sábado, 30 de janeiro de 2016

Hipersensibilidade: Como lidar com isso?

A hipersensibilidade refere-se à alteração de um tecido causada por uma resposta imune que ocorre de forma exagerada ou inapropriada. As reações de hipersensibilidade são respostas imunes protetoras que algumas vezes resultam em reações inflamatórias e dano tecidual.
As doenças  de hipersensibilidade são classificadas baseadas no mecanismo imunológico principal que é responsável pela lesão tecidual e a doença.
Muitas pessoas são hipersensíveis. Elas não podem suportar barulho, agressão e o ritmo apressado da sociedade moderna. Geralmente sofrem de distúrbios psicossomáticos e insônia. Aquilo que os outros aceitam como certo, como ir a festas de família, por exemplo, para elas é uma tarefa difícil. Muitas vezes, fazer algo que outras pessoas consideram normal pode ser uma tragédia para elas.
Quando crianças, elas geralmente são mal compreendidas e subestimadas. Como têm dificuldade para se defenderem e entram facilmente em devaneio, o período escolar é difícil para elas. Construir uma carreira e tornar-se bem sucedido de acordo com os padrões da sociedade não funciona para essas pessoas. Bem ou mal, elas acabam progredindo, mais ou menos à margem da sociedade, pois participar das atividades predominantes no meio social é, para elas, cansativo e debilitante. Devido a tudo isto, a auto-imagem dessas pessoas não é das mais positivas; muitas vezes elas se sentem inseguras e inferiores. Seus pensamentos são sombrios e podem se repetir indefinidamente.
É lógico que esta imagem é um tanto exagerada. Entretanto, muitas pessoas se reconhecerão parcialmente nesta descrição.
Vamos agora focalizar alguns dos traços positivos das pessoas hipersensíveis. Elas apreciam a paz e a serenidade e anseiam por viver em harmonia com seus companheiros humanos. São sensíveis à beleza, especialmente a da natureza. São muito empáticas e abertas à espiritualidade. Possuem uma imaginação muito rica. Para surpresa delas mesmas, pessoas que estão em dificuldades são naturalmente atraídas a elas e lhes pedem conselhos.
O que acontece com essas pessoas? A resposta é que elas não são apenas hipersensíveis, elas são altamente sensíveis. De fato, elas são anjos disfarçados.

O que é alta sensibilidade?
Todos os seres vivos emitem uma certa vibração ou aura: as flores, o sol, as pessoas, os animais, as plantas, e inclusive a sociedade humana como um todo. Você é altamente sensível quando a sua vibração, a sua aura, é mais refinada e delicada do que a vibração da sociedade humana.
Imagine um anjo radiante e belo descendo do Céu para nascer num corpo humano, numa metrópole moderna. Este anjo tem dificuldade para lidar com o barulho, o caos e a feiúra do mundo à sua volta. Onde está a serenidade e a beleza da natureza? Onde estão as flores? Onde está o conhecimento interior profundo, o sentido de unidade com o cosmos? O anjo se sente frustrado e hostilizado. O mundo ao seu redor não o alimenta nem o reconhece. O anjo começa a pensar que há algo de errado com ele e torna-se triste e deprimido. Como não se sente à vontade aqui, ele se recolhe e anseia vagamente por uma outra realidade. As pessoas à sua volta consideram-no um sonhador que não quer encarar os fatos da vida. A luz do anjo diminui. E ele, que no começo era altamente sensível, se torna hipersensível.
Muitos anjos estão encarnados na Terra e cada anjo tem seu próprio motivo para estar aqui. Mas existe um motivo geral: para ajudar a Terra. Através da presença de todos esses anjos, a sociedade humana como um todo adquire mais luz e sensibilidade. A presença angélica eleva a vibração do mundo. Isto acontece especialmente quando os anjos se lembram quem são e quando sua autoconfiança é restaurada. É então que a luz deles realmente brilha!

