sábado, 22 de fevereiro de 2014

Enxaqueca X Depressão

Como sofro de ambos os males... fui pesquisar se tinha correlação e... veja o resultado abaixo!

Enxaquecas são dores de cabeça latejantes, às vezes em apenas um lado da cabeça, que podem vir acompanhadas de náuseas e sensibilidade à luz. Às vezes, elas podem ser precedidas de perturbações visuais conhecidas como 'auras'. Depressão é um transtorno mental grave definida por um conjunto de sintomas que podem incluir a tristeza, a insônia, a fadiga e dormência emocional.
Um dos problemas da enxaqueca é que todos os exames eventualmente realizados pelo paciente resultam perfeitamente normais.

Então, qual a causa da enxaqueca?
Para muitos médicos, infelizmente, a enxaqueca ainda é doença de hipocondríaco, frescura, piripaque, vontade de chamar atenção. Mas a causa da enxaqueca é, na verdade, muito sutil para ser detectada pelos exames de que dispomos, ainda que os mais modernos.
Trata-se de um desequilíbrio bioquímico em certas localidades do cérebro, envolvendo substâncias chamadas neurotransmissores, além de neuropeptídeos e hormônios. Neurotransmissores e neuropeptídeos são substâncias que o cérebro fabrica, responsáveis por nossas sensações (inclusive a de dor) e até pelo nosso humor e comportamento. É por isso que a enxaqueca anda de mãos dadas com depressão, ansiedade e pânico. Elas dividem o mesmo mecanismo bioquímico cerebral!
Uma vez instalado esse desequilíbrio, o indivíduo fica vulnerável a apresentar a dor e os demais sintomas, mediante uma série infindável de gatilhos (fatores desencadeantes), os quais são erradamente confundidos com causas.
Pessoas que sofrem com dores de cabeça muito fortes correm mais riscos de desenvolver depressão clínica, sugere um novo estudo, realizado por especialistas do Canadá. A pesquisa, publicada na revista Headache (dor de cabeça em português), ainda sugere que as pessoas com depressão clínica também têm grandes chances de ter enxaqueca. De acordo com os pesquisadores, porém, essa segunda descoberta pode ter sido feita ao acaso.
Para a líder da equipe, Geeta Modgill, da Universidade de Calgary, aqueles que sofrem de enxaqueca e depressão precisam conhecer os sinais de ambos os males, já que sofrer de um deles pode significar vir a ter o outro.
Essa é uma antiga suspeita, mas agora o epidemiologista Tobias Kurth, do Brigham and Women’s Hospital em Boston, conseguiu confirmá-la.
No início da pesquisa, nenhuma das voluntárias tinha sintomas de depressão. Mais de 6 mil mulheres sofriam de enxaqueca ou havia tido crises da doença no passado.
Depois de 14 anos de acompanhamento, mais de 3,9 mil mulheres haviam desenvolvido depressão. Os pesquisadores concluíram que o risco de depressão é cerca de 40% mais alto entre as mulheres que sofrem ou sofreram de enxaqueca.
A pesquisa demonstrou também que o risco de depressão é o mesmo no grupo de mulheres que têm enxaqueca com aura (distúrbios visuais que costuma preceder as crises) e entre as que não têm aura. O estudo completo será apresentado em abril durante a reunião anual da Academia Americana de Neurologia, em New Orleans.
“Esperamos que nossos resultados encorajem os médicos a conversar com as pacientes que têm enxaqueca sobre o risco de desenvolver depressão e as formas de evitá-la”, escreveu Kurth.
Ainda não se sabe com certeza por que a enxaqueca leva à depressão. É possível que as dores de cabeça frequentes comprometam de tal forma a qualidade de vida que a pessoa acaba deprimida. Alguns cientistas, porém, acreditam que existam razões biológicas (ainda não completamente desvendadas) por trás disso.
Infelizmente, a enxaqueca ainda não tem cura. Mas há maneiras simples e inteligentes que ajudam a evitar as crises. Saber que ela pode causar um problema ainda mais grave – a depressão – é mais uma razão para não descuidar da prevenção.
O que, de fato, funciona? Vamos a um pequeno guia. Ele serve para as mulheres e para os homens – com exceção, obviamente, das menções ao ciclo menstrual:

Observe o que desencadeia as suas crises
Vários fatores podem dispará-las: dormir pouco ou demais, viver estressado, consumir bebidas alcoólicas, estar no período menstrual, usar anticoncepcionais ou fazer reposição hormonal. Além disso, há os fatores genéticos. Quase sempre há vários casos de enxaqueca na mesma família. Faça uma lista de fatores desencadeantes suspeitos e converse com seu médico. Só ele poderá indicar a melhor estratégia de mudança de hábitos e os medicamentos mais adequados ao seu caso. Existem várias classes de drogas usadas no tratamento e recursos mais recentes, como a estimulação magnética transcraniana.

Descubra quais são os alimentos do bem e do mal
Algumas escolhas são péssimas para alguns pacientes e inofensivas para outros. Exemplos:
1) Queijo, iogurte, vinagre, nozes contêm tiramina. Ela leva à dilatação dos vasos sanguíneos e pode desencadear crises em algumas pessoas
2) Frutas cítricas, como laranja, limão e abacaxi. Também podem dilatar os vasos e levar às crises
3) Vinho tinto contém flavonóides, substâncias que costumam agravar as crises de enxaqueca. O álcool também piora as crises
4) Azeite extravirgem contém substâncias que inibem a atividade de enzimas envolvidas em inflamações. Costuma ser uma boa opção para quem sofre de enxaqueca
5) Salmão é rico em ácidos graxos, que ajudam a regular a transmissão de sinais das células cerebrais e têm ação antiinflamatória. Boa pedida.
6) Chocolate é fabricado com feniletilamina e cafeína. As duas substâncias podem fazer mal a quem sofre de enxaqueca
7) Alimentos diet e light não costumam ser uma boa escolha. Estudos revelam que o adoçante do tipo aspartame pode desencadear crises

Analise como lida com as emoções
Se é perfeccionista, hiperativo ou ansioso, pode vir a sofrer de enxaqueca. Procurar ajuda especializada para mudar esses padrões de comportamento pode ser de grande valia. É também uma forma de evitar problemas ainda mais graves, como a depressão e outros transtornos psiquiátricos.

Durma bem
Ir para a cama cedo e no escuro total aumenta a produção do hormônio melatonina. Ele contribui para a manutenção dos níveis do hormônio serotonina, que está em desequilíbrio em quem tem enxaqueca

Pratique atividade física
É a forma mais simples de liberar substâncias que produzem sensação de bem-estar e auxiliam no combate à dor. Mas atenção: nos momentos de crise evite qualquer esforço físico.
Em resumo, ainda não inventaram uma forma mágica de acabar com a enxaqueca. Muito menos um jeito simples e rápido de debelar a depressão. Mas pequenas mudanças de hábito podem ter um valor gigantesco na soma total de momentos de prazer e sem dor que fazem a vida valer a pena. Experimente.
Fonte:

