sábado, 30 de agosto de 2014

Previdência privada é a melhor pedida?

Os planos de previdência privada aberta oferecidos por grandes bancos e seguradoras possuem vantagens e desvantagens. As vantagens são alardeadas por aqueles que lucram com o sistema. Já as desvantagens não são divulgadas com o mesmo entusiasmo e clareza. Os pontos negativos a população descobre na prática quando já é tarde demais.
Recentemente uma juíza de Itajaí (SC), julgou procedente ação proposta por uma consumidora contra um grande banco público, para declarar inválido, nulo e rescindido um contrato firmado para a aquisição de plano de previdência privada.
O banco levou a cliente de 64 anos a acreditar em diversas vantagens que teria investindo seus únicos R$ 250 mil em um plano de previdência privada. A cliente acreditando na boa-fé do banco aceitou a proposta. Só depois de assinar o contrato ficou sabendo que só poderia sacar o dinheiro sem prejuízos se fizesse isto com 99 anos de idade. (fonte)
Sim. As pessoas assinam contratos sem ler porque muitos ainda acreditam na boa-fé dos outros. E muitas instituições sabendo disto facilitam o acesso e o entendimento de informações vantajosas através de panfletos, cartazes, cartilhas e anúncios, e deixam as desvantagens no contrato repleto de termos jurídicos incompreensíveis para a maioria da população.
Existem algumas instituições que se aproveitam da falta de educação financeira das pessoas para venderem produtos complexos como os planos de previdência privada que nem sempre serão vantajosos para o perfil do cliente. Algumas deixam de lado os princípios da probidade e da boa-fé contratuais fazendo simulações utópicas e extremamente otimistas de rendas futuras, apresentam informações incompletas, obscuras e difíceis de entender.

Veja 8 motivos para não fazer uma previdência privada aberta:
1) Previdência privada é poupança forçada que engessa seu patrimônio tirando sua liberdade de gerir seu próprio dinheiro ao longo do tempo.
2) Previdência privada tem baixíssima rentabilidade graças a cobrança de elevadas taxas de carregamento e taxas administrativas absurdamente altas. Existem planos com taxa administrativa de 3% ao ano e taxa de carregamento de 10% para pequenas aplicações mensais. As perdas são enormes para quem faz pequenos aportes mensais por décadas. Somente grandes fortunas pagam taxas menores. Só que donos de grandes fortunas não precisam de previdência privada. 
3) Recentemente avaliei os resultados de 78 planos de previdência diferentes da seguradora de um dos maiores bancos privados do país. Somente 3 planos ganharam da Caderneta de Poupança nos últimos 12 meses. 31 deles tiveram rentabilidade negativa. As pessoas literalmente pagaram para perder dinheiro. Se tivessem guardado embaixo do colchão teria sido mais vantajoso. Nenhum plano superou o CDB e títulos públicos mesmo com taxa Selic baixa nos últimos 12 meses. Os resultados nos últimos 36 meses também foram péssimos. Com o atual cenário econômico o que garante boa rentabilidade nos próximos anos? Baixe a tabela de rentabilidade dos planos de previdência aberta das maiores instituições e compare com a renda fixa. Quem aprende a gerenciar o próprio dinheiro tem a liberdade de escolher os melhores investimentos mesmo em tempos de crise.
4) Previdência não está livre de riscos. Se para aplicações em CDB, poupança, operações compromissadas (após 08/03/2012), letras de câmbio (LC), Letras de crédito imobiliário (LCI), letras de crédito do agronegócio (LCA) você tem a proteção do Fundo Garantidor (R$ 250.000,00 por CPF, por instituição), na previdência privada não existe este tipo de garantia. Se a seguradora quebra você perde seu dinheiro ou precisa esperar decisões da justiça. As entidades que fiscalizam bancos e seguradoras são muito úteis e eficientes mas isto não impede falências. Ninguém melhor que o criador do plano de previdência PGBL para falar dos riscos (Leia entrevista). Veja opinião de entidades de defesa do consumidor (leia aqui). 
"O risco de perder os recursos que foram aplicados é significativo, uma vez que a liquidação extrajudicial só será decretada em duas hipóteses: 1) Quando reconhecida a inviabilidade de recuperação da entidade de previdência complementar; 2ª hipótese: Na ausência de condição para seu funcionamento." Prof.  Samy Dana, FGV (Exame)
5) Previdência e liquidez. Existem planos com carência e penalidades para quem precisa sacar parte ou a totalidade do que foi investido. Existem casos onde o imposto de renda cobrado é de 35%. Muita gente possui a previdência privada como única forma de poupança. Você só vai sentir no bolso o que significa não ter liquidez quando ocorrer algum problema urgente na sua família como uma doença ou acidente. Antecipar o saque do seu próprio dinheiro pode significar um enorme prejuízo se ele estiver em um plano de previdência.
6) Algumas instituições, quando vendem planos de previdência fazem projeções maravilhosas e extremamente otimistas. Muitas vezes desconsideram o impacto da inflação e projetam taxas de juros utópicas para impressionar o cliente desprovido de informação e conhecimento. A falta de transparência de algumas empresas é proposital com objetivo de aumentar as vendas mesmo que isto gere expectativas distorcidas no consumidor. A matemática financeira que você precisa compreender para questionar as simulações das empresas não é fácil de entender para a maioria da população. E isto cria uma situação de desvantagem entre quem vende o plano e quem compra.
7) O benefício fiscal, para quem possui previdência PGBL, serve apenas para quem faz declaração completa do imposto de renda durante  toda vida. Se hoje é vantajoso fazer a declaração completa amanhã pode não ser. Existem pessoas que fazem o PGBL sem entender claramente o que estão fazendo. Já vi gente que confunde benefício fiscal com isenção fiscal. As pessoas não percebem que no decorrer de décadas nem sempre será vantajoso fazer a declaração completa. Se hoje PGBL é uma boa opção pode ser que amanhã a VGBL seja melhor. E não existe portabilidade que permita migrar um PGBL para VGBL ou vice-versa. Quando você faz uma previdência PGBL está apenas fazendo um adiamento do pagamento do IR e não se isentando dele como muita gente acredita. Quem fizer um PGBL e usar a declaração simples (muita gente faz isso sem perceber) vai pagar o imposto duas vezes. Isso porque a alíquota de IR que você pagará no futuro incide sobre todo o montante acumulado no PGBL e não só nos rendimentos como ocorre VGBL ou em qualquer investimento de renda fixa tributado.  
8) O plano de previdência com determinadas características pode oferecer boa rentabilidade hoje e uma rentabilidade péssima no futuro e estes ciclos podem se alternar várias vezes porque a cenário econômico está sempre mudando. Muita gente faz o plano olhando apenas a rentabilidade passada. A rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura. Sim. Existe a portabilidade. Mas será que as pessoas realmente fazem portabilidade? Muitas nem sabem que existe esta opção. Tendo controle sobre seu dinheiro você pode movimenta-lo para o melhor investimento dependendo do cenário. Pode diversificar seus investimentos para diluir riscos. Quando as tendências mudam você também muda e realoca seus ativos para a configuração mais vantajosa. Muitos fazem previdência privada e esquecem o dinheiro lá e isto é um erro grave.