Você é esse anjo
O que você pode fazer para se tornar radiante outra vez, para transformar sua hipersensibilidade em alta sensibilidade?
1º Reconheça-se – Reconheça que você é um anjo e não tenha medo de mostrá-lo. Acredite na sua própria luz, nas suas capacidades criativas e supere seu medo de se expor. Este é o primeiro passo.
Como fazer isto? É importante conectar-se com a espiritualidade. Veja o mundo de uma perspectiva espiritual, lembre-se do reino atemporal de amor e beleza de onde você veio e ao qual pertence. Você sempre esteve em contato com essa realidade sutil, etérica. Agora dê mais um salto e acredite realmente que ele existe. No momento em que se conecta com ele, você também se conecta com sua própria essência interior e começa a perceber quem você realmente é. Você se lembra que sua consciência é eterna e que é uma fonte magnífica de luz e criatividade.
No momento em que se sente parte desse outro reino, que é o seu verdadeiro lar, o julgamento da sociedade humana a seu respeito torna-se muito menos pesado para você. Você compreende que sua estadia aqui é apenas temporária e que um dia esta sociedade frenética e caótica desaparecerá e dará lugar a uma sociedade mais pacífica, harmoniosa e feliz. O que a sociedade atual pensa de você e espera de você não é mais tão importante. O mais importante é o que você veio fazer aqui, como você vai manifestar a sua luz neste  mundo.
Ao compreender e sentir a sua verdadeira origem, você acende sua própria luz. A luz é criativa e transformadora. Você percebe que o ambiente ao seu redor começa a lhe responder de maneira diferente. A vida flui com mais facilidade e as pessoas o levam mais a sério. Você deu um primeiro passo fundamental na transição da hipersensibilidade para a alta sensibilidade.

2º Conscientize-ze – Você só é capaz de doar verdadeiramente a sua luz aos outros, se também for capaz de não doá-la. Se você não consegue dizer “não” para as pessoas, o seu “sim” não tem nenhum sentido. Aprender a estabelecer limites e se defender é essencial. Se não fizer isto, sua energia fluirá por um poço sem fundo e você se sentirá permanentemente fraco e esgotado.
Para impedir que isto aconteça, você precisa entrar em contato com a sua energia masculina. Muitas pessoas que estão voltadas para a espiritualidade possuem uma imagem negativa da energia masculina, associando-a com violência, opressão e agressividade e considerando-a não espiritual. Como resultado desta atitude negativa diante da energia masculina, muitas pessoas voltadas para a espiritualidade e hipersensíveis sentem-se privadas do seu poder e incapazes de se defenderem.
A solução é entender que não há nada de errado com a energia masculina em si; o que causa problemas é o desequilíbrio entre o masculino e o feminino. Ao enxergarem a energia masculina como inferior, muitas pessoas debilitam a sua própria força. Isto acontece particularmente com as mulheres sensíveis. Se você está passando por um processo de crescimento espiritual, é especialmente importante que se conecte com sua energia masculina.
Logo que der o 1º passo e se tornar mais consciente de quem realmente é, você começará a se distinguir energeticamente do seu ambiente. Sua luz será notada. Isto atrairá para você o que eu chamo de sanguessuga de energia. São pessoas ou outras entidades, como por exemplo a empresa onde você trabalha, que se alimentarão da sua energia. Elas o despojam da sua energia sem lhe dar nada em troca. Se você não for capaz de se proteger num ambiente como esse, estará em apuros.
Nesse ponto, você precisa usar a sua força masculina. Acolha a sua parte masculina, o seu homem interior, e confie nele. Deixe que ele tome a forma de uma espada na sua mão, que rompe os vínculos entre você e tudo que o priva da sua energia.
Uma armadilha comum na utilização eficiente da espada da sua energia masculina é o conceito de igualdade: “Somos todos iguais, portanto eu não deveria me distinguir dos outros e deveria compartilhar o que tenho com eles.” A idéia de igualdade está correta até certo ponto. No nível da alma nós somos iguais. Entretanto, no nível da manifestação, não somos. Algumas pessoas são mais capazes de deixar sua luz interior brilhar do que outras. Quando não reconhecemos isto, deixamos o campo aberto para as sanguessugas de energia. As pessoas, em especial, que irradiam muita luz e têm muito para dar, deveriam se proteger. Esteja atento e perceba para quem ou para o que você dá a sua energia. Nem todos estão prontos para receber o que você tem para oferecer. Não deixe que a sua dádiva mais preciosa seja consumida por pessoas ou organizações que não condizem com a sua vibração. Use sua energia masculina para este propósito.