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Ciúmes

Sentir ciúmes não é algo divertido e pode destruir qualquer relacionamento, disso todo mundo sabe. Mas o que é exatamente isso? É necessariamente algo patológico? Como lidar com isso?
De acordo com os psicólogos israelenses Ayala Pines e Elliot Aronson, ciúme é "a reação complexa a uma ameaça perceptível a uma relação valiosa ou à sua qualidade.". Provoca o temor da perda e envolve sempre três ou mais pessoas, a pessoa que sente ciúmes - sujeito ativo do ciúme -, a pessoa de quem se sente ciúmes - sujeito analítico do ciúme - e a terceira ou terceiras pessoas que são o motivo dos ciúmes - o que faz criar tumulto.
Esse sentimento apresenta caráter instintivo e natural, sendo também marcado pelo medo, real ou irreal, vergonha de se perder o amor da pessoa amada. O ciúme está relacionado com a falta de confiança no outro e/ou em si próprio e, quando é exagerado, pode tornar-se patológico e transformar-se em uma obsessão.
A explicação psicológica do ciúme pode ser uma persistência de mecanismos psicológicos infantis, como o apego aos pais que aparece por volta do primeiro ano de vida ou como consequência do Complexo de Édipo não resolvido; entre os quatro e seis anos de idade, a criança se identifica com o progenitor do mesmo sexo e simultaneamente tem ciúmes dele pela atração que ele exerce sobre o outro membro do casal; já na idade adulta, essas frustrações podem reaparecer sob a forma de uma possessividade em relação ao parceiro, ou mesmo uma paranoia.
Nesse tipo de paranoia, a pessoa está convencida, sem motivo justo ou evidente, da infidelidade do parceiro e passa a procurar “evidências” da traição. Nas formas mais exacerbadas, o ciumento passa a exigir do outro coisas que limitam a liberdade deste.
Algumas teorias consideram que os casos mais graves podem ser curados através da psicoterapia que passa por um reforço da autoestima e da valorização da autoimagem.
Outros casos mais leves podem ser tratados através da ajuda do parceiro, estabelecendo-se um diálogo franco e aberto de encontro, com a reflexão sobre o que sentem um pelo outro e sobre tudo o que possa levar a uma melhoria da relação, para que esse aspecto não se torne limitador e perturbador.
Ciúme é uma reação complexa porque envolve um largo conjunto de emoções, pensamentos, reações físicas e comportamentos:
Emoções - dor, raiva, tristeza, inveja, medo, depressão e humilhação;
Pensamentos - ressentimento, culpa, comparação com o rival, preocupação com a imagem, autocomiseração;
Reações físicas - taquicardia, falta de ar, excesso de salivação ou boca seca, sudorese, aperto no peito, dores físicas.
Comportamentos - questionamento constante , busca frenética de confirmações e ações agressivas, mesmo violentas.
O ciúme está intimamente relacionado à inveja. A diferença é que a inveja não envolve o sentimento de perda presente no ciúme. Mas ambas são um misto de desconforto e raiva e atormentam aquele que cobiça algo que outra pessoa tem. Quanto mais baixa for a autoestima, mais propensa está a pessoa de sofrer com um dos dois sentimentos.
Outra diferença entre ambos reside no fato de o ciúme, quando ultrapassa certo limite, se transforma em patologia, coisa que não acontece com a inveja.
Ciúme e inveja desviam o foco dos cuidados com a própria vida, tão preocupado se fica com a vida de outra pessoa. Por outro lado, se enfrentados, podem levar a atitudes positivas como melhorar a aparência, desenvolver novas habilidades e trabalhar a autoestima.
O ciúme patológico é visto pela psiquiatria como uma espécie de paranoia (distúrbio mental caracterizado por delírios de perseguição e pelo temor imaginário de a pessoa estar sendo vítima de conspiração). Para o ciumento, a fronteira entre imaginação, fantasia, crença e certeza se torna vaga e imprecisa, as dúvidas podem se transformar em ideias supervalorizadas ou delirantes.
Quem sente ciúme a esse nível tem a compulsão de verificar constantemente as suas dúvidas, a ponto de se dedicar exclusivamente a invadir a privacidade e tolher a liberdade do parceiro: abre correspondências, bisbilhota o computador, ouve telefonemas, examina bolsos, chega a seguir o parceiro ou contrata alguém para fazê-lo. Toda essa tentativa de aliviar sentimentos, além de reconhecidamente ridícula até pelo próprio ciumento, não ameniza o mal estar da dúvida, até o intensifica.
A pessoa ciumenta apresenta na sua personalidade um traço marcante de timidez e sentimentos de insegurança, problemas que costumam ter raízes na infância. Nesse caso, o tratamento passa por aplicação de técnicas de psicoterapia para melhorar a confiança do paciente em si mesmo. O processo deve envolver sua família, pois o apoio no lar é imprescindível nesses casos. Reduzido o sentimento de insegurança, é esperado que diminua a aflição do ciúme. Só quem confia em si mesmo pode confiar em outros, de modo que parece lógico começar o tratamento pelo fortalecimento da autoconfiança.
Não menos importante é atacar os sintomas físicos que o ciúme patológico provoca. O desequilíbrio no sistema nervoso aumenta o nível de adrenalina, interfere na dinâmica dos neurotransmissores e está na origem de muitas doenças psicossomáticas. Por isso, é fundamental apurar as causas desses sintomas e gastar a energia negativa em atividades como os exercícios físicos, meditação e trabalho que traga gratificação.
E aliado a tudo isso... tente criar situações engraçadas com as suas "suspeitas" para, aos poucos, esse sentimento perder força e forma na sua vida, eis um exemplo:

Avalie a intensidade do seu ciúme nesse link.

Depois de um assunto tenso como esse, nada melhor que relaxar um cadinho e rir um pouco da nossa miséria de cada dia porque faz parte d o jeitinho brasileiro de lidar com a vida.


Boa sorte no combate à sua imaginação!
Consegui me livrar disso fazendo piada das situações criadas pela mente, melhorando a autoestima através da dança do ventre (é uma busca pelo nosso eu e nossa sensualidade constante).

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Depressão: você pode vencer!!!

Um mal que devemos conhecer para combater!
Infelizmente pode não ter cura, mas a gente pode achar um meio de diminuir sua importância e viver feliz.

Hoje, médicos e psiquiatras fazem o diagnóstico da depressão com base no relato dos pacientes sobre seus sintomas – o que é algo totalmente subjetivo, ainda mais porque às vezes a tristezatem motivo (perda de um ente querido, fim de um casamento etc.) e nem sempre isso é levado em conta.
Agora, pesquisadores da Northwestern University (EUA) desenvolveram uma opção que pode ser muito mais confiável: um exame de sangue capaz de diagnosticar a doença em adolescentes e diferenciar a depressão maior e a depressão maior combinada com ansiedade.
O teste, desenvolvido ao longo de um período de mais de 10 anos, pôde identificar mais de 25 marcadores genéticos (mais precisamente, no RNA mensageiro) para a depressão com base em estudos com ratos gravemente deprimidos e ansiosos (pois é, os bichos também podem ter dessas).
Estudos adicionais em seres humanos descobriram que muitos desses marcadores também são válidos para adolescentes humanos, e a combinação entre eles permitiu aos pesquisadores usarem o exame de sangue por si só para determinar com precisão quais dos voluntários estavam deprimidos e/ou ansiosos e quais estavam completamente sãos.
Mas uma das autoras do estudo, a professora de psiquiatria Eva Redei, disse ao site FoxNews.com que o teste não deve eliminar as conversas entre o médico e o paciente para o diagnóstico. A ideia é servir apenas como um complemento.  “O teste apenas ajuda a informar. Queremos dar aos pacientes deprimidos – e existem muitos – a mesma chance que nós estamos dando para quem sofre de diabetes, hipertensão e outras doenças para as quais existem exames”, explicou ela.

Vencendo estigmas
Segundo Redei, a meta de longo prazo é não apenas fornecer aos médicos uma ferramenta para diagnosticar pacientes de forma objetiva, mas também remover estigmas relacionados à depressão.  Ela explicou que há um pouco de vergonha associada à doença: como até então não havia um exame como os que existem para diabetes e coisas do tipo, os pacientes muitas vezes não encaram a depressão como uma doença de fato e se sentem culpados por não conseguirem melhorar o próprio humor. Um exame de sangue comprovando que o problema está em parte enraizado na genética, fora do controle do paciente, pode ajudar.
O teste também pode ajudar muito no tratamento da doença, permitindo entender por que alguns medicamentos funcionam para alguns pacientes e não para outros. “Hoje, mesmo os melhores psiquiatras não podem fazer nada mais do que prescrever de um a três diferentes tipos de medicamentos ou tratamentos baseados na experiência prévia e de tentativa e erro“, disse ela.