Bônus: Quem escolhe receber o benefício através de "renda vitalícia" nem sempre sabe que no caso de morte o dinheiro fica para a seguradora. Ele passa a fazer parte da reserva técnica da seguradora. A sua família perde o dinheiro que você demorou tanto tempo para acumular. O ideal é sacar o saldo ou optar pela "Renda por período determinado".

Conclusão: 
As pessoas deveriam aprender a cuidar do próprio dinheiro. Existem muitas fontes de informação. Você pode aprender através de cursos, livros, vídeos e sites na internet. O investimento para adquirir conhecimento é insignificante perto dos benefícios. Você é livre para planejar sua própria aposentadoria sem precisar transferir esta responsabilidade para terceiros. Em alguns casos eles cobram muito caro por isto e oferecem muito pouco em troca.


Se você é uma pessoa determinada, disciplina e paciente pode construir e gerenciar usa própria riqueza. Se não possui estas qualidades pessoais pode desenvolvê-las investindo em você mesmo. Gerencie seu dinheiro de forma consciente sem se deixar influenciar pela força de venda das instituições.


Estude sobre as vantagens e as desvantagens dos investimentos e tente tirar suas próprias conclusões. Cuidado com a opinião de profissionais que só falam das vantagens daquilo que estão vendendo. Bons profissionais são aqueles que reconhecem e mostram as desvantagens e os riscos. São estes que estão comprometidos com o sucesso das pessoas mesmo que isto signifique perder uma venda. É por isto que pouca gente sabe como investir em títulos públicos no Tesouro Direto. Apesar de ser uma das melhores opções para planejar a aposentadoria, não é a opção que gera os maiores lucros para bancos e seguradoras. Aprenda como investir em NTN-B.

Invista na sua educação financeira, busque liberdade e independência sobre seu dinheiro. Leia outras dicas sobre aposentadoria e previdência privada. Veja uma sugestão de Livro sobre Previdência Privada de autor independente.

Leia a opinião de outros autores independentes como é o caso do Prof. Samy Dana da FGV que possui Ph.D em Business, doutorado em administração, mestrado e bacharelado em economia nos artigos: "Custo 'come' benefícios da previdência complementar" (ler artigo) e também "Previdência privada pode representar desvantagem" (ler artigo), os dois publicados na Folha de São Paulo.