3º Saiba seu lugar – Muitas pessoas hipersensíveis têm uma certa resistência a viver na Terra. Essa resistência se deve, em parte, ao fato de elas não se sentirem à vontade na sociedade ocidental moderna. A energia da sociedade não se afina com a delas e elas se sentem hostilizadas por ela e querem ir embora. Inconscientemente, elas se lembram da sua herança espiritual e anseiam por voltar ao “lar”. Querem voltar à paz e à harmonia dos reinos celestes, que contrastam tão profundamente com o barulho, o medo, a agressividade e o anonimato da sociedade humana atual.
Além desta razão de sentirem resistência a viver na Terra, as pessoas sensíveis também têm intuições sobre o que aconteceu em suas vidas anteriores neste planeta. Geralmente carregam lembranças de guerra, perseguição e outras formas de agressão. Elas se lembram de terem tentado ser boas e fazer o bem na Terra e terem sido violentamente rejeitadas por isso.
Para superar sua resistência a estar aqui, é importante diferenciar a energia da sociedade humana da energia da Terra em si. Para fazer isto, encontre um lugar bonito na natureza. Vá lá num final de semana, quando ele estiver tranquilo. Sinta a energia desse lugar, sinta a serenidade e a paz. Abra o seu coração para esse lugar na natureza e sinta todas as energias lá presentes. Agora sinta a própria Terra. Esta é a Terra para a qual você veio, a Terra que deseja se aproximar de você e quer ampará-lo. Abra o seu coração para a energia e o amor dela.
Entrando nessa conexão com a Terra, você é capaz de assumir verdadeiramente o seu lugar aqui e irradiar sua luz neste mundo. Você pode mudar o mundo e torná-lo mais bonito. Existe um lugar para você na Terra onde se sentirá em casa. Este lugar se tornará um farol de luz que transformará o mundo ao seu redor.


Pessoas hipersensíveis se escondem do mundo.
Pessoas altamente sensíveis irradiam livremente sua luz no mundo.

4º Transforme-se – Sua energia feminina pode fazer a diferença entre ter medo de alguém e amar alguém. Ela o capacita a olhar por trás da máscara que a pessoa está usando e enxergar sua vulnerabilidade. Em nossos corações, somos todos bons. Deus está no coração de todo mundo. Você pode usar sua energia feminina para se tornar ainda mais sensível, de modo a usar sua empatia para realmente entender o que é estar na pele de outra pessoa. Perceber o outro desta maneira pode ajudar você a compreender as observações e comportamentos ofensivos dele. Pode ajudar você a liberar tudo isso.
Isto se torna possível quando sua energia interna masculina é suficientemente forte para proteger seu lado feminino. Quando ficamos magoados com algo que outra pessoa falou para nós, geralmente não nos magoamos com as palavras em si, mas com a nossa própria interpretação exageradamente sensível dessas palavras. Muitas vezes as pessoas não têm a intenção de nos ferir, o que geralmente acontece é que elas deixam escapar alguma coisa que não era dirigida a nós pessoalmente. Sua energia masculina pode ajudá-lo a não se ofender, a não tomar as coisas tão pessoalmente. Sua energia feminina pode ajudá-lo a sentir o que realmente está acontecendo no interior da outra pessoa. Ao usar o dom feminino da sensibilidade, podemos ver muitas luzes neste mundo escuro à nossa volta. Tornando-nos mais sensíveis, damos um passo na direção do coração dos nossos companheiros humanos, que geralmente é muito mais carinhoso e luminoso do que pensávamos. Quando percebemos a luz no coração do outro, esta luz brilhará mais forte.
Tornando-se ainda mais sensível, você não apenas adquire uma percepção mais profunda de quem a outra pessoa é, mas ela também passa a conhecê-lo melhor. Ela sente algo sensível, carinhoso e belo em você, que ela não tinha percebido antes. Quando você reconhece o outro, ele reconhece você. É assim que você começa a se sentir em casa na Terra;

Ser um anjo é estar equilibrado
Todo ser humano dá e recebe. Para permanecer espiritual e fisicamente saudável, precisamos estar em equilíbrio com o meio em que vivemos. O fluxo de doação e o fluxo de recebimento devem estar em equilíbrio. No momento em que irradiamos mais da nossa luz, fazemos a transição da hipersensibilidade para a alta sensibilidade. Então nos tornamos o anjo que somos e o fluxo de doar aumenta. Nós emitimos uma luz linda e criativa e a compartilhamos com o nosso ambiente, geralmente sem sabê-lo. A energia que doamos ao mundo quer voltar para nós, na forma de abundância física.
Isto causa problemas em muitos sensitivos. A pessoa hipersensível geralmente não acredita que a vida possa ser bela, rica e abundante para ela, pois sente que isso não seria justo, que ela não merece isso, e assim bloqueia o fluxo de recebimento que quer vir até ela. As tradições religiosas, que ensinam que é melhor dar do que receber, ou que é pecado ter prazer, apóiam esta linha de pensamento. O medo e a dúvida afastam a abundância natural que deseja vir para o seu caminho.
Esteja atento a isto. Verifique se você está realmente aberto ao que o universo gostaria de lhe dar, a todo o amor que está aí para você. Enquanto não disser “sim’ para o que o universo quer lhe enviar, você não terá verdadeiramente dito “sim” para si mesmo. Diga um “sim” sonoro e amoroso para si mesmo. Então o fluxo de recebimento na sua vida se tornará natural para você.

