarem  contextualizados, aparecem em momentos inoportunos, causando algum tipo de problema. Usualmente esses pensamentos intrusivos comuns aparecem  na forma de pensamentos negativos ou até mesmo como pensamentos autodepreciativos. Por exemplo, quando você está prestes a desempenhar uma determinada tarefa importante e surge o pensamento: “Tu não és bom o suficiente para conseguires.” ou “Achas que uma pessoa como tu vai ser capaz de conseguir?”
Apresento algumas estratégias que facilitam a superação dos pensamentos intrusivos:

1. Perceba que é apenas um pensamento
Em primeiro lugar, é importante perceber que é apenas um pensamento. Nem tudo o que pensamos é real, aconteceu ou tem de vir a acontecer. Ainda que muitas vezes possamos sentir que um determinado pensamento é real, esse pensamento não é a realidade, especialmente aqueles pensamentos sobre o que vai acontecer no futuro. Podemos ter um forte sentimento sobre o que poderá acontecer, mas não sabemos com toda a certeza. Não há nenhuma maneira de saber o que o futuro nos reserva. Isto significa que o que estamos pensando não é com base em conhecimento, mas sim em ideias ou projeções, não podemos prever o futuro. E essas ideias são influenciadas principalmente pelos nossos sentimentos, que muitas vezes estão alienados (especialmente diante de uma situação estressante). Como resultado, o primeiro e mais importante passo a ser dado para não ser prejudicado por um pensamento intrusivo é reconhecer esses pensamentos pelo que eles são: apenas pensamentos, não a realidade.

2. Aceite-os
Nós não conseguimos evitar que um determinado pensamento nos chegue à mente. Por isso lamentarmo-nos ou começarmos a tecer comentários autodepreciativos sobre as razões pelas quais estamos a ter determinado pensamento, faz com que nos coloque num estado incapacitante, promovendo mais pensamentos intrusivos ou reforçando os existentes. Importa perceber este princípio, nós não podemos não pensar. Pelo que devemos aceitar esse fato, devemos aceitar que em alguns momentos da nossa vida irão aparecer na nossa mente alguns pensamentos indesejados que nos atrapalham. O que devemos é aceitar esse fato. Mas aceitar não é ficarmos à mercê desses pensamentos, e muito menos não fazer nada. Devemos aceitar sim, mas sempre percebendo que temos a capacidade para retomar o controle da nossa mente. E, para que isso seja feito de forma eficaz, importa não nos debatermos com os pensamentos intrusivos, mas sim deixar que se manifestem sem que possamos ficar demasiado desesperados ou perturbados. Em seguida temos de ficar cientes que podemos focar a nossa atenção noutros pensamentos criados por nós e encaminharmos a nossa mente para onde pretendemos que ela se foque.

3. Desenvolva um gatilho neutralizador
Agora que você já não fica desesperado por estarem a passar na sua mente alguns pensamentos intrusivos, importa neutralizá-los na hora que disparam. Uma ótima maneira de impedir que um pensamento intrusivo tome o controle da sua mente é acionando um gatilho neutralizador. A forma mais simples de fazê-lo é através de uma ordem de comando, utilizando as palavras, “Para” ou Não”. Estas palavras podem ser verbalizadas silenciosamente. Ou você pode usar algo como: “Eu não vou permitir que os meus pensamentos me botem abaixo.” ou “Os meus pensamentos não são a minha realidade.” Quando você tem um gatilho neutralizador previamente escolhido, pode usá-lo para impedir que os pensamentos indesejados se propaguem, evitando entrar numa espiral de negatividade.

4. Desafie-os
Agora que você já não tem problema em aceitar os seus pensamentos intrusivos, que também já interiorizou que os seus pensamentos não são fatos, que você não é os seus pensamentos, que nem tudo que passa na sua mente é verdade ou tem de ser realizado, é hora de desafiar os seus pensamentos intrusivos. No momento que perceber que está a ser invadido por pensamentos intrusivos, utilize o seu gatilho neutralizador para evitar que se propaguem, em seguida olhe para eles a partir de uma perspetiva objetiva (difícil, eu sei, mas tente) e questione-os. Pergunte a si mesmo: “Isto definitivamente vai acontecer? Como é que eu sei com toda a certeza?” e “Mesmo se isso acontecer, eu estou 100% certo que as repercussões são exatamente como estou imaginando?” Uma vez que você faça a si mesmo estas perguntas, provavelmente vai perceber que alguns dos pensamentos que passam na sua cabeça não fazem sentido. Se não fazem sentido, você pode decidir não os seguir. Você pode descartá-los. Pode contestar esse pensamento intrusivo e vetá-lo. O veredito final pode ser contra o pensamento intrusivo, pelo que você pode condená-lo ao abandono.

Fonte:
http://www.escolapsicologia.com/pensamentos-intrusivos-o-que-sao-e-como-supera-los/

sábado, 29 de outubro de 2016

Como cuidar da sua criança interior

Você se lembra do brinquedo preferido que teve quando criança? E qual foi o momento mais feliz da sua infância? Quantas coisas você fazia quando criança que nem se lembra mais? Por onde anda aquele sentimento de alegria, espontaneidade, ânsia em crescer?
Por que não resgatar o que era bom? A criança é uma das maiores fontes de alegria e ao resgatarmos está alegria, ficamos mais inspirados, criativos e menos estressados. Se a sua criança e criatividade ficaram adormecidas, desperte-as!
Todos nós temos dois aspectos em nossa personalidade: o adulto e a criança. A criança interior representa todas as nossas lembranças da infância, nossas emoções, nossos sonhos. É a fonte da criatividade, a promessa de futuro, o símbolo da transformação e crescimento. Contém os sentimentos, lembranças e vivências da infância. É a totalidade da psique, a parte genuína que perdemos quando adultos. É tudo o que foi abandonado e ao mesmo tempo, é divinamente poderosa. Ela é o ser, o sentir, o vivenciar e o viver. É pura sensibilidade. Está presente em nossas fantasias, devaneios, sonhos, desejos, imaginações, intuições e principalmente, em nossas emoções.
Também quando você brinca, tem prazer naquilo que faz. Está presente também na parte de nossa psique que vivencia a angústia e o sofrimento. Quando você chora, quem está chorando é sua criança; abandonada, sozinha. Quando você cria algo também é sua criança. Ela é nossa maior fonte de criatividade e busca do prazer. Mas infelizmente, muitos quando adultos, buscam esse prazer na fuga pela comida, no álcool, nas drogas, porém de forma destrutiva.
A característica de um adulto com sua criança interior abandonada é quando está quase sempre com medo de estar errado, é como se a criança que foi um dia, acreditasse ser essa a razão por ter sido rejeitada, abandonada. Primeiro por seus responsáveis e depois pelo seu próprio adulto.
Desenvolve assim a necessidade de ser perfeita, buscando aprovação dos outros por estar desconectada com quem realmente é. Perde-se a conexão com ela ainda criança, quando sentia que seus sentimentos não importavam, não se sentindo valorizada e amparada. Quando não sentia permissão para expressar sentimentos de tristeza, raiva, perda, frustração. As cobranças também contribuem para esse afastamento, principalmente as internas. Temos que produzir até quando estamos em férias ou na praia num sábado de sol, não se pode perder tempo. Não se admira mais a natureza, as coisas simples. O dinheiro se sobrepõe ao carinho, a atenção, ao amor.