Fonte:
http://www.administradores.com.br/artigos/economia-e-financas/8-motivos-para-nao-fazer-previdencia-privada/73643/

sábado, 23 de agosto de 2014

Multiplicando o seu dinheiro


Apesar de ser muito prática, a poupança deixa a desejar em termos de rendimento. Com um retorno de cerca de 6,80% ao ano, diversos outros investimentos trazem ganhos maiores neste momento - não só os mais sofisticados, como aplicações relativamente simples e acessíveis ao público em geral.
A remuneração das aplicações de renda fixa, que são aquelas mais conservadoras, tende a acompanhar a taxa Selic. Com os juros atualmente aos 10,75% ao ano, portanto, diversas aplicações do mercado estão rendendo mais que os 6,80% da poupança.
De acordo com a nova regra de remuneração da caderneta, aportes feitos a partir de 4 de maio de 2012 rendem 70% da taxa Selic, mais a Taxa Referencial (TR - taxa que tem ficado próxima a 0,03%) quando a Selic é menor do que 8,5%. Quando a Selic é maior ou igual a 8,5%, a poupança passa a render 0,5% mais a TR, mesma remuneração da poupança antiga.
Ou seja, mesmo com a taxa Selic subindo, a poupança limita-se ao rendimento de 0,5% ao mês mais a TR, enquanto outros investimentos vão oferecendo remunerações maiores, conforme é elevada a taxa.
Se você tiver recursos na poupança antiga, resgatá-los envolve o risco de abrir mão do rendimento de 0,5% ao mês mais a TR, que pode ser vantajoso em um cenário em que a taxa Selic fique abaixo de 8,5%. Mas, caso você invista na poupança regida pela nova regra, pode valer a pena resgatar uma parte do investimento para buscar retornos maiores.
Ainda que a poupança seja definitivamente o investimento mais simples e prático do mercado, existem aplicações que, com um pouco de paciência, não são tão complicadas de entender e podem trazer boas recompensas. Confira a seguir três sugestões e suas rentabilidades com base na Selic atual:
Letras Financeiras do Tesouro (LFT), títulos do Tesouro Nacional
Investimento mínimo: Cerca de 600 reais
Rendimento em um ano: 8,34% (ao investir por meio de corretora sem taxa de administração)
Rendimento em dois anos: 18,09% (ao investir por meio de corretora sem taxa de administração)
Como investir: Abrindo conta em um banco ou corretora que dê acesso ao sistema Tesouro Direto. Dê preferência a corretoras que não cobram taxa de administração.
Ao comprar um título do Tesouro Nacional, o investidor empresta seu dinheiro ao governo, que o remunera por isso. Como as formas de remuneração variam, existem diferentes tipos de título.
As Letras Financeiras do Tesouro (LFTs) são os títulos públicos indicados aqui porque são os únicos que não geram grandes prejuízos caso sejam vendidos antes do vencimento, data na qual o investidor recebe o dinheiro investido (principal) acrescido da rentabilidade prometida (juros).
Sua forma de remuneração é simples: a LFT paga ao investidor a variação da taxa Selic diária entre a data da compra e o vencimento do título. Como a apuração do rendimento vai sendo ajustada às variações Selic, o investidor não é penalizado ao vender o título alguns anos antes do vencimento.
A LFT poderá sofrer apenas um pequeno deságio se o investidor vender o título em um momento de baixa demanda, que seria uma pequena taxa deduzida da variação da Selic paga para compensar o Tesouro pela venda antes do prazo em um momento de baixo interesse pelo papel.
Em função disso, a LFT é considerada o título público mais conservador e mais adequado para substituir a poupança para investimentos de curto prazo. Os demais títulos são mais indicados para o longo prazo, pois podem levar a perdas se vendidos antes do vencimento. Entenda por que isso acontece.
A quantidade mínima de compra de qualquer papel do Tesouro é de 0,1 do título (10%). Atualmente, a única LFT disponível para compra, com vencimento em 07/03/17, custa 5.990 reais. Portanto, o investimento mínimo é de 599 reais. 
Para comprar o título, é preciso abrir uma conta em um banco ou corretora que possibilitem o acesso ao Tesouro Direto, plataforma de negociação de títulos públicos federais. São os chamados agentes de custódia. Alguns deles permitem que o processo de cadastro e compra do título seja feito inteiramente pela internet.
Ao escolher a instituição, é preciso tomar cuidado com as taxas de administração, que podem ou não ser cobradas. Para que o investimento seja de fato mais rentável que a poupança, o ideal é abrir conta em uma corretora que isenta a taxa (veja a lista das taxas cobradas).
Isso porque além da eventual cobrança da corretora, ainda existe uma taxa obrigatória de 0,3% ao ano, paga à Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC), e a incidência de imposto de renda sobre os rendimentos, segundo a tabela regressiva.
Assim, para aplicações de menos de seis meses, a alíquota é a mais alta, de 22,5%; para aplicações entre seis meses e um ano, a alíquota é de 20,0%; para investimentos entre um e dois anos, a cobrança é de 17,5%; e acima de dois anos, o IR cai para a alíquota mínima de 15%.
Certificados de Depósito Bancário (CDB)
Investimento mínimo: 1 real 
Rendimento em um ano: 8,60% (CDB que pague 100% do CDI)
Rendimento em dois anos: 18,69% (CDB que pague 100% do CDI)
Como investir: Abrindo uma conta num banco que os ofereça ou numa corretora independente que ofereça CDBs de diversos bancos.
Ao aplicar em CDBs o investidor empresta seu dinheiro para uma instituição financeira e recebe uma remuneração por isso. Em outras palavras, o banco pega o seu dinheiro em uma ponta para emprestá-lo na outra, pagando uma taxa menor para captar do que aquela cobrada para emprestar, o que gera lucros para a instituição.
Existem três remunerações possíveis nesta operação: pré-fixada, pós-fixada e pré e pós-fixada ao mesmo tempo. Na remuneração pré-fixada, a taxa de juro paga é determinada no momento da aplicação; se o título for pós-fixado, o rendimento é um percentual da Selic (menos comum) ou do CDI (Certificado de Depósito Interbancário) - taxa que baliza as operações interbancárias e fica muito próxima à Selic.