Hipersensibilidade, PAS (pessoa altamente sensível) tratamentos
• Respeite sua sensibilidade. Não se obrigue a fazer coisas que sejam difíceis. Tanto quanto possível, escolha situações que sejam adequadas para o seu temperamento. Pessoas altamente sensíveis precisam de mais tempo do que outras para processar os acontecimentos do dia, então, não se sobrecarregue saindo à noite.
• Recue. Permita reagir emocionalmente a uma situação, mas aceite que haja outras possibilidades. Tenha calma, analise a situação e a reavalie; pausa para reflexão.
• Bloqueie. Para evitar sobrecarga sensorial e ansiedade, sempre tenha plugues de ouvido e fones de ouvido com você, para bloquear o ruído.
• Abaixe o tom. Se multidões e barulho são um problema, encontre locais que sejam mais silenciosos e menos apinhados – uma pequena padaria em vez de um shopping, por exemplo, ou um consultório médico pequeno, em uma casa, em vez de um grande conjunto médico em um hospital.
• Reduza a estimulação externa dizendo não a coisas que você não precisa fazer ou que você não gosta de fazer.
• Certifique-se de que tenha tido o sono suficiente, ou tire uma soneca, antes de enfrentar uma situação que será altamente estimulante.
• Medite, reze, ou use outro método de relaxamento para reforçar sua capacidade de lidar com os desafios do dia a dia.

Fonte:
http://tdah-dourados.blogspot.com.br/2011/10/146-hipersensibilidade-voce-e-uma.html
http://www.jeshua.net/por/articles/article1.htm

sábado, 23 de janeiro de 2016

Hipersensibilidade: O que é isso?