O brinquedo do adulto
Os fracassos, as decepções, a culpa, a humilhação, tudo conduz à perda da criança. Para os adultos hoje brincar implica em ir a restaurantes, beber e ter poder. Brincar é muito diferente, é o que acontece espontâneo, não planejado, como quando você rola no chão fazendo cócegas no seu amor, quando você joga apenas para brincar, não ganhar. Quando há entrega, envolvimento. Você já observou uma criança brincando? Mas mesmo não tendo uma criança real, é possível brincar, se soltar.
A necessidade de encontrar a criança interior faz parte da jornada de todo ser humano que se encaminha na direção do autoconhecimento e de sua totalidade. Ninguém teve uma infância perfeita. Todos nós carregamos questões inconscientes que não foram resolvidas. Sabemos que 80 a 95% das pessoas não receberam atenção adequada quando criança, por isso o resgate da criança interior se torna a tarefa da maioria das pessoas. Afinal, o que há de mais rico e sagrado dentro de cada um de nós e que ninguém poderá nunca pegar, roubar, levar se não tiver nosso consentimento? Nossos sentimentos! E só chegamos nele através da Criança Interior.
É buscar o que lhe dá prazer, porém de uma forma saudável. É se permitir brincar, pular corda, jogar peão, jogo de botão, se sujar na terra, tudo aquilo que você fazia quando criança, mas com o objetivo de resgatar sentimentos como a alegria, espontaneidade, esperança e criatividade. As pessoas tendem a confundir ser criativo com ser infantil, inconveniente, e uma coisa não tem nada haver com a outra.
A criança é pura emoção. Quem não consegue ter controle das suas emoções é porque não reconhece as necessidades da criança e nem sabe que seus descontroles são reações dela. Quando você está triste, chorando, sem controle, na verdade é sua criança que faz você sentir tudo isso, pois é o que ela está sentindo desde sua infância. Se ela não for tratada com o amor que esperava, vai ficar esperando e muitas vezes buscando nas outras pessoas este amor, mas só uma pessoa pode dar isso a ela: você!
Quando há dificuldade em vivenciar as próprias emoções, fica mais difícil o processo de individuação, autoconhecimento. Quando há esse reencontro, há uma transformação, uma mudança de perceber a vida. Transformamos nossa consciência, crescemos, transcendemos, vivenciamos mais poder pessoal e de escolhas. Não permitimos mais relacionamentos doentes e destrutivos e começamos a assumir mais a responsabilidade pela nossa felicidade, a ter respeito pelos nossos sentimentos.
Há ainda um resgate da espontaneidade de pensamento, a autenticidade, criatividade na solução de problemas, formas originais de expressão, capacidade de arriscar-se, ir a busca de oportunidades, e o mais importante, ao aprender a cuidar de sua própria criança: maior equilíbrio emocional.
A criança interior amada é instintiva, confiante, intuitiva, criativa, imaginativa, curiosa, apaixonada, suave, sensível. O resgate da criança interior é o elemento mais importante do trabalho terapêutico. É a maior fonte de autoconhecimento. Aumenta a autoestima e provoca paz e alegria. É a essência do amor, o verdadeiro encontro consigo mesmo. É quando você aprende a se amar!

Dez dicas para cuidar bem do seu lado criança
1. Reconheça que a criança que você foi um dia permanece dentro de você. Afinal, quando amamos alguma coisa ela tem valor para nós, e quando alguma coisa tem valor para nós passamos tempo com ela e cuidamos dela.
2. Entre em contato com a sua criança interior.
3. Em estado de relaxamento em um local tranquilo, visualize seu quarto de dormir quando pequeno. Recorde o local, as cores, os objetos, o cheiro. Veja sua cama e dormindo nela, você. Aproxime-se, passe a mão nos cabelos dessa criança e acorde-a. Olhe bem em seus olhos e pergunte a ela o que mais quer e precisa. Ouça a resposta. Depois diga a ela que está a seu lado sempre e que a ama muito. Abrace-a fortemente. Permita-se sentir a emoção deste momento.
4. Quando estiver triste, abrace-se como se estivesse abraçando uma criança em seu colo. Diga palavras de tranquilidade, transmitindo-lhe muita paz e amor.
5. Ampare e apóie todos seus sentimentos.
6. Não viva segundo as regras dos outros, apenas respeite-as.
7. Compre um urso, boneca ou um cachorrinho de pelúcia e coloque em sua cama. Quando estiver triste, converse com ele, como fazem as crianças. Pode ser também um carrinho, autorama e brinque!
8. Vá ao supermercado e compre apenas aquilo que gosta. E coma, sem culpas! Mas também sem exageros.
9. Pegue uma foto sua de criança e coloque num porta retrato. Todos os dias olhe para a foto com carinho, transmitindo-lhe amor.
10. Reserve um tempo e leve sua criança para passear, brincar, se divertir. Permita-se!

Fonte:
http://www2.uol.com.br/vyaestelar/crianca.htm

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Eu Criança

Hoje eu gostaria de falar sobre o seu Eu Criança! É claro que, quando falo da criança interior, existe muito a ser dito. Existem muitas facetas dessa criança que mora dentro de você e, acredite, muitas delas precisam ser urgentemente curadas. Mas neste artigo quero falar da "Criança Sagrada", porque sem ela nos tornamos meros homens-robô cumpridores de tarefas. Sem ela a vida se torna chata e monótona e nada parece nos interessar de verdade.
Um dia você foi pequenininho, lembra? E tudo ao seu redor era novo, grande e encantador. Talvez até mesmo assustador! Naquele tempo, as coisas que hoje você acha pequenas eram os "grandes eventos" do seu dia a dia: a gota de água escorrendo na janela, o feijão que magicamente brotou do algodão, o gosto horrendo daquele óleo de fígado de bacalhau (sorte sua se não teve que passar por isso!). Naquele tempo, antes de ter desaprendido a viver naturalmente, você era simplesmente... você. É claro que o mundo parecia um infinito campo de descobertas, cheio de mistérios, mas era exatamente a presença dos mistérios que tornava tudo tão interessante e divertido.
Você cresceu, e foi aprendendo a nomear tudo, a entender tudo e os mistérios foram sendo desvendados. Você foi se sentindo mais esperto ao dominar o mundo, as contas, as palavras, a biologia, etc, mas o que aconteceu é que você foi se perdendo daquela magia. Deixou de perceber os círculos que o vento traçava na superfície de um lago solitário. Deixou de perceber o som das asas dos beija-flores, deixou de perceber que, agora mesmo, enquanto você lê estas palavras na tela do seu computador, infinitas estrelas brilham em um inexplicável universo ao seu redor. Você deixou de perceber o quanto tudo era sagrado. Você deixou de sorrir para as pessoas, de pisar na grama, de acreditar e de chorar. Talvez você tenha até mesmo deixado de amar, com medo de que não correspondessem ao seu amor.
Sem a presença da criança sagrada, a vida vai ficando cada vez mais chata, cinza e sem graça. Mas, acredite, não precisa ser assim. Você pode agora mesmo fazer como antes, e sair por aí olhando as pessoas nos olhos e sendo exatamente quem você é sem se importar tanto com o que elas pensam de você. Mas para isso você precisa reencontrar essa criança e trazê-la para bem pertinho de você. Ela não está longe... bastam três passos! Eu convido você a dar cada um deles comigo, agora. Está pronto??? Então vamos lá!

1º Divertir-se mais!
Entenda, você não está aqui, no planeta, para fazer tudo certo. Só o que você precisa é viver as experiências que a vida lhe trouxer e aprender com elas! Ora, toda criança sabe disso!!! As crianças brincam, e assim aprendem um monte de coisas. Já nós, adultos, levamos tudo tão a sério, e queremos ser sempre tão perfeitos, que tiramos toda a graça da vida. Preste atenção: Quando você estiver indo para uma reunião muito importante, ou para uma entrevista de emprego, ou para um primeiro encontro com alguém por quem você esteja interessado; faça de conta de que tudo se trata de uma brincadeira, e que o que realmente importa é a experiência e o aprendizado, "e não o resultado". Relaxe, seja simplesmente você mesmo e tente se divertir. Abra mão do peso, porque quando carrega esse peso nas suas costas você faz as coisas com muito mais dificuldade do que faria se estivesse leve e livre para simplesmente fluir com a vida.
Ok? Então vamos para o passo número 2... que é....

