Como sofro de ambos os males... fui pesquisar se tinha correlação e... veja o resultado abaixo!
Enxaquecas são dores de cabeça latejantes, às vezes em apenas um lado da cabeça, que podem vir acompanhadas de náuseas e sensibilidade à luz. Às vezes, elas podem ser precedidas de perturbações visuais conhecidas como 'auras'. Depressão é um transtorno mental grave definida por um conjunto de sintomas que podem incluir a tristeza, a insônia, a fadiga e dormência emocional.
Enxaquecas são dores de cabeça latejantes, às vezes em apenas um lado da cabeça, que podem vir acompanhadas de náuseas e sensibilidade à luz. Às vezes, elas podem ser precedidas de perturbações visuais conhecidas como 'auras'. Depressão é um transtorno mental grave definida por um conjunto de sintomas que podem incluir a tristeza, a insônia, a fadiga e dormência emocional.
Um dos problemas da enxaqueca é que todos os exames
eventualmente realizados pelo paciente resultam perfeitamente normais.
Então, qual a causa da enxaqueca?
Para muitos médicos, infelizmente, a enxaqueca
ainda é doença de hipocondríaco, frescura, piripaque, vontade de chamar
atenção. Mas a causa da enxaqueca é, na verdade, muito sutil para ser detectada
pelos exames de que dispomos, ainda que os mais modernos.
Trata-se de um desequilíbrio bioquímico em certas
localidades do cérebro, envolvendo substâncias chamadas neurotransmissores,
além de neuropeptídeos e hormônios. Neurotransmissores e neuropeptídeos são
substâncias que o cérebro fabrica, responsáveis por nossas sensações (inclusive
a de dor) e até pelo nosso humor e comportamento. É por isso que a enxaqueca
anda de mãos dadas com depressão, ansiedade e pânico. Elas dividem o mesmo
mecanismo bioquímico cerebral!
Uma vez instalado esse desequilíbrio, o indivíduo
fica vulnerável a apresentar a dor e os demais sintomas, mediante uma série
infindável de gatilhos (fatores desencadeantes), os quais são erradamente
confundidos com causas.
Pessoas que sofrem com dores de cabeça muito fortes
correm mais riscos de desenvolver depressão clínica, sugere um novo estudo,
realizado por especialistas do Canadá. A pesquisa, publicada na revista
Headache (dor de cabeça em português), ainda sugere que as pessoas com
depressão clínica também têm grandes chances de ter enxaqueca. De acordo com os
pesquisadores, porém, essa segunda descoberta pode ter sido feita ao acaso.
Para a líder da equipe, Geeta Modgill, da
Universidade de Calgary, aqueles que sofrem de enxaqueca e depressão precisam
conhecer os sinais de ambos os males, já que sofrer de um deles pode significar
vir a ter o outro.
Essa é uma antiga suspeita, mas agora o
epidemiologista Tobias Kurth, do Brigham and Women’s Hospital em Boston,
conseguiu confirmá-la.
No início da pesquisa, nenhuma das voluntárias
tinha sintomas de depressão. Mais de 6 mil mulheres sofriam de enxaqueca ou
havia tido crises da doença no passado.
Depois de 14 anos de acompanhamento, mais de 3,9
mil mulheres haviam desenvolvido depressão. Os pesquisadores concluíram que o
risco de depressão é cerca de 40% mais alto entre as mulheres que sofrem ou
sofreram de enxaqueca.
A pesquisa demonstrou também que o risco de
depressão é o mesmo no grupo de mulheres que têm enxaqueca com aura (distúrbios
visuais que costuma preceder as crises) e entre as que não têm aura. O estudo
completo será apresentado em abril durante a reunião anual da Academia
Americana de Neurologia, em New Orleans.
“Esperamos que nossos resultados encorajem os
médicos a conversar com as pacientes que têm enxaqueca sobre o risco de
desenvolver depressão e as formas de evitá-la”, escreveu Kurth.
Ainda não se sabe com certeza por que a enxaqueca
leva à depressão. É possível que as dores de cabeça frequentes comprometam de
tal forma a qualidade de vida que a pessoa acaba deprimida. Alguns cientistas,
porém, acreditam que existam razões biológicas (ainda não completamente
desvendadas) por trás disso.
Infelizmente, a enxaqueca ainda não tem cura. Mas
há maneiras simples e inteligentes que ajudam a evitar as crises. Saber que ela
pode causar um problema ainda mais grave – a depressão – é mais uma razão para
não descuidar da prevenção.
O que, de fato, funciona? Vamos a um pequeno guia.
Ele serve para as mulheres e para os homens – com exceção, obviamente, das
menções ao ciclo menstrual:
Observe o que desencadeia as suas crises
Vários fatores podem dispará-las: dormir pouco ou
demais, viver estressado, consumir bebidas alcoólicas, estar no período
menstrual, usar anticoncepcionais ou fazer reposição hormonal. Além disso, há
os fatores genéticos. Quase sempre há vários casos de enxaqueca na mesma
família. Faça uma lista de fatores desencadeantes suspeitos e converse com seu
médico. Só ele poderá indicar a melhor estratégia de mudança de hábitos e os
medicamentos mais adequados ao seu caso. Existem várias classes de drogas
usadas no tratamento e recursos mais recentes, como a estimulação magnética
transcraniana.
Descubra quais são os alimentos do bem e do mal
Algumas escolhas são péssimas para alguns pacientes
e inofensivas para outros. Exemplos:
1) Queijo, iogurte, vinagre, nozes contêm tiramina.
Ela leva à dilatação dos vasos sanguíneos e pode desencadear crises em algumas
pessoas
2) Frutas cítricas, como laranja, limão e abacaxi.
Também podem dilatar os vasos e levar às crises
3) Vinho tinto contém flavonóides, substâncias que
costumam agravar as crises de enxaqueca. O álcool também piora as crises
4) Azeite extravirgem contém substâncias que inibem
a atividade de enzimas envolvidas em inflamações. Costuma ser uma boa opção
para quem sofre de enxaqueca
5) Salmão é rico em ácidos graxos, que ajudam a
regular a transmissão de sinais das células cerebrais e têm ação
antiinflamatória. Boa pedida.
6) Chocolate é fabricado com feniletilamina e
cafeína. As duas substâncias podem fazer mal a quem sofre de enxaqueca
7) Alimentos diet e light não costumam ser uma boa
escolha. Estudos revelam que o adoçante do tipo aspartame pode desencadear
crises
Analise como lida com as emoções
Se é perfeccionista, hiperativo ou ansioso, pode
vir a sofrer de enxaqueca. Procurar ajuda especializada para mudar esses
padrões de comportamento pode ser de grande valia. É também uma forma de evitar
problemas ainda mais graves, como a depressão e outros transtornos
psiquiátricos.
Durma bem
Ir para a cama cedo e no escuro total aumenta a
produção do hormônio melatonina. Ele contribui para a manutenção dos níveis do
hormônio serotonina, que está em desequilíbrio em quem tem enxaqueca
Pratique atividade física
É a forma mais simples de liberar substâncias que
produzem sensação de bem-estar e auxiliam no combate à dor. Mas atenção: nos
momentos de crise evite qualquer esforço físico.
Em resumo, ainda não inventaram uma forma mágica de
acabar com a enxaqueca. Muito menos um jeito simples e rápido de debelar a
depressão. Mas pequenas mudanças de hábito podem ter um valor gigantesco na
soma total de momentos de prazer e sem dor que fazem a vida valer a pena.
Experimente.
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