Um mal que devemos conhecer para combater!
Infelizmente pode não ter cura, mas a gente pode achar um meio de diminuir sua importância e viver feliz.
Infelizmente pode não ter cura, mas a gente pode achar um meio de diminuir sua importância e viver feliz.
Hoje, médicos e psiquiatras fazem o diagnóstico da
depressão com base no relato dos pacientes sobre seus sintomas – o que é algo
totalmente subjetivo, ainda mais porque às vezes a tristezatem motivo (perda de
um ente querido, fim de um casamento etc.) e nem sempre isso é levado em conta.
Agora, pesquisadores da Northwestern University
(EUA) desenvolveram uma opção que pode ser muito mais confiável: um exame de
sangue capaz de diagnosticar a doença em adolescentes e diferenciar a depressão
maior e a depressão maior combinada com ansiedade.
O teste, desenvolvido ao longo de um período de
mais de 10 anos, pôde identificar mais de 25 marcadores genéticos (mais
precisamente, no RNA mensageiro) para a depressão com base em estudos com ratos
gravemente deprimidos e ansiosos (pois é, os bichos também podem ter dessas).
Estudos adicionais em seres humanos descobriram que
muitos desses marcadores também são válidos para adolescentes humanos, e a
combinação entre eles permitiu aos pesquisadores usarem o exame de sangue por
si só para determinar com precisão quais dos voluntários estavam deprimidos
e/ou ansiosos e quais estavam completamente sãos.
Mas uma das autoras do estudo, a professora de
psiquiatria Eva Redei, disse ao site FoxNews.com que o teste não deve eliminar
as conversas entre o médico e o paciente para o diagnóstico. A ideia é servir
apenas como um complemento. “O teste
apenas ajuda a informar. Queremos dar aos pacientes deprimidos – e existem
muitos – a mesma chance que nós estamos dando para quem sofre de diabetes,
hipertensão e outras doenças para as quais existem exames”, explicou ela.
Vencendo estigmas
Segundo Redei, a meta de longo prazo é não apenas
fornecer aos médicos uma ferramenta para diagnosticar pacientes de forma
objetiva, mas também remover estigmas relacionados à depressão. Ela explicou que há um pouco de vergonha
associada à doença: como até então não havia um exame como os que existem para
diabetes e coisas do tipo, os pacientes muitas vezes não encaram a depressão
como uma doença de fato e se sentem culpados por não conseguirem melhorar o
próprio humor. Um exame de sangue comprovando que o problema está em parte
enraizado na genética, fora do controle do paciente, pode ajudar.
O teste também pode ajudar muito no tratamento da
doença, permitindo entender por que alguns medicamentos funcionam para alguns
pacientes e não para outros. “Hoje, mesmo os melhores psiquiatras não podem
fazer nada mais do que prescrever de um a três diferentes tipos de medicamentos
ou tratamentos baseados na experiência prévia e de tentativa e erro“, disse
ela.
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