2º Ter a coragem de arriscar!
Eu sei, esse é um passo um pouco mais avançado. Estamos tão acostumados a buscar segurança que contratamos o medo como nosso guia para as decisões de nossa vida. Mas que sentido faz viver uma vida conduzida pelo medo? Temos medo de errar, medo de nos frustrar, medo do futuro, medo até mesmo de acertar... Mas a verdade é que não há vida sem risco. Não mesmo! Sem risco a vida é apenas uma repetição monótona daquilo que já conhecemos. Você precisa sair do curso de vez em quando, escolher um caminho diferente, provar novos sabores, agir de maneiras diferentes. Arrisque dizer o que sente, ir atrás do que quer, acreditar que é capaz! Certa vez li em um livro algo assim: "Loucura é querer obter resultados diferentes fazendo sempre a mesma coisa". É verdade. Olhe para a sua vida! Ela é resultado daquilo que você sempre fez. Se quiser mudar algo nela, trate de arriscar fazer algo diferente!
Pronto para o último passo???

3º Amar...
Simples assim. Quantas vezes ficamos presos em bifurcações sem saber o que decidir? E nessa indecisão acabamos causando dor. Machucamos a nós mesmos e aqueles que estão ao nosso redor. Mas as coisas ficam mais simples quando nos dispomos a simplesmente amar. Talvez você possa simplesmente se perguntar: "Qual é a decisão mais amorosa? " Entenda que uma decisão amorosa sempre acaba sendo a melhor para todos os envolvidos, mesmo que não pareça ser assim.
É incrível a enorme quantidade de força que recebemos quando começamos a exercitar isso em nossa vida. De repente descobrimos que não precisamos mais ficar paralisados frente a cada escolha, a cada bifurcação em nosso caminho de vida. Nos movemos, e no movimento aprendemos, crescemos e nos sentimos novamente vivos. A Criança Sagrada desperta de novo em nossa vida, e o mundo se torna subitamente cheio de mistérios a serem desvendados. Tenha certeza, a vida estará a seu lado!

Agora é com você!
Lembre-se: São apenas três passos: D.A.A. (Divertir-se, Arriscar, Amar).

Fonte:
http://www2.uol.com.br/vyaestelar/eu_crianca.htm

sábado, 8 de outubro de 2016

E a sua criança interior?

As dificuldades e conflitos que você sente podem ser um reflexo da falta de conexão com sua criança. Sabe que ao reencontrá-la, ela poderá te ajudar? O fato de negar essa criança e suas necessidades pode fazer com que você busque satisfazê-la sem controle, pois tudo acontece de forma inconsciente. Ou seja, você não pensa para agir desse ou daquele modo, simplesmente age, e quando isso acontece, provavelmente quem está agindo é sua 'criança', sua parte inconsciente.
Todos nós temos dois aspectos em nossa personalidade: o 'adulto' e a 'criança'. Quando essas duas dimensões estão em sintonia, temos uma sensação de totalidade. Quando por alguma razão estão desconectadas, a sensação interior poderá ser de conflito e vazio.
Quando criança, buscamos aliviar nossas necessidades de forma imediata. Por exemplo, a criança quando quer comer, não quer saber se tem comida, quem vai fazer, se tem dinheiro, ela quer comer e pronto! Quando ela quer dormir, não pensa se pode ou não pode dormir naquele exato momento, ela simplesmente dorme! Ou seja, espera que suas necessidades sejam atendidas na hora. Quantos adultos não agem como criança e desejam que seus desejos e necessidades sejam satisfeitos da mesma forma: imediatamente? As pessoas que têm dificuldade em obter controle em suas ações, geralmente, agem da mesma maneira, não pensam, simplesmente agem, sem medir as conseqüências.
A criança interior quando se sente desesperadamente isolada e solitária, por não ser reconhecida e nem atendida em suas necessidades, em geral é impulsiva, sem controle dos seus comportamentos, fazendo as coisas sem pensar, como comer, comprar, beber, jogar... tudo de maneira compulsiva. A criança geralmente tem um adulto que pensa por ela e a orienta de maneira adequada, mas e você?
É importante, portanto, não agir como a criança que quer tudo na hora e aprender a adiar o prazer. Mas como fazer isso? Para aprender a entrar em contato com a criança que você foi um dia, procure lembrar de como se sentia quando queria algo e como suas necessidades eram atendidas. Você passou por algum tipo de privação? Ou aconteceu o contrário, tinha tudo que queria, na hora que queria? Primeiro identifique as situações e comportamentos em que não consegue ter controle. Quando surgir alguma dificuldade, é importante identificá-la para que não busque outras formas de aliviar a tensão emocional reprimida. Por exemplo, quando estiver com problemas no trabalho ou na relação afetiva, identifique o que te causa angústia e insatisfação e procure resolver de forma saudável, para que não busque outras formas de compensação.
Pessoas que sentem necessidade em obter satisfação imediata em alguma situação, em geral sentem essa mesma necessidade em todas as áreas de sua vida. Mas você pode ir se exercitando em adiar seu prazer de maneira imediata. Por exemplo, ao sentir necessidade em ligar a televisão no exato minuto em que entra em sua casa, tente adiar esse prazer. Se precisar comprar algo imediatamente ao ver na vitrine, tente adiar sua ida às compras em vez de comprar compulsivamente. Durante uma discussão, procure pensar antes de falar, evitando agir de maneira compulsiva. Assim estará treinando sua capacidade de adiar o prazer.
É a parte criança que age sem pensar. Mas você poderá orientá-la do que é certo. Para fazer isso, você pode deitar, fechar os olhos e imaginar-se conversando consigo mesmo quando criança, como se realmente estivesse com uma criança à sua frente, e dizer palavras que poderão ensinar-lhe como agir sem que prejudique seu adulto.
Ouça sua criança. Se você a encontrasse nesse exato momento, o que ela pediria a você? Que tal levá-la para passear, brincar um pouco mais? Quem sabe fazê-la apenas sorrir? Ouça também seu adulto e lembre-se que desejos e comportamentos atuais podem estar apenas ocultando necessidades não atendidas de sua criança.
Aprender a identificar suas necessidades não atendidas, é mais importante para você, do que satisfazer seus desejos imediatos de maneira compulsiva. Comece a pensar e agir de maneira equilibrada. Por trás de toda necessidade compulsiva existe uma criança, buscando suprir necessidades que, em geral, estão muito distantes das maneiras que os adultos buscam supri-las.
Nos momentos de desejo incontrolável, você deve pensar no que é mais importante: satisfazer um desejo imediato ou adiar o prazer e alcançar os resultados que deseja? Adiar a satisfação quando estiver diante da alguma tentação, proporcionará resultado e prazer ainda maiores. Sua motivação para atingir seus objetivos aumentará, seu amor por você mesmo e por sua criança, que na verdade não quer comida, roupas, beber, jogar, mas com certeza deseja um pouco mais de atenção, carinho e amor!
Lembre-se que a criança é toda a fonte de criatividade, alegria de viver e pureza espiritual que vamos perdendo à medida que nossas vivências vão sendo deturpadas ou agredidas pelo meio em que nos desenvolvemos. Sei que muitos de nós não tivemos uma infância magnifica e perfeita. Mas muitas vezes, a vida exige que nós voltemos ao passado para rever os aprendizados que foram úteis e que devem continuar e aqueles que devem ser reformulados e compreendidos sobre outra óptica. Para que assim podemos seguir em frente com firmeza e força. Dessa forma, segue abaixo alguns exercícios que podem facilitar este contato com a sua criança interior:
1) Fazer uma retrospectiva de como fomos criados, pois temos a tendência de nós tratarmos da maneira que nossos pais nos tratavam.
2) Converse com a sua criança interior e faça perguntas para ela. Coloque abaixo algumas perguntas de sugestão:

  • Do que você gosta?
  • Do que você não gosta?
  • O que faz você sentir medo? Por quê?
  • Como se sente?
  • O que você precisa?