Sentimentos exacerbados, dores amplificadas, mente borbulhante, angústia com o que não lhe diz respeito, intuição aguçada, espontaneidade inocente. Talvez você também seja um hipersensível.
Para um hipersensível, diagnosticar-se como tal é algo muito importante. Na verdade, um divisor de águas. Enfim, começamos a nos entender. Não somos exagerados, mimados ou dramáticos, como quase nos fizeram acreditar. Somos dotados de uma característica peculiar e determinante, a qual, por não podermos abrir mão, é necessário que aprendamos a manejar da melhor forma possível.
Mesmo com o passar do tempo, é difícil chegarmos a uma conclusão exata de quanto da hipersensibilidade é “defeito” (negativo) e do quanto é “qualidade” (positivo). Mas, é o que nos adjetiva, nos compõe, nos impulsiona. É, de nós, inerente, irretocável e intransferível. Resta-nos aceitá-la.
Em razão da sensibilidade exacerbada, a dor, para nós, é - de fato - muito mais intensa. Tanto a física, quanto a emocional. A recuperação de uma cirurgia é muito mais penosa e demorada, por exemplo. Os exercícios físicos nos desgastam mais que aos demais. Alguns procedimentos estéticos são um tanto doloridos para nós. Uma gripe tem o poder de nos incapacitar. Entendemos, então, que não podemos servir de parâmetro para muita coisa.
Os sentimentos, da mesma forma, são elevados ao cubo. Efetivamente, uma “brincadeira-verdade” pode nos fazer sentir muito mal. Indiferenças nos entristecem bastante. Grosserias nos destroem. Outrossim, Barulhos excessivos afetam bastante os que sentem demais. Podemos ficar desconcertados com músicas muito altas, máquinas trabalhando ou pessoas gritando.
Muitas coisas que podem não ter grande relevância para a maioria das pessoas, para nós são essenciais, e seria interessante que os que conosco convivem soubessem medir as palavras usadas, lembrar datas marcantes, atentar ao tom de voz, evitar “zoadas-inocentes”, repetir declarações, evitar estressores desnecessários.
Evitamos conflitos ao máximo. Não apenas os que nos envolvem, mas qualquer conflito. Presenciar uma agressão entre estranhos, por exemplo, pode nos fazer sentir muito mal, mesmo. Sentimos os golpes quase como se fossem dados em nós.
Inclusive, qualquer espécie de constrangimento, para nós, reflete-se de forma exacerbada. Presenciar uma pessoa sendo colocada numa saia justa, ou sendo xingada, exemplificamente, nos deixa desconfortáveis também. Os evitamos, então, a todo custo.
Presenciar injustiças nos faz estremecer. Podemos não ter nenhuma relação com a situação, mas não conseguimos nos manter neutros. Se, por alguma razão, não nos envolvermos - de fato - no ocorrido, certamente ficaremos com aquilo “matutando” por tempos dentro do nosso ser.
Empatia também é uma palavra que nos define. Moradores de rua, crianças carentes e pessoas doentes nos fazem murchar. Ver um animalzinho morrer pode acabar com o nosso dia. Até mesmo as tristes e violentas histórias passadas cotidianamente nos noticiários nos fazem muito mal. Melhor manter distância.
O sofrimento alheio nos atinge diretamente. Faz doer nosso coração. Queremos ajudar a todos que vemos necessitar. Não entendemos como podemos viver leve e alegremente em um mundo onde muitos estão passando por grandes dificuldades, das mais diversas ordens. Nossa compaixão, desta forma, é imensa. Às vezes, pode até nos causar transtornos.
Temos a vantagem, por outro lado, de ficarmos bem quando sozinhos. Na verdade, um pouco de solidão é essencial para um hipersensível. Precisamos acalmar a mente, colocar a casa em ordem, dar uma aliviada. O silêncio, nesse ponto, é fundamental.
Expressamos nossos sentimentos com mais facilidade do que os demais. Se estamos tristes ou emocionados, chorar não é problema. Aliás, choramos bastante, às vezes até sem saber exatamente por quê. Talvez, excesso de informação (que nos embaralha, diga-se de passagem). É um alívio, enfim. Uma forma de extravasar o que não cabe mais dentro de nós.
Contudo, também rimos sem fazer cerimônia. Quando algo é engraçado, divertido ou excitante, ora, não vemos porque reprimir nosso sentimento. Somos espontâneos. Nos envolvemos e nos empolgamos com facilidade. Às vezes passamos por inocentes demais.
Também somos intuitivos e, não raro, captamos emoções e sensações dos ambientes. Sentimos quando não somos bem vindos, quando a situação é forçada, quando a intenção não é tão boa assim. Deveriam dar mais crédito aos nossos insights.
Um dos pontos negativos, outrossim, é não esquecermos tão fácil as coisas. Temos uma boa memória. Lembramos por tempos humilhações, desfeitas, indelicadezas, desconsiderações. Não que as fiquemos remoendo, mas, em algum momento, sua ocorrência será recordada (ainda que não necessariamente manifestada).
Somos pensadores profundos. Nossa mente, efetivamente, borbulha (ainda que saibamos que isso nos consome). Procuramos explicações, soluções, inovações. O comportamento humano nos fascina. A dinâmica da vida – e da morte -, igualmente. Vivemos tentando entender o mundo. Buscar o sentido das coisas. Encontrarmo-nos. Conhecermo-nos. Desenvolvermo-nos.
Apreciamos as sutilezas. Um céu estrelado. Um toque leve na nossa mão. Um aroma que surge inesperadamente no ar. Um por do sol multicolorido. Um som que toca o nosso coração. Um poema que parece nos traduzir. Um olhar que nos desnuda. Tudo isso nos fascina.
É trabalhoso. É sofrível. É, muitas vezes, exaustivo. Mas é gostoso. É encantador. Na verdade, essencial. Não saberíamos viver de outra forma, com outra intensidade. Nosso tom é esse. A hipersensibilidade.

Fonte:
http://obviousmag.org/divagacoes_em_prosa_e_verso/2015/12/nos-os-hipersensiveis.html

sábado, 16 de janeiro de 2016

Conformismo mata?