Na remuneração pré e pós-fixada, ou indexada à inflação, o banco paga ao investidor a variação da inflação - medida por índices como IPCA, IGP-M ou INPC -, mais uma taxa de juro previamente definida. Esse tipo de remuneração é menos usual.
Os CDBs são investimentos bastante oferecidos por grandes bancos aos seus clientes, por isso é muito simples comprar um título desses. No entanto, normalmente a remuneração que os bancos grandes oferecem não é tão vantajosa e pode ser muito semelhante à da poupança.
Os CDBs mais rentáveis são aqueles oferecidos pelos bancos médios, que por não terem uma grande rede de clientes e por apresentarem mais risco oferecem taxas altas para atrair mais investidores. 
O CDB mais comum, que é o pós-fixado atrelado ao CDI, precisa pagar ao menos 83% do CDI para superar a poupança em qualquer prazo, considerando-se a Selic em 10,75% ao ano.
Embora não haja a cobrança de taxas, a remuneração dos CDBs também sofre incidência de imposto de renda, segundo a tabela regressiva. Para que supere também a rentabilidade da LFT em qualquer prazo, o CDB deve pagar 98% do CDI.
Enquanto a remuneração próxima aos 80% é obtida em bancos grandes facilmente, a remuneração de 98% para quem não investe grandes quantias é oferecida apenas por bancos médios, que chegam a pagar até 110% do CDI, mesmo com aportes pequenos.
Alguns bancos médios que oferecem remunerações nesse patamar são o Banco Sofisa, que paga a partir de 100% do CDI para investimentos a partir de 1 real; o Banco Paulista, que oferece CDBs com remunerações a partir de 101% do CDI, com aporte mínimo de 10 mil reais; e o Banco Ficsa, que paga a partir de 104% do CDI para aportes iniciais de 200 reais.
É preciso, contudo, ficar atento para a liquidez. Os CDBs que substituem a poupança com mais perfeição são aqueles que são rentáveis mesmo com liquidez diária. Para conseguir maiores rentabilidades, muitas vezes há carência, e não é possível sacar o dinheiro a qualquer momento.
Apesar das altas remunerações, bancos médios apresentam mais risco de quebrar. Mas quem investe em CDB possui uma garantia, que é oferecida pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), entidade mantida pelos próprios bancos para socorrê-los caso haja necessidade.
Caso o banco quebre, o FGC reembolsa ao investidor o que ele havia investido, até o limite de 250 mil reais por CPF, por instituição financeira. Mas mesmo investindo menos de 250 mil reais, o processo de reembolso pode demorar. Por isso, é sempre indicado não investir todos os recursos apenas em CDBs. 
Essa garantia do FGC também vale para depósitos em conta poupança, conta corrente e CDBs de bancos grandes. Então pode-se dizer que, para investimento de até 250 mil, CDBs de bancos médios são tão seguros quanto a poupança ou CDBs de bancos grandes.
Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e Letra de Crédito do Agronegócio (LCA)
Investimento mínimo: 1 real 
Rendimento em um ano: 9,63% (LCI que pague 90% do CDI)
Rendimento em dois anos: 20,19% (LCI que pague 90% do CDI)
Como investir: Abrindo uma conta num banco que as ofereça ou numa corretora independente que ofereça LCIs e LCAs de diversos bancos.
A Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) são títulos emitidos pelos bancos para obtenção de recursos destinados a financiamentos do setor imobiliário e agrícola, respectivamente. 
Ambos os títulos são bem parecidos com os CDBs, mas têm a vantagem de serem isentos de imposto de renda, o que faz uma grande diferença no rendimento final. O governo concede a isenção para incentivar a concessão de crédito a esses setores.
Com a isenção do imposto de renda, uma LCI ou uma LCA que pague 80% do CDI já é mais rentável que um CDB que rende 93% do CDI, em qualquer prazo, mesmo depois de dois anos, quando é aplicado o menor desconto do imposto de renda sobre o CDB, de 15%.
A principal desvantagem da LCI e da LCA é que elas são menos acessíveis que os CDBs. Em alguns bancos, para investir em uma LCA o cliente pode precisar fazer um aporte de milhões de reais. Além disso, a liquidez pode ser baixa, ou seja, o investidor pode não conseguir resgatar o dinheiro a qualquer momento, o que representa um entrave, comparado à caderneta de poupança.
Mas, cada vez mais bancos estão reduzindo os aportes mínimos para essas aplicações, sobretudo para a LCI.
O Banco Sofisa, por exemplo, já oferece LCIs com aporte inicial de 1 real e rendimento de 91% do CDI, o que representa um retorno de 9,41% em um ano, ganho superior ao da poupança, das LFTs e dos CDBs.
Mesmo com o maior rendimento, a LCI do Sofisa pode ser mais arriscada porque os recursos investidos só podem ser resgatados depois de seis meses. Em uma eventual emergência, o investidor ficaria na mão.
O Banco Intermedium também possui LCIs com taxas vantajosas, que partem de 94% do CDI e exigem aporte mínimo de 10 mil reais.
Dentre os bancos grandes, apenas o Banco do Brasil permite o investimento em LCI com quantias menores: seu aporte mínimo é de mil reais. Os outros exigem investimentos de 30 mil reais e geralmente pagam 80% do CDI, um rendimento de 8,32% ao ano, que já perde para a LFT.
Apesar de também ser um investimento relativamente simples de compreender, a LCA é ainda mais inacessível para o pequeno investidor. No Banco do Brasil o aporte mínimo é de 30 mil reais, no Santander é de 250 mil reais e na Caixa é de 5 milhões de reais. 
Os bancos ABC, Bonsucesso, Intermedium, Pine e Rabobank também oferecem LCAs, mas com aportes iniciais a partir de 50 mil reais (LCA do Intermedium). E os rendimentos podem variar de acordo com o volume do investimento. 
As ressalvas feitas em relação aos CDBs de bancos médios também valem para as LCIs e LCAs de instituições de menor porte. Para não correr altos riscos, é recomendável investir menos de 250 mil reais por CPF, por instituição financeira, limite de cobertura do FGC, que também abarca essas duas aplicações.