3) Estimular os talentos da sua criança interior.
4) Peça para a sua criança interior fazer uma lista sobre suas dez maneiras de se divertir.
5) Visualize seu quarto de dormir quando pequeno. Lembre-se de como era o seu quarto, as cores, os objetos e o cheiro. Veja sua cama e você dormindo nela. Aproxime-se, passe a mão nos cabelos da sua criança interior e acorde-a. Olhe bem em seus olhos e pergunte a ela o que mais quer e precisa. Ouça a resposta. Depois diga a ela que está a seu lado sempre e que a ama muito. Abrace-a fortemente. Permita-se sentir a emoção deste momento.
6) Imaginar que a sua criança interior, encontra-se na sua frente e fazer a seguintes perguntas para ela:

  • O que você está sentindo?
  • O que você tem?
  • Por que você está triste?
  • Por que você tem medo?
  • O que você gosta de fazer?

7) Procure uma foto sua da infância. Olhe bem para esta criança que você foi um dia e observe o que ela lhe transmite. O que você vê? Uma criança triste ou alegre? Como é o ambiente? Você se lembra deste dia? Como você se sentia? Como é a sua expressão facial e corporal? Qual a sua idade? Se você não tem foto de quando era criança, basta procurar em revistas uma imagem de uma criança que se pareça com você. E lembrar-se desta etapa da sua vida. Depois pegue esta foto sua de criança e coloque num porta retrato. Olhe todos os dias para a foto com carinho, transmitindo-lhe amor.
8) Se apresente para a sua criança. Eu sou você hoje. Você mora dentro de mim. Como você está? Não se esqueça de anotar tudo o que você ouvir ou sentir. Pergunte para sua criança do que ela precisa? O que ela sente neste momento?
9) Abrace sua criança interior. Como você imagina esta cena? Como que é o contato? Fácil ou difícil? Quando estiver triste, abrace-se como se estivesse abraçando uma criança em seu colo. Diga palavras de tranquilidade, transmitindo-lhe muita paz e amor.
10) Compre um urso, boneca ou um cachorrinho de pelúcia e coloque em sua cama. Quando estiver triste, converse com ele, como fazem as crianças.
11) Vá ao supermercado e compre apenas aquilo que gosta. E coma, sem culpas! Mas também sem exageros.
12) Você também pode conversar com a sua criança interior através do espelho. Senta-se em frente ao espelho e comece a fazer-lhe perguntas sobre o que lhe machucou, porquê ela está triste e também para saber o que ela gosta de fazer, suas brincadeiras favoritas etc.
13) Conversar com a criança interior por intermédio da escrita. Use duas canetas com cores diferentes. Com a mão dominante você escreve uma pergunta para sua criança interior e ela irá lhe responder com a mão esquerda. Você pode se surpreender com as respostas. Ás vezes nós achamos que sabemos a respostas e surge algo completamente diferente do que esperávamos.
14) Desenhar com a mão não dominante e depois perguntar para a sua criança interior, o que ela fez.
15) Brinque com a sua criança interior. Qual era a sua brincadeira favorita na infância? Esqueça esses valores sociais que diz quais são os tipos de comportamentos adultos e infantis.
16) Reserve um tempo e leve sua criança para passear, brincar, se divertir.
17) O que fazia quando criança e não faz mais? Ver pessoas queridas, brincar, fazer nada, assistir um desenho, tomar um sorvete... Por onde andam os amigos de infância? Que locais gostaria de ir?
18) Explique para ela as situações difíceis que ela não conseguiu compreender.
19) Para ajudar a sua criança interior a se desprender de mágoas e rancores, utilize as seguintes frases, pois as palavras têm poderes de transformação e cura:

  • Eu sou uma criança amada!
  • Todos os dias e de todas as formas eu sou e estou cada vez melhor e melhor!
  • Ajustarei os meus padrões emocionais ao meu novo eu.
  • O meu novo eu reconhece a minha Criança Interior como adorável, amorosa, Sábia e íntegra.
  • Eu sou digno de ser amado, adorável e íntegro no meu adulto interior e na minha criança interior.

Durante os exercícios com a nossa criança interior, nós iremos perceber que ela é o espelho daquilo que precisamos rever em nós mesmos no momento presente da nossa vida. Não podemos apagar o que ocorreu no nosso passado, mas podemos reformulá-lo e compreendê-lo com um outro olhar. Lembre-se que no seu passado, você fez o melhor que você pode com o conhecimento que você tinha naquela época. E as pessoas a sua volta também. Espero que vocês tenham gostado do meu artigo e se vocês souberem de outros exercícios para trabalhar com a criança interior me mandem, por favor.

Fonte:
http://www2.uol.com.br/vyaestelar/child.htm
http://artedeserpsicologa.over-blog.com/2013/10/exerc%C3%ADcios-para-estabelecer-o-contato-com-a-nossa-crian%C3%A7a-interior.html

sábado, 1 de outubro de 2016

O real significado da criança interior

"Em todo adulto espreita uma criança - uma criança eterna, algo que está sempre vindo a ser, que nunca está completo, e que solicita, atenção e educação incessantes. Essa é a parte da personalidade humana que quer desenvolver-se e tornar-se completa"
Carl Gustav Jung (1875-196)