O conformismo é uma armadilha da mente que arrasta grande parte dos jovens e adultos. Não é catalogado como doença, mas é uma característica doentia da personalidade pulverizada em todas as sociedades. Soterra habilidades, anula dons, contrai competências, bloqueia algumas funções mais notáveis da inteligência.  Alguns conformistas não conseguem nem ser conquistadores no teatro social, nem, muito menos, no teatro psíquico. Não exploram nem o que as pessoas têm de melhor, nem o que possuem de mais rico. Vivem na superfície.
Júlio Malta – nome fictício, mas história real – era filho de um grande empresário. Sempre os melhores carros à sua disposição, cartão de crédito quase que ilimitado. Frequentava os melhores hotéis. Viajava de primeira classe nos aviões e desdenhava os que viajavam em classe em econômica. Acreditava em destino. Acreditava que estava destinado a viver uma vida de nababo, de abastado, eternamente.
Todo ser humano quer ser reconhecido, todo ser humano precisa escrever a sua própria história. Como tinha tudo ao seu redor, teve uma desvantagem competitiva em relação aos seus colegas que pouco tinham. Não decifrou que, se na juventude é aceitável a dependência dos pais, na vida adulta ela é uma fonte de ansiedade, baixa autoestima, complexo de inferioridade. Não decifrou a capacidade de lutar pelo que ama. Pensou que o dinheiro comprava tudo, mas não comprou o amor da sua esposa, o respeito dos amigos, o prazer pelas simples coisas.
Não cursou faculdade. Não se preparou para assumir um trabalho na empresa da família. Condenou-se a ser um eterno dependente, um filho que vivia à sombra do pai. Pouco a pouco afundou nas drogas, se deprimiu e se tornou um alcoólatra. Até que, depois de vários tratamentos fracassados, descobriu que mais do que uma doença psíquica tinha um Eu doente, conformista, inerte, sem reação. Tinha tudo e não tinha nada. Não tinha uma história. Entendeu que um ser humano sem história é um livro sem letras. A duras penas começou a reescrevê-la. Ele precisava tratar de sua doença, mas precisava, muito mais, se reconstruir como ser humano.
O conformista é inerte e mentalmente preguiçoso pelo menos na área em que se considera incapaz, inábil. Não exerce suas escolhas por medo de assumir riscos. Não expande o seu espaço de crítica. Prefere ser vítima à gente modificador de sua história, prefere ser amante da insegurança a parceiro do entusiasmo. Prefere enterrar seus talentos a dar a cara para bater.  Os conformistas transformam fracasso em medo; os determinados transformam derrotas em garra.
Os conformistas são os reis das desculpas.  Sempre têm justificativas para não atuar, não treinar, não exercitar o seu intelecto. Raramente duvidam daquilo que os controla e proclamam: “Não concordo comigo mesmo! Não aceito este destino!”. Claro que há fatalidades que não dependem de nós e sobre as quais não temos controle. Devemos aceitá-las  com humildade e serenidade, mas no que depender de nós, jamais deveríamos nos isentar de agir.
Alguns conformistas vestem o manto da humildade, mas por dentro exalam o aroma do egoísmo.  Nem sempre o egoísta com os outros, mas certamente o é consigo mesmo. Não tem um caso de amor consigo mesmo, não usa todo seu potencial para executar seus sonhos e superar suas falhas.
Os conformistas parecem desapegados a preconceitos, mas na realidade são profundamente aferrados a sua visão estreita de vida e aos seus maneirismos (manias). Alguns parecem desprendido do dinheiro, condenam o materialismo, mas no fundo o amam silenciosamente. Coloque uma fortuna em suas mãos que o monstro da cobiça, que hiberna como janela killer, no seu inconsciente se despertará.
Alguns são mestres dos disfarces. Dizem que está tudo bem, não assumem suas reais dificuldades. Não pedem ajuda e nem treinam o seu Eu para correr riscos. Têm medo de serem criticados, vaiados, vencidos. Reafirmo que todos nós bebemos elevadas doses de conformismos em algumas áreas de nossa personalidade. Alguns são ótimos para resolver problemas dos outros, mas são péssimos para resolver os seus.
Outros são intrépidos para estimular seus amigos a sair do lugar. Mas não têm coragem de vencer sua paralisia. Preferem a falsa proteção do casulo em que se escondem, a ousar viver em um mundo livre com suas nuanças e perigos.

(Trecho extraído do livro “O Código da inteligência” de Augusto Cury – Ediouro – Rio Janeiro 2008)

Fonte:
http://www.raizesjornalismocultural.com/portalraizes/index.php/secoes/pisicologia-e-comportamento/660-a-primeira-armadilha-da-mente-humana-o-conformismo

sábado, 9 de janeiro de 2016

Vamos em frente que atrás vem gente!

Somos feitos, em grande parte, do que outros deixam em nós: do que permitimos que coloquem em nosso interior e do decidimos nos libertar.
Nos ensinam a nos defendermos, também a amarmos, mas às vezes se esquecem de incutir o sábio prazer de ignorar. É por isso que às vezes os movemos em parâmetros perigosos e absolutistas: bom ou mau, desastroso ou maravilhoso … cruel ou bondoso.
Esta forma de analisar a realidade não é totalmente fácil, porque saber o que acontece em nossas vidas é o primeiro passo a fluir e para que o mundo não se torne uma luta constante e esmagadora. Os demais não estão constantemente pensando sobre quem somos e como nos sentimos. Todos estão ocupados em suas próprias lutas, que às vezes não é a nossa.
É por isso que devemos dar-nos uma chance de vivermos mais leves e apaixonados. Não internalize as ofensas dos outros: sorria e siga adiante. Dê uma pausa a si mesmo e uma lição aos demais.