Fonte:
http://exame.abril.com.br/seu-dinheiro/noticias/3-investimentos-faceis-que-rendem-mais-que-a-poupanca

sábado, 16 de agosto de 2014

Estudando o orçamento

Esticando o orçamento
Orçamento - Estabeleça o seu orçamento com todos os gastos do mês. Passe a cortar coisas que consomem muito o seu dinheiro e despesas que de fato não trazem retornos. Estabeleça metas para seu orçamento e tenha objetivos concretos.
Compras - Ao ir ao supermercado, cumpra a lista sem exagerar nos supérfluos. Evite levar crianças durante as compras. Nas ruas, não compre por impulso. Você não precisa levar para a casa tudo o que vê. Compare preços sempre. Não abra mão de pagar menos pela mesma coisa.
Casa - Eletricidade, água, telefone: tudo o que você quiser economizar, melhor. Tudo isso no final das contas é dinheiro – dinheiro este que hoje você pode estar jogando fora. Sobrará para você no fim do mês. Prefira lâmpadas econômicas. Não desperdice água como se não houvesse amanhã.
Dívidas - Pague as dívidas nem que minimamente. É impossível juntar dinheiro se o seu orçamento já estiver condenado. Você verá o alívio que é deixar de ter que pagar dívidas e verá o dinheiro se multiplicar no fim do mês. Financiamentos são para emergências ou para pessoas que não têm opções.
Poupe já! - As pessoas pensam que “quando tiverem dinheiro, poderão começar a economizar”, quando é justamente o contrário, é economizar para ter. Reserve imediatamente uma porcentagem do seu salário e deposite ou invista. Se preferir não pense que você tem essa quantia e está disponível.