O que é ser criança?
Antes de eu falar sobre o que é ser criança, gostaria de trazer para você informações sobre o período da infância. A infância é um período que vai desde o nascimento até em torno dos 12 anos de idade. Este momento da nossa vida é marcado com um grande desenvolvimento físico e psicológico, envolvendo fortes mudanças no desenvolvimento da sua personalidade. O desenvolvimento da criança implica uma serie de aprendizagens que serão essenciais para a sua formação mais tarde, como adulto. Nos primeiros anos de vida, a criança deve ser estimulada para despertar os seus sentidos e a fala (linguagem). Com o passar do tempo, a criança vai aprimorando sua capacidade de se comunicar e é introduzida na escola, onde ela vai assimilar os valores culturais. A concepção de criança é construída pela cultura, ou seja, ela é socialmente determinada pelo ambiente em que vive, pois precisa exprimir as aspirações da sociedade e dos adultos a sua volta. Portanto, o seu responsável que irá legitimá-la como um individuo na sociedade. As crianças são muito receptivas as influências do seu meio. Da mesma forma, que a criança transforma as relações a sua volta, ela se modifica em contato com o ambiente. Não sei se todos sabem, mas por curiosidade o sentimento da infância é recente na história e o seu aparecimento ocorre em meados do século XIX. Mas o que chama mais atenção é que os Direitos Internacionais da criança e do adolescente, foram proclamados pelas Nações Unidas na década de 1950, a Constituição Federal em 1988 e o ECA somente em 1990, onde o Estado assumiu a responsabilidade pelos desvalidos e reconheceu a criança e o adolescente como sujeitos de direitos.
Jung definiu a infância, da seguinte maneira:
“No estágio infantil da consciência, ainda não há problemas, nada depende do sujeito, porque a própria criança ainda depende inteiramente dos pais. É como se ainda não tivesse nascido inteiramente, mas se achasse mergulhada na atmosfera dos pais. O nascimento psíquico e, com ele, a diferenciação consciente em relação aos pais só ocorre na puberdade, com a irrupção da sexualidade. A mudança fisiológica é acompanhada também de uma revolução espiritual. Isto é, as várias manifestações corporais acentuam de tal maneira o eu, que este freqüentemente se impõe desmedidamente... Até este período, a vida psicológica do indivíduo é governada basicamente pelos instintos e por isto não conhece nenhum problema. Mesmo quando limitações externas se contrapõem aos impulsos subjetivos, estas restrições não provocam uma cisão interior do próprio indivíduo. Este se submete ou as evita, em total harmonia consigo próprio. Ele não conhece o estado de divisão interior, induzido pelos problemas.”
Mas o que é ser criança? Para explicar o que é ser criança encontrei um poema longo num site e eu achei que ele expressa muito o tema do nosso artigo. Eu não coloquei ele todo porque é muito extenso, mas para quem estiver interessado... leia-o inteiro.
Acreditar no momento presente com tudo o que oferece!
Poder acreditar que há futuro!
Conseguir perdoar mais fácil do que brigar!
Esquecer um pouco das responsabilidades sem contudo ser irresponsável!
Inventar novas formas de ser criança!
Nascer de novo a cada dia!
Rir e brincar!
Ser feliz com muito pouco
Ser inventor, poeta e escritor!
Ter coragem de nao ter medo!
Viver o presente!
Fazer amigos antes mesmo de saber o nome deles!
Ter um riso franco!
Ser criança é poder contar com um adulto, ao lado, como um apoio.
Ser criança é ainda ser adulto que nunca esqueceu da criança que foi um dia, a criança que ainda vive em seu intimo e que justifica e dignifica todos os tropeços que teve que enfrentar no seu dia a dia para aprender a ter fé e acreditar em si próprio e sentir-se forte o suficiente para cria rasas e voar para a vida e assim ter o direito de viver, brincar, crescer, sonhar e realizar!
Acredito que a nossa criança interior é que guarda a verdadeira voz do nosso espirito, que é aquilo que a nossa alma deseja seguir como caminho de vida!
O que é arquétipo?
Os arquétipos são imagens primordiais ou imagens psíquicas do nosso inconsciente coletivo. O inconsciente coletivo é a parte do inconsciente individual que resulta da experiência ancestral da espécie, ou seja, ele contêm material psíquico que não provêm da experiência pessoal. Os conteúdos psíquicos do inconsciente são os arquétipos, que possui uma forma de pensamento universal com muita carga afetiva. Os arquétipos são determinantes inatos da nossa vida mental e eles são originados através de repetições de uma mesma experiência durante muitas gerações. Dessa forma, pode-se dizer que os arquétipos são heranças genéticas dos nossos ancestrais, que pertenceram a uma determinada civilização ou povo que passaram pelas mesmas experiências. Isto nos leva de forma inconsciente a comportar-se de modo semelhante aos ancestrais quando devemos enfrentar situações similares. A experiência arquetípica vai se realizar através da emoção sentida quando atravessamos acontecimentos importantes na nossa vida, como por exemplo, um casamento, nascimento de filho, morte etc. Jung foi um dos primeiros psiquiatras a investigar profundamente as produções artísticas em todas as partes do mundo e durante as suas pesquisas ele percebeu que muitas pinturas, lendas, contos etc, repetiam os mesmos símbolos (lembrando que os símbolos são algo dinâmico e vivo, que vai além do consciente), ou seja, possuíam arquétipos comuns. Estou explicando de forma objetiva o que é arquétipo, porque a infância é um período muito importante na vida de todos nos e também possui os seus arquétipos, como veremos abaixo.
Os arquétipos da criança
Ao longo da historia da humanidade, a figura da criança sagrada surge em diversas tradições religiosas ou mitológicas. Suas características em comuns não são meras coincidências. São diferentes expressões de um mesmo princípio arquetípico, que corresponde a uma necessidade humana básica: a necessidade de evolução espiritual. A criança divina já surge completa, nada lhe falta.
A criança divina diz respeito ao eixo central que, tendo uma origem narcísica, permite a coesão do self. Trata-se de uma representação do “sopro divino”, de uma integração com a natureza, de um saber direto, intuitivo". (Carl Jung)
Carl Jung também cita:
A "criança" nasce do útero do inconsciente, gerada no fundamento da natureza humana, ou melhor, da própria natureza viva. É uma personificação de forças vitais, que vão além do alcance limitado da nossa consciência, dos nossos caminhos e possibilidades, desconhecidos pela consciência e sua unilateralidade, e uma inteireza que abrange as profundidades da natureza. Ela representa o mais forte e inelutável impulso do ser, isto é, o impulso de realizar-se a si mesmo. É uma impossibilidade de ser-de-outra-forma, equipada com todas as forças instintivas naturais, ao passo que a consciência sempre se emaranha em uma suposta possibilidade de ser-de-outra-forma. O impulso e a compulsão da auto-realização é uma lei da natureza e, por isso, tem uma força invencível, mesmo que seu efeito seja no início insignificante e improvável.
A criança sagrada é aquela que:

  • não perdeu a consciência da sua origem
  • melhor expressa as qualidades relacionadas aos nossos valores espirituais
  • possui uma sabedoria natural
  • possui os valores da nossa origem
  • está acima das limitações humanas, pois está diretamente conectada com o divino.
  • nos leva ao verdadeiro
  • fonte de poder e transformação
  • nos traz o amor incondicional e o futuro em potencial, pois prepara uma futura transformação da personalidade
  • unificação dos opostos
  • portador da salvação
  • propicia a completude
  • transcendência da consciência (com a inteireza de ser a si mesmo)
  • nos ajuda a experimentar o lado leve, prazeroso e divertido da vida
  • nos contagia com a sua positividade, trazendo à tona o que há de melhor em nós e nos outros
  • Flui para o futuro