Não internalizar é saber viver
Não internalizar tudo o que acontece conosco é olhar como espectador o que podemos não ser capazes de tolerar como único protagonista. O mundo está envolvido em batalhas e temos que ser inteligentes na escolha do que é nosso e o que é dos outros … apenas manter o seu espírito limpo pode ajudar com o resto.
“Seja amável. Cada pessoa que você encontra está lutando sua própria batalha.”- Atribuída à Platão
Se fôssemos levar a sério cada ofensa que nos fazem, estaríamos mais quebrados do que inteiros. Supor que existem pessoas que nunca sentirão empatia por nossa situação e nossa luta abre um caminho esperançoso: escolher nossos aliados espirituais mais rapidamente, sem ressentimento e desfrutando mais de sua companhia.
Não internalizar as ofensas não significa ser cego à elas. O que nos machuca é automático, não damos permissão para a dor emocional nos ferir … da mesma forma que não podemos evitar tirar nossas mãos de algo quente que nos provoca dor física.
Mas, se somos capazes de tirar a mão quando sabemos que existe risco de nos queimarmos … Por que às vezes entregamos nossas mentes e almas para as chamas do ressentimento e da ofensa? Por que não assumirmos que nos sentirmos ofendido e magoados é normal e que guardar esses sentimentos é perigoso?

Não internalizar é deixar de ser suscetível para ser inteligente
Não internalizar as ofensas não faz de você um ser insensível, frio, ou cruel. É simplesmente não dar alegria e prazer para aqueles que realmente querem nos ferir.
Não internalizar ofensas é fornecer ao nosso cérebro maior avidez e prevenção de futuras situações desagradáveis ​​… e dar à nossa alma força e determinação para enfrentá-las.
“Escolha bem as suas batalhas, às vezes estar em paz é mais importante do que estar certo.”
Às vezes, nós vemos isso como impossível. Dramatizamos partes de nossas vidas, porque muitas pessoas ao nosso redor também agem assim. Parece que as grandes histórias estão cheias de remorso e que as pessoas que pensávamos sucedidas, estão sempre em tensão e atacando outras. Que não nos enfrentarmos é um sinal de fraqueza, quando na verdade é um sinal de inteligência e maturidade emocional.

Distingui quem quer te ajudar de quem só quer prejudicá-lo
As armadilhas mentais que às vezes infligimos a nós mesmos são muito mais cruéis e dolorosas do que todos os crimes, assaltos e humilhações que os outros nos fazem.
Deixa de apreciar o que uma vez causou te desprezou. Tire conclusões gerais, analise o motivo de suas falhas e das falhas dos outros.
Às vezes, essa análise mostra os ambientes que você deve evitar… e, por vezes, o que deve melhorar em si mesmo de modo para não ser o negativo que habita em si mesmo. Não se pode dar nada de novo e bom, se tudo que você tem no interior é velho e amargo.

Fonte:
http://thesecret.tv.br/2015/12/nao-internalize-as-ofensas-dos-outros-sorria-e-siga-em-frente/

sábado, 2 de janeiro de 2016

Melhor pra fora do que pra dentro!

Quantas coisas reprimimos diariamente? Guardamos sentimentos como quem esconde um tesouro roubado, no entanto, não roubamos sentimentos, portanto, não faz sentido escondê-los de uma forma tão dura assim. Não é mesmo?
“Você pode se enganar e enganar muitas pessoas fazendo o papel de bonzinho, de coitadinho ou contar mentiras para não ferir essa ou aquela pessoa. Você pode esconder tudo de todo mundo, mas o seu corpo sente e reage as agressões que você tem cometido contra ele.
Se você continua naquele relacionamento que não suporta mais, naquela rotina que tira a sua alegria, naquela sociedade que já se desgastou, naquele emprego que rouba o seu prazer, ou naquela amizade mais falsa que nota de R$ 60,00, o seu corpo vai sentir essas emoções e como uma bateria, vai carregar e armazenar esses sentimentos, até que um dia vai explodir como bomba atômica.
Desde crianças, somos obrigados a segurar as emoções. Muitos pais ensinam que chorar é “sinal de fraqueza”, “masturbação é pecado”, “sexo é vergonhoso e ter prazer é coisa de pessoas sem vergonha”. Desde muito pequeno, vamos sendo castrados em nossos sentimentos e emoções e quando podemos tomar nossas próprias decisões, em nome de “convenções da sociedade”, seguramos nossa raiva, nossa indignação, não abraçamos nossos amigos, não beijamos mais por uma vergonha besta e ridícula.
Assim, vamos armazenando sentimentos que precisam sair de alguma forma, e normalmente, todas as emoções se traduzem em raiva e/ou tristeza, uma sombra que se esconde por trás de sua aparente figura. Quanto mais tempo você sofrer calado, mais doente vai ficar…”  – Paulo Roberto Gaefke
É, de fato, no final das contas, o maior prejudicado é você.