Livrando-se das dívidas
Faça um auto estudo e entenda porque você caiu nas dívidas, porque se não fizer isso, você pode traçar um planejamento para quita-las e pode voltar nas mesmas dívidas. Então procure entender se é um abuso de consumo e se você está vivendo fora de suas possibilidades ou se ocorreu algum fato pontual, como um acidente de carro, problema de saúde. Se for isso, então é mais simples de resolver. Se você já vem anos e anos, rodando e não sai das dívidas, você precisa tentar entender qual é o problema de seus hábitos e a partir daí começar a construir a sua saída.
O mais importante é que a pessoa tenha em mente que ela precisa viver em paz com o seu dinheiro e muitas vezes nos tornamos escravos dele, principalmente quando não sabemos administrar bem nossas finanças. Se a pessoa se encontra endividada, o primeiro passo é saber o tamanho de tudo isso.
Anote seus gastos - Sua primeira missão para saldar as dívidas é descobrir quanto você realmente gasta. Compre um caderninho e leve-o com você para anotar tudo o que consome durante um mês, inclusive aqueles gastos pequenos, que passam muitas vezes despercebidos e podem causar um rombo no orçamento. É aquele cafezinho sagrado ou o CD semanal de seu jogo preferido que não pode faltar. Anote tudo.
Faça um orçamento - De posse de seu relatório de gastos, elabore um orçamento. Nele devem constar as despesas fixas, as variáveis e as dívidas.
Despesas fixas são aquelas responsáveis por manter sua estrutura de vida. O aluguel, ou o pagamento da prestação, a luz, a água, a prestação do carro, o mercado etc.
Despesas variáveis são aquelas que só ocorrem uma vez ou outra, um conserto inesperado, um presente de casamento.
Finalmente, as dívidas; anote todas as pendências ordenando-as por prioridade. Inclua aí atrasos com prestação, financiamento, pendências com parentes ou qualquer outra de que se lembrar, por menor que pareça: contas aparentemente insignificantes podem se tornar uma dor de cabeça no futuro, por conta dos juros acumulados.
Renda mensal: no espaço da planilha reservado à renda mensal coloque seus rendimentos fixos e extras (hora extra, um trabalho freelancer etc.)
Negocie suas dívidas - Observe quais são as dívidas de maiores juros e comece por elas. Vá até seu credor e tente negociar prazos realistas e valores de prestação que caibam em seu orçamento. Grande parte das empresas são flexíveis nesse aspecto. Não se esqueça também de conversar com aquele parente ou amigo para quem você deve, mostrando que pretende saldar a dívida o mais brevemente possível, é uma forma de demonstrar consideração com aquele que o salvou na hora do aperto.
Faça ajustes inteligentes - Se sua família tem o hábito de pedir pizza toda semana, reduza para duas vezes ao mês e sirva pipoca ou uma torta caseira deliciosa, que você pode fazer com a ajuda das crianças. Isso gera uma boa economia.
Se costuma mandar o carro para lavar, por que não fazer isso em casa? Mas use balde, e não mangueira, que desperdiça mais água. Faça dessa obrigação uma diversão, procurando chamar seus filhos para ajudar. Você economiza e compartilha um tempo especial com os pequenos.
Ao comprar roupas, avalie a real necessidade de adquirir aquela peça e se já não possui algum item similar em seu armário. Fazer uma avaliação de suas necessidades com calma ajuda a evitar compras por impulso.
Reduza o desperdício
Observe em sua casa se há pontos de vazamento de água ou se luzes ficam acesas sem ninguém utilizar o cômodo. Avalie também seu plano de telefonia, há no mercado opções vantajosas para quem faz muitas ligações – confira as possibilidades. Se for possível, prefira o celular pré-pago para que haja um maior controle dos gastos, e estenda essa possibilidade a toda a família, eles devem participar da nova organização financeira.
Aumente sua renda - Observe quais são os talentos que você possui, pode ser aquela habilidade culinária que todos elogiam ou um talento especial para jardinagem. Quem sabe saia daí uma renda extra para saldar alguma dívida.
Tenha sonhos e metas - Coloque no papel seus sonhos e metas, ou os de sua família, e anexe-os junto com o orçamento familiar. Reveja-os de tempos em tempos: comprar a casa própria, fazer aquela viagem especial ou uma poupança para os filhos, ou até guardar um dinheirinho para um momento de necessidade, podem ser bons motivadores para você não desistir de seu objetivo de pagar as contas, o que exige, sim, disciplina, mas que ao final do processo lhe permitirá eliminar um peso das costas e garantirá um sono tranquilo.



Fonte:
http://www.dividasefinancas.com.br/2013/10/5-dicas-para-seu-salario-render-mais.html
http://www.dividasefinancas.com.br/2013/09/5-dicas-para-se-livrar-das-dividas.html
http://www.dividasefinancas.com.br/2013/09/dicas-para-quitar-dividas-e-sair-do-vermelho.html

sábado, 9 de agosto de 2014

Educação financeira: a economia começa em casa

No Brasil, infelizmente não temos a educação financeira como uma prioridade desde a infância – não é uma matéria escolar e na maioria das escolas não existem projetos deste tipo. Com um mundo tão diversificado, a economia pessoal ou familiar é algo fundamental para se estabelecer objetivos, suprir necessidades, projetar uma vida mais segura e com maior bem-estar.
É o orçamento financeiro que torna o sonho possível. Do contrário, a menos que você não dependa de uma renda fixa básica, será muito difícil estabelecer metas sem considerar as ações necessárias e a realidade econômica em que vive.
A vida dos brasileiros como um todo mudou muito a partir da década de 1990 – com a da criação e implantação do Plano Real, as classes mais populares tiveram acesso a uma verdadeira gama de serviços, então restritos a uma pequena parcela da população. Cartões de crédito, crédito consignado, financiamentos de todos os tipos: uma diversidade ainda maior de produtos facilitados de todas as formas. Mas tudo tem um preço: por não ter uma formação econômica de base, o brasileiro está cada vez mais endividado e nem sempre sabe lidar com os juros altíssimos e parcelamento de cartões.
O orçamento saudável
O orçamento ideal é aquele que possa suprir todas as necessidades básicas de uma pessoa e de seus dependentes, dar-lhe possibilidade de projetar um futuro seguro através de uma divisão de renda realista. O orçamento permite que se faça escolhas para estas necessidades e para se alcançar objetivos.