O arquétipo da criança pertence ao arquétipos da sobrevivência e seu papel é despertar o reino de Deus dentro de nós, nos levando a um estado de consciência mais amplo. A criança Sagrada, brinca, tem alegria e espontaneidade, ou seja, é a manifestação do eu superior (a essência maior que há dentro de nós). Talvez seja por isso, que Jesus dizia : «- Deixai as crianças virem a mim, porque a elas pertencem o reino de Deus».
O arquétipo da criança integrado de forma saudável na nossa psique vai estimular a busca pela alegria de viver, fazendo com que encontremos mais diversão no dia a dia e além também de favorecer o equilíbrio entre momentos de prazer e responsabilidade. O arquétipo da criança possui como tendência de sombra quatro aspectos: a criança ferida, abandonada ou órfã , dependente, inocente, natureza ou divina. As tendências da sombra deste arquétipo pode nos enviar energias em diferentes situações do nosso cotidiano e seu principal problema costuma ser dependência versus responsabilidade.
Criança Ferida: A criança ferida mantém as memórias de abuso físico e emocional, negligência e outras situações traumatizantes que possam ter ocorrido no período da infância, lembrando que esta é uma fase da nossa vida muito marcante, pois é neste momento que esta sendo construída toda a personalidade do individuo. Os seus aspectos negativos envolvem o desenvolvimento do sentimento de autopiedade, uma resistência a perdoar e seguir em frente na sua vida, ou seja, ela fica presa ao passado. Há também uma tendência a culpar os pais por todos os acontecimentos ruins que ocorreram na sua vida. Ela ainda pode procurar outras figuras paternas e maternas para resolverem situações difíceis de sua vida, em vez de utilizar seus próprios recursos. Já o seu lado positivo, faz com que suas experiências dolorosas sejam transformadas em compaixão, podendo em alguns casos até surgir o desejo de querer ajudar outras crianças feridas. Do ponto de vista espiritual, a criança ferida aprende o caminho do perdão.
Criança Órfã: está relacionada ao sentimento das pessoas que não se sentem como parte sua própria família. Dessa forma, inconscientemente, a pessoa acaba desenvolvendo uma independência muito jovem. O seu aspecto negativo faz com que a pessoa guarde dentro da sua alma o sentimento de abandono, rejeição e muitas vezes acaba buscando outras famílias para experimentar o sentimento de união familiar. Ao entrar em contato com a criança órfã, a pessoa irá ter um ganho de consciência em constatar que curar essas feridas requer amadurecimento e assumir a vida adulta, estabelecendo relações maduras.
Criança Mágica ou Inocente: vê o potencial da beleza sagrada em todas as coisas e incorpora as qualidades da sabedoria e da coragem diante de momentos de dificuldade. Possui de um grande poder de imaginação e acredita que tudo é possível. A energia de sombra da criança mágica se manifesta na transformação ingênua do que é realmente mal ou prejudicial em aparentemente bom. Além disso, diante dos olhares descrentes e cínicos dos adultos de sua infância, pode ter aprendido a assumir atitudes de pessimismo e depressão, particularmente ao explorar seus sonhos. Ela ainda corre o risco de, ilusoriamente, acreditar que não é necessário agir e investir energia para que algo aconteça, entrando em um mundo de fantasias. Um exemplo é Anne Frank, que escreveu em seu diário que apesar de todo o horror que envolvia a sua família, enquanto estava escondida dos Nazistas em um sótão, ela ainda acreditava que a humanidade era basicamente boa.
Criança Natural: desenvolve um profundo contato com a natureza e em muitos casos possui muita afinidade com os animais. As Crianças da Natureza podem desenvolver habilidades avançadas de comunicação com os animais. Tem uma grande capacidade de resiliência, ou seja, de enfrentar situações complicadas e voltar a seu estado natural. A maioria delas considera fundamental para o seu bem estar psíquico o contato com animais e com os espíritos da natureza. Muitos veterinários e ativistas dos direitos dos animais ressoam com este arquétipo porque eles sentiram uma harmonia consciente com os animais desde a infância. Outros adultos descrevem que estão em comunicação com os espíritos da natureza e aprendendo a trabalhar em harmonia com eles. O aspecto sombra da Criança da Natureza se manifesta em uma tendência para abusar dos animais, das pessoas e do meio ambiente de modo geral.
Eterna Criança: Esse arquétipo nos guia a permanecer eternamente jovens em corpo, mente e espírito. O aspecto sombrio da Eterna Criança se manifesta como uma inabilidade de crescer e assumir as responsabilidades na vida como um adulto. Como Peter Pan, o Eterno Menino que resiste a terminar um ciclo da vida no qual ele é livre para viver fora dos limites do adulto convencional. Nas relações afetivas, pode aparecer como dependência de parceiros que ofereçam segurança física e material.
Criança Dependente: Carrega em si um opressivo sentimento profundo de que nada é satisfatório e está sempre em busca de encontrar algo que substituir algo que foi perdido em sua infância (esta busca costuma não ser muito clara). Tem tendência a uma depressão profunda e a ficar focada em suas próprias necessidades, sendo muitas vezes incapaz de ver as necessidades dos outros. Quando se dá conta desse padrão, aprende a evitar de entrar em um estado de dependência.
Criança Divina: Está bastante relacionada à Criança Mágica ou Inocente, mas se distingue dela por sua missão redentora ou salvadora. É associada à pureza e à inocência, além de apresentar qualidades que sugerem que essa criança tem uma união especial com o Divino. A sombra deste arquétipo se manifesta como uma inabilidade de se defender contra forças negativas. Avaliem o seu envolvimento com este arquétipo, perguntando se vocês percebem a vida através dos olhos de um Deus/Deusa benevolente, confiante, ou se vocês tendem a responder inicialmente com medo de ser ferido ou com um desejo de ferir os outros primeiro.
O que é a criança interior?
Como nós já vimos acima, agora podemos compreender melhor que dentro de cada um de nós, existe uma criança interior. Essa criança interior nada mais é a criança que fomos um dia. Ela vai nos acompanhar durante todo o percurso da nossa vida e influenciar em nossa decisões e comportamentos no nosso cotidiano. Mesmo que tenhamos atingido a idade adulta, alguns dos nosso comportamentos continuam sendo exatamente iguais quando éramos crianças. A criança interior nada mais é que o nosso verdadeiro EU, aquele eu bem profundo dentro da gente que corresponde a nossa verdadeira essência. Nossa verdadeira essência aparece quando fazemos coisas que nos dá prazer e nos fazem bem. Quando passamos por situações de muita violência na infância, pode-se acarretar prejuízos na vida adulta. Por isso, é importante conversarmos com a nossa criança interior e ajudá-la a compreender e a racionalizar as situações difíceis que ela teve que enfrentar, para que assim ela possa desapegar-se desses traumas alojados no seu coração. Acho importante acolhermos todas as partes da nossa criança interior, tudo o que ela traz, tanto suas tendências boas como ruins, para que assim estejamos livres para encontrar e melhor ainda, expressar a nossa verdadeira essência que existe dentro de nós. Quando a criança interior está desperta em nós de forma saudável ela nos traz coragem, entusiasmo e equilíbrio. Assim sendo, podemos também nos tornarmos mais capazes de transmitir amor à nossa volta e à nossa família.

Infância ideal e infância real
Em geral, levamos dentro de nós uma imagem da infância ideal, daquela em que o acolhimento e demonstrações de amor foram perfeitos. Essa imagem muitas vezes poderá ser projetada nos outros e lamentando-nos por um ideal, idealizamos relacionamentos e aumentamos nossa solidão e dor. Por trás dessas imagens da infância real e da infância ideal está a imagem da criança interior divina, que brota da camada arquetípica mais profunda de nosso ser.
A criança interior divina tem a inocência, a espontaneidade e o anseio profundo da alma humana por expandir-se e crescer. Às vezes, essa criança interior faz exigências muito intensas, apresentando-se por emoções, ansiedade, depressão, raiva, conflito, vazio, solidão, ou sintomas físicos. A força vital e natural desse arquétipo quer o nosso reconhecimento e ao ser ignorada pode acarretar sérias consequências quando adulto. Quando não fomos devidamente valorizados quando crianças, diminuímos o valor da criança interior e assim mantemos as vivências de nossa infância e seu sofrimento.
Para encontrar essa criança abandonada o mais indicado é através do processo analítico, ou seja, da psicoterapia com base no inconsciente, amparando essa criança e compreendendo seus sentimentos, pois a cura só acontece quando lamentamos nossos sentimentos mais íntimos. Assim, desenvolvemos a função transcendente, que nos conduz à revelação do essencial no homem. No início não passa de um processo natural. Jung deu a esse processo o nome de processo de individuação, o qual parte do pressuposto de que o homem é capaz de atingir sua totalidade, isto é, de que pode curar-se.
E essa cura pode muitas vezes ser obtida quando se encontra essa criança, muitas vezes abandonada, mas que nem sempre conseguimos reconhecer sua existência, principalmente pelo fato da resistência e máscaras que vamos desenvolvendo no decorrer da vida e que nos distancia de nosso verdadeiro eu.
O primeiro passo no processo de individuação é explorar a persona (máscara), pois embora tenha funções protetoras importantes, ela é também uma máscara que esconde o self, nosso verdadeiro eu, o inconsciente e tudo que ele contêm.

Fonte:
http://artedeserpsicologa.over-blog.com/2013/10/a-crian%C3%A7a-interior.html
http://www2.uol.com.br/vyaestelar/crianca01.htm

sábado, 24 de setembro de 2016

Psicologia Positiva

No final da década de 1990, cientistas de alguns dos maiores centros de estudos em Psicologia da atualidade, tais como os das Universidades de Harvard, Yale, Pennsylvania e Michigan, reuniram-se com o objetivo de compreender melhor os caminhos que levariam o ser humano à felicidade. Assim nascia a Psicologia Positiva. Comprometida com o estudo científico das potencialidades humanas, a Psicologia Positiva agrega ao clássico papel curativo da Psicologia convencional, também um caráter preventivo, essencial quando pensamos em qualidade de vida e no desenvolvimento pleno do potencial humano.

Felicidade pra quê?
No ano de 2000 Barbara Fredrickson, pesquisadora da Universidade de Michigan, recebeu um prêmio da John Templeton Foundation por seu trabalho acerca da função das emoções positivas. Por meio desse estudo, descobriu-se que as emoções positivas (e, por extensão, a felicidade) possuem uma finalidade muito maior do que, simplesmente, a de promover o bem-estar.
As emoções positivas tais como alegria, otimismo, esperança, dentre outras, fortalecem nossos recursos intelectuais, físicos e sociais dos quais podemos lançar mão quando uma oportunidade ou uma ameaça se apresentam em nossas vidas.
Esse estudo também mostrou que, ao contrário do que ocorre com as negativas, o cultivo das emoções positivas promove uma disposição mental expansiva, tolerante e criativa, deixando as pessoas abertas a novas ideias e experiências.
Considerando que, a partir da Revolução da Informação, as sociedades têm se tornado cada vez mais complexas e interdependentes, alguns pesquisadores são enfáticos ao afirmarem que do cultivo das emoções positivas dependeria a própria sobrevivência da espécie humana. No mundo corporativo essa realidade se repete.
Por isso, muitas empresas ao redor do mundo têm traçado suas estratégias de gestão de pessoas baseadas nos princípios da Psicologia Positiva. Todas elas cientes de que a promoção da felicidade no ambiente de trabalho pode, além de atrair e reter talentos, transformar-se numa poderosa fonte de vantagem competitiva.