1. O meio-termo entre a necessidade da fala e o silêncio
Sabemos que o silêncio é sábio, e é sempre bom pensar antes de falar, afinal, ante algumas palavras ignorantes, ante um comentário fora do lugar ou ante uma expressão inadequada, optemos sempre por fechar a boca e agir com mais inteligência do que aquele que fala sem pensar.
Mas devemos encontrar um equilíbrio entre o silêncio e defesa de nossas necessidades:
Silenciar nossos sentimentos ou nossos pensamentos deixa que, a pessoa que está na nossa frente, não saiba que está nos machucando, ou que está ultrapassando alguns limites. Ninguém consegue adivinhar o pensamento dos outros, por isso se não dizermos aquilo que nos faz mal ou que nos ofende, as outras pessoas não o saberão.
Existem silêncios sábios e palavras sábias. Saber quando se calar e quando falar é, possivelmente, a melhor habilidade que podemos aprender a desenvolver. Não se trata, de modo algum, de estar sempre calado ou de dizer aquilo que temos em mente. Os extremos nunca são bons. Mantenha o equilíbrio, mas lembre-se sempre que esconder os sentimentos pode nos machucar. Você permite que outros invadam seu espaço pessoal, que atravessem os limites e que falem por você ou que escolham por você. No final, você será quase uma marionete guiada por fios alheios.

2. As palavras silenciadas convertem-se em doenças psicossomáticas
Você não ficará surpreso em saber que a mente e o corpo estão intimamente relacionados e conectados. A conexão é tão grande que os especialistas advertem que quase 40% da população sofre ou sofreu em sua vida com alguma doença psicossomática.
O nervosismo, por exemplo, altera nossas digestões, causa diarreias ou a clássica dor de cabeça. Muitos herpes labiais são desencadeados por processos de estresse elevados, de nervosismo e febre. Logo, ficar calado todos os dias e internalizar o que sentimos e o que pensamos gera em nosso organismo uma alta carga de ansiedade.
Pense em todas aquelas palavras que não deseja dizer aos seus pais ou aos seus amigos para não ferir seus sentimentos. Eles fazem as coisas por você pensando que estão ajudando, quando na verdade não estão contribuindo. Por que você não conta a verdade?
Tudo isso, no final, irá originar doenças psicossomáticas, enxaquecas, pressão alta, cansaço crônico.

3. Dizer em voz alta suas palavras: a chave do desabafo emocional
Não tenha medo de escutar sua própria voz, e muito menos que os outros também o façam. É algo tão necessário como respirar, como comer, dormir. A comunicação emocional é ideal para o nosso dia a dia, para estabelecer relações mais saudáveis com os demais e, logicamente, com nós mesmos.
Aqui vão algumas dicas básicas para obter sucesso:
– Pense que tudo tem um limite. Se não dizermos em voz alta tudo aquilo que pensamos e sentimos, não estaremos atuando com dignidade, perderemos nossa autoestima e o controle de nossa vida. Primeiramente, tome consciência de que dizer o que está pensando e precisando é um direito.
– Dizer o que você pensa não é causar danos a ninguém. Significa se defender e, por sua vez, informar aos demais de uma realidade que deveriam conhecer.
– Não fique preocupado com a reação das outras pessoas, não tenha medo. Porém, se você se preocupa muito com o que pode acontecer, pode se preparar ante as possíveis reações. Um exemplo: está cansado do fato de que seus pais apareçam em sua casa todos os finais de semana e que não está tendo relações com seu companheiro. De que maneira você acredita que irão reagir? Se você acredita que eles irão ficar chateados, prepare-se para justificar que não existe razão para magoas. Caso você pense que eles ficarão machucados, prepare também o modo como irá argumentar, para não feri-los.
Pense nas palavras, dizer em voz alta aquilo que sentimos e pensamos é, na verdade, o melhor modo de liberação emocional que existe. Pratique-o com sabedoria, cuide de si mesmo.

Fonte:
http://www.psicologiasdobrasil.com.br/silenciar-sentimentos-pode-colocar-sua-saude-em-risco-conheca-os-perigos/#ixzz3vWhZWwAe