Como fazer um orçamento
O primeiro passo é definir que tipo de orçamento você precisa de acordo com o seu fim: será um orçamento familiar? Um orçamento empresarial? Um orçamento pessoal? Tomemos com o exemplo aqui o orçamento familiar. Primeiramente, é necessário destacar as necessidades básicas. Elas estão divididas em 5 grupos:

O que sai:
Educação: mensalidades escolares, de curso superior ou especialização, idiomas, cursos de todos os tipos.
Transporte: gastos com automóveis, transporte escolar, táxi, ônibus, metrô, gasolina, etc.
Alimentação: despesas com supermercados, restaurantes, almoços diários, lanchonetes, feira, etc. Em supermercado, você pode incluir, se preferir, tudo o que se compra inclusive além da alimentação (higiene, produtos de limpeza, etc.).
Moradia: aluguel, condomínio, prestação de financiamento da casa, IPTU, etc.
Saúde: planos de saúde, remédios de uso mensal, farmácia, consultas médicas e odontológicas, etc.
Despesas pessoais: roupas, sapatos, manicure, cabelereiro, passeios, supérfluos, etc.
Lazer: cinema, mensalidade de clubes e academias, shows, ingressos, livros, CDs, DVDs, etc.
Contas fixas e outros gastos (de curto, médio e longo prazo): telefone, conta de celular, TV a cabo, internet, previdência privada, títulos de capitalização, juros de cartão, conta de energia, fatura de cartão de crédito, outros empréstimos e financiamentos, gás, investimentos, etc.
É necessário também listar os imprevistos e emergências.
Outros: presentes, despesas com o Natal, manutenção do carro, etc.

É necessário também estabelecer a renda familiar:
O que entra:
Salário total da família
Aposentadoria
Pensões
Renda extra
Outros investimentos (como aluguéis, por exemplo).

Analise o seu orçamento:
Quando você coloca no papel todos os seus gastos, pode perceber melhor de que forma é possível economizar e reduzir desperdícios. A diferença entre o que você gasta e o que você recebe é o montante que você pode investir e ter um futuro mais organizado. Se mesmo assim é difícil, reavalie mais uma vez as suas necessidades.
Seja menos rígido e mais realista. Não elimine todos os seus gastos com lazer, por exemplo, sem reavaliar seus gastos mais altos.
Coloque no papel: seja uma planilha no computador ou em um caderninho, o importante é que você tenha o controle de seus gastos e atualize com frequência. Vale até usar um aplicativo no celular, se preferir. Não se esqueça de listar também as suas metas a cada mês. Os especialistas afirmam que 30% do que se ganha deve ser poupado ou investido.

Fonte:
http://www.dividasefinancas.com.br/2013/10/educacao-financeira-a-economia-comeca-em-casa.html

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Aprendendo sobre educação financeira

Berço de grandes empreendedores e de olho nos futuros protagonistas de sua sociedade, Rio Preto começa a difundir o assunto entre crianças e adolescentes. É no ambiente escolar que noções sobre educação financeira, consumismo, dinheiro e empreendedorismo passam a fazer parte do cotidiano de jovens estudantes. Sem contar o papel fundamental que os pais têm na formação desses consumidores. A educação financeira ainda não faz parte da grade curricular das escolas públicas, mas algumas, principalmente as particulares, já implementam a disciplina, seja por meio de cursos e projetos esporádicos ou oficialmente inclusa no programa. 
“Desenvolver a inteligência financeira é fundamental na vida de qualquer pessoa e iniciar este processo na infância é ainda mais saudável. Para se conectar às oportunidades que surgirão na vida dos alunos, muitas vezes, serão necessários recursos. Outro aprendizado é priorizar a aplicação do dinheiro ao invés de gastar em coisas fúteis”, afirma Jorge Scandelai, professor de empreendedorismo do Anglo. 
“É necessário formar os jovens para serem os administradores de seus recursos e consumidores conscientes. Para isso é preciso saber o valor do dinheiro”, afirma Wilma Resende Araújo Santos, diretora superintendente da Junior Achievement, entidade que atua com a disseminação dos conceitos de empreendedorismo em escolas. Como a educação financeira é pouco disseminada entre os jovens, boa parte entra para a idade adulta sem conhecer o funcionamento do mundo das finanças e despreparados para obter um equilíbrio orçamentário e ter uma vida financeira saudável. “Para administrar a vida é preciso aprender a administrar o próprio orçamento, o da família, saber a importância de poupar e onde aplicar essa poupança.” 
Essa educação precisa ocorrer desde cedo e pode começar dentro de casa, com o apoio dos pais. Inicialmente com cofrinhos, depois com mesadas ou semanadas. “A criança precisa aprender a usar o dinheiro para subsidiar determinadas despesas, sem ter de recorrer a outros recursos”, afirma. E esse aprendizado só ocorre por meio da prática, que inclui também erros. O aprendizado também vem da observação dos pais. Aqueles que sabem administrar um orçamento certamente vão influenciar os filhos e ajudar a formar consumidores, empresários, profissionais que saberão usar os recursos de forma mais consciente, poupando e investindo melhor. Segundo Wilma, a abordagem desse tipo de assunto nas escolas provoca ainda o caminho inverso. “Os filhos acabam levando o conhecimento aos pais, que aprendem a administrar melhor os orçamentos e conhecem outros caminhos”, afirma.
Escola ensina a fazer planos e a gastar
Dinheiro não nasce em árvore, não cai do céu, não se pode comprar tudo, primeiro é preciso comprar o necessário... Esses são alguns dos conceitos sobre orientação financeira que os alunos do 2º ano do colégio América Escola Bilíngue estão aprendendo. Desde o início do ano o tema entrou para a grade curricular, do pré-2, ano 8º ano. Entre os objetivos, diminuir o consumismo e ensiná-los a poupar. 
No ensino da educação financeira, a prioridade é o empreendedorismo, ou seja, saber fazer planos e, antes de gastar, aprender a lidar bem com o dinheiro que ganhamos. “As atividades dependem da turma, mas eles aprendem a história do dinheiro, seu valor, a importância de poupar, pensam sobre a necessidade de gastar e do que é necessário gastar”, afirma a coordenadora pedagógica Renata Azevedo. 
Neste ano, para vivenciar o assunto ainda mais na prática serão realizadas duas feiras. A primeira, da barganha, quando os produtos poderão ser trocados entre os participantes. E a segunda, da Compra e Venda, que vai funcionar como uma negociação mesmo. Tudo será feito entre os alunos e tem o apoio dos pais. Cada estudante vai poder participar com três produtos. “Sempre trabalhamos o assunto, que entrou para a grade nesse ano. O próximo passo é incluir ideias e empreendedorismo.” Na sala da 2° ano, a turma com idade entre 7 e 8 anos aprende brincando num jogo de tabuleiro chamado independência financeira. Eles mexem com dinheiro de mentira e tem de enfrentar o peso dos juros e dos encargos quando se esquecem de pagar uma conta, por exemplo. “Vence quem poupar mais”, explica Renata.