Flow
O conceito de flow foi desenvolvido pelo psicólogo Mihaly Csikszentmihalyi que, a partir do estudo do processo criativo, interessou-se  pelo fenômeno da motivação intrínseca. O estado de flow, também chamado de experiência máxima, faz com que o indivíduo se envolva completamente na atividade que está exercendo, empregando nela aquilo que de melhor ele tem a oferecer. Por essa razão, nos momentos de flow, atividade e sujeito tornam-se um só.
Ao agir na sua zona de excelência, o sujeito que experimenta o estado de flow não precisa de supervisão, controle, ou qualquer tipo de monitoramento externo na medida em que a atividade exercida lhe é intrinsecamente recompensadora. O flow pode ser conseguido em qualquer tipo de experiência. Porém, há pessoas que o conquistam no exercício profissional, tornando seu trabalho uma importante fonte de gratificação e, por extensão, de felicidade.
Hoje já existem empresas no mundo todo interessadas em promover o flow no ambiente organizacional, numa típica iniciativa na qual todos saem ganhando.
A Psicologia Positiva traz, tanto ao atendimento clínico quanto ao trabalho de coaching, um importante diferencial que é o foco nas potencialidades do indivíduo e não na simples cura do sofrimento (no caso da psicoterapia) ou na mera superação de GAPs (no caso do coaching).
Pesquisas mostram que o alívio do sofrimento, embora fundamental, não é capaz de, por si só, trazer felicidade à vida do indivíduo.
No Coaching Positivo o foco são as qualidades humanas, forças pessoais e comportamentos funcionais que o coachee já possui e que podem auxiliá-lo na conquista de seus objetivos. Isso não significa que os GAPs (lacunas de competências) não sejam trabalhados. Porém, para o Coaching Positivo, a superação de um GAP não leva o indivíduo à sua zona de excelência. Além disso, estudos comprovam que pessoas felizes são mais produtivas e criativas, o que agrega uma importância adicional a todo trabalho que, tal como o Coaching Positivo, objetive o aumento dos níveis de felicidade do indivíduo.

Fonte:
http://www.psicologiapositiva.com.br/psicologia-positiva/

segunda-feira, 4 de julho de 2016

A importância do autoconhecimento

Nos dias atuais, onde nos deparamos com a necessidade de assumirmos cada vez mais papéis distintos e a ansiedade desenfreada se torna cada vez mais comum entre os indivíduos devido a diversos fatores da contemporaneidade, como não nos perdermos de nossa essência?
Este processo de autoconhecimento e busca pela liberdade do ser se torna cada vez mais importante num mundo onde o ter tem tomado proporções cada vez mais significativas, nos afastando daquilo que realmente somos e sentimos.
O autoconhecimento é fundamental para desenvolver o amor por si e fortalecer a autoestima. É muito difícil alguém conhecer seu interior quando a busca está sempre no externo. Buscamos cuidar da pele, mudar o corte do cabelo, comprar roupas novas, carros... mas quase sempre esquecemos que o caminho deve ser o contrário, de dentro para fora.
Quando uma pessoa está em processo de autoconhecimento e de construção de sua autoestima, percebemos diferenças positivas em sua postura diante da vida, do mundo, e de si mesma. Amar-se é condição básica para este processo, e amar-se não significa somente aceitar suas qualidades, mas também identificar valores, crenças, pensamentos e posturas que nos impedem de alcançar nosso bem-estar emocional.
Podemos perceber que não estamos sendo fiéis a nós mesmos quando desenvolvemos algumas características como: insegurança em demasia, inadequação, perfeccionismo, dúvidas constantes, incerteza do que se é, sentimento vago de não ser capaz, de não conseguir realizar nada, não se permitindo errar e com muita necessidade de agradar ao outro, ser aprovada, reconhecida pelo que se faz e quase nunca pelo que se é.
O processo de tomada de consciência destas características não é um processo fácil. Muitas vezes é doloroso e nos exige paciência e coragem para seguir em frente e identificar aquilo que se é possível modificar, bem como aceitar e conviver da melhor maneira com as situações que não temos força para mudar. Reconhecendo nossos pontos negativos, podemos trabalhar para melhorarmos. E reconhecendo os pontos positivos, nos sentimos mais confiantes em nossa capacidade de conseguir o que desejamos, independente das críticas ou opiniões externas.
Para os que encontram dificuldades durante o processo, a psicoterapia se apresenta como um método eficaz, sendo esta uma importante aliada para que sigamos confiando e desenvolvendo nossa consciência, vencendo nossas “couraças” e caminhando em direção de nossa verdadeira essência!

Tenhamos coragem!!!!

Ecrito por Amanda Rocha Giron
Psicóloga Clínica existencial com aperfeiçoamento em Arte terapia e Saúde Mental

sábado, 11 de junho de 2016

Baixa auto-estima

O que é?
É uma característica das pessoas que se sentem inadequadas para enfrentar os desafios da vida, não acreditam nos seus potenciais e capacidade de dar resposta às questões da vida. Tem uma estrutura emocional pouco sólida que origina o pessimismo e a negatividade; resulta da falta de auto-conhecimento e é o nosso maior inimigo. A falta de conhecimento e consciência do nosso verdadeiro valor e potencial não nos permite alcançar as nossas realizações pessoais, profissionais, emocionais, etc.
 
Falta de sentido de auto-valorização e respeito-próprio.
Uma pessoa com baixa auto-estima é um ser sem senso básico de respeito por si mesmo, desvaloriza-se e não se sente merecedor de amor e respeito por parte dos outros. Um exemplo muito simples de uma falta de respeito por si mesmo, uma pessoa que fume é uma pessoa que faz mal a si mesma, que não hesita em prejudicar-se e causar danos irreversíveis ao seu próprio corpo, também uma pessoa que se permita conviver com pessoas que a desvalorizem e maltratem psicologicamente é uma pessoa que não se respeita e não tem qualquer senso de auto-valorização.

A falta de Auto-Estima resulta da ausência do Auto-Conhecimento

Uma pessoa com baixa auto-estima, é uma pessoa, também sem auto-conhecimento, não tem noção de si mesma, do que merece, sem consciência de onde estão as barreiras denunciam que se estão a deixar abusar pelos outros. Uma pessoa com auto-estima sabe o que merece e quando alguém pisa o limite do razoável  manifesta-se e não dá qualquer oportunidade que abusem da confiança.

Desvalorização pessoal
Uma pessoa com baixa auto-estima, desvaloriza o que sente e nas escolhas que faz no dia-a-dia mostra que não acredita ser feliz, ter um emprego melhor, ter um bom ordenado, etc. É muito comum ouvirmos dizer da boca de uma pessoa com baixa auto-estima, “a mim bastava apenas ter o suficiente para os gastos”, há uma crença que quem tem dinheiro é má pessoa, como se o fato de merecerem ter um bom emprego, um bom ordenado as tornasse más pessoas, não tendo a consciência se tiverem muito dinheiro podem criar projectos de caridade e de ajuda ao próximo.

Desvalorizar as qualidades em prol das limitações

Uma pessoa de baixa auto-estima valoriza os seus “defeitos” e desvaloriza as suas qualidades, e também não aceita bem os elogios e não se sente merecedora de presentes. É comum afirmarem que gostam mais de dar do que receber. Podem ter um grande medo de expor as suas ideias com receio do ridículo e da desaprovação.
Características das pessoas com baixa Auto-Estima

  • Ausência de credibilidade em si mesma.
  • Assume culpas por tudo o que lhe acontece, achando-se vítima do mundo e que todos estão contra si.
  • Tenta sempre justificar-se e encontrar um culpado para tudo.
  • Baixo rendimento, não acreditam que tem capacidade para conquistar uma boa vida e não agem para evoluir.
  • Não cria objetivos de realização emocional, pessoal e profissional.
  • Ignora as suas aptidões sociais adequadas para resolver situações de conflito (submissão ou agressividade excessiva)
  • Não tem iniciativa para atividades de realização pessoal e profissional, sempre com a desculpa da falta de tempo.
  • Medo de não serem aprovadas social e profissionalmente, não tem consciência do seu valor.
  • Vê-se através dos olhos dos outros, quando lhe dizem “és boa pessoa” ficam felizes e quando a chamam de “incompetente, sente-se miserável. O fato de não ter a consciência do seu valor, acha que são o que os outros dizem sobre si.
  • Muitas vezes pessoas muito qualificadas e competentes não conseguem a realização pessoal e profissional  por não terem consciência do seu valor e não terem força interior para se apresentarem adequadamente e assim saber passar com objetividade as suas competências e habilidades.
  • Nos relacionamentos é muito comum a submissão ou então a manipulação como uma forma de manifestação da baixa auto-estima.