Dicas
- Tudo começa com uma reunião em casa, em que cada membro da família expõe seu sonho. Pode ser um carro novo, uma geladeira, uma bicicleta ou qualquer outra coisa 
- É importante fazer um diagnóstico familiar de como as pessoas alcançarão seus sonhos. Um exemplo prático é reduzir a conta de energia. “Quando a mamãe quiser chamar a atenção do filho não vai mais dizer desligue o chuveiro e sim lembre-se da bicicleta”, afirma a educadora financeira Sandra Gobato. 
- Na escola, por exemplo, a economia pode ser feita num passeio. Ao invés de comprar um lanche é possível levar uma refeição mais saudável de casa. “Poupando para a realização dos sonhos as crianças não consumirão tanto e saberão esperar para adquirir o bem desejado”, afirma. 

Finanças no currículo
Embora ainda não faça parte do currículo, o assunto ganha força nas escolas. De acordo com a educadora financeira Sandra Gobato, no final de 2010, o processo de educação financeira no Brasil foi fortalecido com a criação da Estratégia Nacional e Educação Financeira (Enef) por parte do governo federal. A Enef busca estimular um consumo mais responsável entre a população e promover a conscientização dos consumidores em relação aos riscos assumidos nos processos de endividamento, reforçando a estabilidade a e confiança no Sistema Financeiro Nacional. 
Outra iniciativa que fortalecerá a disseminação da educação financeira principalmente em âmbito escolar é o Projeto de lei 171/09, que propõe a inclusão da educação financeira no currículo dos ensinos fundamental e médio. Na rede privada de ensino, a educação financeira vem ganhando espaço cada vez mais expressivo. Um desses métodos é o Programa Dsop de Educação Financeira nas Escolas. “O objetivo é contribuir para a criação de uma nova geração de pessoas, independentes financeiramente, que aprenderão desde cedo a utilizar o dinheiro de maneira saudável e consciente para a realização de seus sonhos.” 

Participação é de livre iniciativa 
No Ponto Alfa, a participação no projeto de comportamento empreendedor é livre. Segundo a professora Ana Maria Fernandes, no início do ano os participantes, principalmente do 2º ao 6º ano, elegem um sonho a ser conquistado ao final do período. Pode ser comprar um objeto de desejo, poupar para uma viagem, para o futuro. “Traçamos metas diárias, semanais e mensais para atingir a meta anual.” 
Para juntar o dinheiro, as crianças passam a vender produtos na escola, na entrada do período e na saída. Pode ser algo feito pelas mães, brinquedinhos e outros itens. Eles montam as bancas, pensam as estratégias de marketing e, muitas vezes, se o produto não emplaca, têm de mudar o foco do trabalho. “A evolução é analisada por meio de gráficos e o dinheiro é depositado no ‘banco da escola’”, afirma. O saque ocorre apenas no final do projeto. Quem não consegue atingir a meta é estimulado a não desistir. O objetivo pode ser mudado, a estratégia melhorada. “Optei por fazer um trabalho prático e as dúvidas e demandas vão surgindo.” 

Fonte: 
http://www.diarioweb.com.br/novoportal/noticias/economia/178942,,Criancas+e+adolescentes+aprendem+sobre+educacao+financeira.aspx