Características da baixa auto-estima:
  • Insegurança
  • Perfeccionismo
  • Sentimento de inadequação
  • Dúvidas constantes
  • Incerto de si mesmo
  • Não se permitir errar
  • Necessidade de: agradar aprovação, reconhecimento
  • Sentimento vago de não ser capaz de realizar nada –  depressão
Baixa auto-estima, aprenda como pode libertar
A Baixa auto-estima não pode sobreviver quando tomamos consciência sobre uma dimensão maior do nosso SER, e consequentemente nos responsabilizarmos por quem verdadeiramente somos e aceitamos assumir nosso poder interno. Ao  reconhecer a nossa essência e perceber o nosso verdadeiro potencial não consciente, aos poucos é possível substituir as crenças internas de desvalorização pessoal. Qualquer pessoa que se empenhe e se foque, pode superar os seus dramas de baixa-auto estima e conseguir uma mudança significativa em todas as áreas de vida, fazendo um claro investimento em si que tenha como fim o reconhecimento e aceitação sobre uma perspetiva maior sobre si e sobre o seu poder interior.
Em primeiro lugar é necessário ter uma noção clara sobre o que é verdadeiramente a  Auto-estima e o que é para depois começar a trabalhar as limitações internas e começar a libertar a negatividade, e a viver uma vida cheia de felicidade e com mais sentido.

O que diminui a auto-estima? 
  • Constantes críticas e autocríticas
  • Sentimento de culpa
  • Medo do abandono
  • Receio da rejeição
  • Sentimento de carência
  • Frustração
  • Vergonha
  • Sentir inveja
  • Timidez
  • Insegurança
  • Medo
  • Humilhação
  • Raiva
  • Perdas e dependência (financeira)

Baixa auto-estima – Veja o que fazer para superar:
Baixa auto-estima alimenta-se de pensamentos negativos e crenças de falta de valor próprio, é essencial ter muito cuidado com as palavras negativas que usamos sobre nós e evitar entrar em auto-crítica. Sempre que nos classificamos de “burra”, “desastrada” ou qualquer forma de depreciação, estamos a criar um programa neurológico que nos vai limitar nos comportamentos e na vida. Por que razão travamos guerras conosco mesmos? Nunca devemos esquecer que o nosso subconsciente não tem sentido de humor e leva a sério qualquer ameaça e as torna verdades internas. É muito importante aprender a confiar em si e na vida.
Escolher para agradar a nós mesmos diminui a sensação de baixa auto estima. É bonito sermos “bonzinhos” para os outros e nos preocuparmos com os sentimentos dos outros, mas nada disso faz sentido se estivermos a negligenciar a nossa sensibilidade e as nossas necessidades tão importantes. Não negligencie a si mesmo!
Baixa-auto estima pode ser sinônimo de copiar pessoas que admiramos e isso torna-nos vulneráveis e artificiais e todas as pessoas que nos rodeiam vão sentir isso e vão-nos por em causa. Cada pessoa tem um potencial infinito único apenas tem de o trabalhar e evidenciar. Esforce-se para melhorar, mas não critique a si mesmo por não ser tão bem sucedido, bonito, magro ou tão popular quanto alguém. Use afirmações positivas para trabalhar o “músculo da positividade” e exercer poder na sua vida.
A vida é importante mas não devemos levá-la demasiado a sério e descontrair. Todos falhamos antes de sermos bem sucedidos, a tentativaXerro é a formula secreta de todos os grandes sucessos, assim como a não desistência e a consecutiva transformação positiva. Um erro não é um fracasso, mas como uma maravilhosa forma de aprendizagem. Quando algo parece estar errado e parece não funcionar é importante sabermos redireccionar o nosso caminho e a experiência é sempre um reforço à sabedoria e estrutura pessoal, social ou profissional. Os desafios tornam-nos mais fortes isto dependendo se escolhemos ser o sábio ou o coitadinho.
O valor próprio e a confiança são reforçados quando nós damos valor às nossas necessidades e desejos. Sempre que esperamos que sejam outros a suprir estas questões a nossa auto-estima está minada. Ninguém melhor que nós sabes o quê e quando precisamos de suprir as nossas necessidades e desejos e se aprendermos a ser independentes estaremos mais aptos a ter bons relacionamentos sem que haja sentimentos de dependência.
Evidencie os seus sucessos, relembre-os sempre que possível, a baixa-auto estima resulta do fato de só alimentarmos fracassos e inércia. Faça uma lista de tudo o que já conseguiu fazer e tanto se orgulha. E nunca se esqueça que tudo na vida que sempre se esforçou e acreditou você conseguiu.
Alimente a sua vida com experiencia aliciantes e motivadores, workshops, equitação, surf, leitura, desporto, alguma coisa que o faça sentir-se feliz e não dependa, nunca de ninguem para iniciar qualquer objetivo senão vai passar a sua vida sentada no sofá à espera do telefonema que vai mudar a sua vida. Seja o exemplo que gostaria de ver.
Trace objetivos e esforce-se para conquistá-los, seja responsável na sua concretização. Nunca nada mudará amanhã se nada fizermos hoje
Seja uma pessoa interessante interiormente, liberte-se do peso do passado e da vida, e faça coisas interessantes para se sentir revigorada.
O verdadeiro processo de libertação de baixa auto-estima está na Auto-valorização. Aprenda a ver-se com os seus próprios olhos e não com os olhos dos outros, não é o facto de alguém pensar algo negativo de si que a vai transformar nessa coisa negativa. O que os outros pensam é uma interpretação de si baseada nos seus traumas e vivências.
Dê menos importância aos defeitos do mundo exterior e aproveite essa energia para enriquecer o seu interior e a sua vida.
Para fazer um verdadeiro trabalho de transformação e programação neurológica faça um curso de PNL (Programação Neurolinguística) ou de Coaching e transforme o seu sonho na sua vida, está tudo nas suas mãos, use a energia de auto-destruição na construção de um paraíso vivencial e em sabedoria.

Algumas questões que ajudam a baixar a nossa auto-estima:

  • Se formos improdutivos no emprego, chegamos ao fim do dia com sentimento de culpa por sermos inúteis. O sentimento de inutilidade é um dos fatores que mais baixa a auto-estima.
  • Ter situações de vida pendentes, como situações emocionais não resolvidas, o sentimento de ser um peso para alguém, dependências de qualquer espécie. É essencial sermos seres independentes e individuados.
  • A falta de iniciativa para resolver questões que nos estão a incomodar.
Para estarmos em paz conosco e com a vida é necessário iniciar um processo de limpeza emocional e resolver tudo o que está pendente e limpar dentro de nós o que já não está a ser importante para sermos livres e felizes.
A Baixa auto-estima  pode ser libertada com muita vontade e trabalho diário, acreditar que merecemos algo de bom na vida é o melhor trampolim para nos motivarmos a iniciar um processo de mudança milagrosa….se os outros podem e conseguem, o que me impede de também poder e conseguir?

Fonte:
http://www.tratamentodadepressao.org/635-baixa-auto-estima-caracteristicas/
http://www.tratamentodadepressao.org/803-baixa-auto-estima-aprenda-libertar/
http://pt.slideshare.net/edmilsonsiqueiradesa/auto-estimappt-2014-hj