sábado, 19 de novembro de 2016

Seu próprio sistema de segurança

Se você tem algum motivo para desconfiar (ou apenas prevenir) que algo errado está acontecendo na sua casa ou em seu estabelecimento de pequeno porte, fique atento a essa dica. 
Criar o seu próprio sistema de monitoramento caseiro é bem mais fácil do que você imagina. São necessários apenas alguns itens:  
  • Um software chamado iSpy: você pode realizar o download gratuito e seguro do iSpy aqui. Ele é um programa de código aberto que tem uma história divertida. Originalmente, o programa foi criado para capturar imagens de fantasmas e OVNIs, pode acreditar! Mas agora ele ganhou essa utilidade que, convenhamos, é bem mais interessante. 
  • Um computador: mas ele terá que funcionar em um regime de 24 horas por dia e 7 dias por semana. Assim, ele vai acompanhar as webcams, enviar alertas e executar o software de reconhecimento. 
  • Uma webcam, microfone e alguns cabos: para que o software faça seu trabalho você vai precisar de, pelo menos, uma câmera. 

Obs: Pode ser a sua webcam velha de guerra mesmo, mas o iSpy trabalha com quantas câmeras e microfones você conseguir conectar ao computador. O mais legal é que, em tempos de mobilidade, você pode acessar e controlar suas câmeras e microfones utilizando seu iPhone, Android ou Windows 7 Mobile. 
Para criar um sistema de segurança caseiro mais simples com o iSpy siga o procedimento abaixo: 

  •  Adicione a(s) câmera(s) Após fazer o download do iSpy, clique com o botão direito em uma área vazia do iSpy e selecione a opção 'Add camera'. Depois, em 'Local Device', selecione uma câmera USB que já esteja conectada ao seu computador, ela será seus olhos enquanto está fora de casa. Clique em 'Ok' e você verá as configurações da câmera principal. A partir daí você pode personalizar as suas zonas de detecção, as condições de alerta, as configurações de gravação, opções de upload para o YouTube e os detalhes das gravações agendadas. 


  • Detecção de movimento Selecione a guia 'Motion Detection' e você poderá adicionar e controlar as áreas monitoradas por meio dos movimentos. Basta desenhar retângulos na área de visualização para adicionar as seções que você deseja que sejam monitoradas. Na visualização ao vivo, você verá uma barra azul e uma linha verde, que mostram a detecção de movimento e seus níveis. Ajuste a sensibilidade para controlar a quantidade de movimento necessário para que você seja avisado sobre ele. 

  • Configurar alertas Nessa fase é possível determinar os tipos de alerta que você deseja que o software emita para você. Eles podem ser baseados em movimentos, detecção de rosto, número de objetos no enquadramento ou até mesmo falta de movimento. Você escolhe se deseja que a máquina lhe envie um SMS com o alerta, um e-mail ou um tweet quando detectar algo errado. Mas vale lembrar que para utilizar esse último recurso é preciso ter uma conta devidamente cadastrada no iSpy Connect, e a opção ligada ao SMS precisa que você tenha uma versão paga da conta. 

  • Gravando as imagens Para gravar um vídeo, vá até a guia 'Recording' e selecione 'Record on Movement' ou 'Record on Alert' - o primeiro para as movimentações suspeitas e o segundo para os alertas emitidos. A configuração padrão, que já é selecionada quando você clica na aba, é a ideal. Mas, caso você queria mudar algo, como o tipo de arquivo da gravação, esse é o momento. O codec H.264 consome cerca de 20 MB por minuto. 

  • Microfones  Você adiciona microfones ao seu sistema da mesma forma como adicionou as câmeras. Clique em 'Add microphone', selecione a opção para adicionar um microfone local caso a sua webcam já venha com um embutido. Agora você poderá definir a sensibilidade do microfone e dos alertas (você pode ser acionado com o som de um cachorro latindo, por exemplo) e também definir as gravações. 

  • Agora que você já definiu todas as suas preferências e posicionou suas câmeras e microfones devidamente, quando algum movimento ou som for detectado, o sistema grava o vídeo e disponibiliza na rede. Assim você pode assisti-los de qualquer lugar. Basta acessar o site do iSpy  em qualquer computador, usando o seu login, ou até mesmo ver as gravações a partir do seu aparelho mobile.


Fonte:
https://canaltech.com.br/tutorial/seguranca/aprenda-a-criar-seu-proprio-sistema-de-seguranca-caseiro-com-uma-simples-webcam/

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sábado, 12 de novembro de 2016

Recuperando a alegria de viver

Muitos de nós caminhamos na vida com dificuldade, mas não necessariamente por problemas motores. Caminhamos como se a nossa energia tivesse sido drenada. A grande maioria das coisas realizamo-las com esforço, com ausência de prazer e sem satisfação. Sentimo-nos a cumprir uma rotina sem fim, e que sabemos estar a retirar-nos a alegria de viver. Este é na verdade um cenário cada vez mais comum para muitos de nós. 
Para ser sincero ouve tempos na minha vida que me senti desta maneira. Felizmente, rapidamente superei o meu problema ao colocar em ação um conjunto de estratégias e atividades que me fizeram recuperar a energia e alegria de viver. São exatamente algumas dessas coisas que funcionaram comigo que vou partilhar neste artigo.

Motivação pela visualização
Imaginarmos algo que gostamos, ou que acreditamos vir a fazer sentir-nos bem faz disparar na corrente sanguínea a dopamina (uma hormona do bem-estar). A dopamina gera expectativas, faz-nos criar uma forte ligação entre a realização de algo e a boa sensação que o nosso corpo registra nesse exato momento, e isto promove a felicidade. Nesse estado, podemos dizer que nos sentimos motivados para fazer coisas que façam acontecer aquilo que imaginamos e desejamos realizar. A visão de nós mesmos a sermos bem sucedidos ou a realizar as tarefas que temos de fazer para obter o que tanto desejamos, funciona como um combustível que irá orientar a nossa energia na direção do objetivo traçado. Desta forma cria-se na mente o motivo para a ação.
São as ações a que nos propomos, alimentadas e impulsionadas pela energia oriunda daquilo que visualizamos e associada ao bem-estar provocado pela dopamina libertada na corrente sanguínea que nos leva a sentirmo-nos confiantes, alegres e animados para realizar o que é necessário para atingirmos os nossos objetivos.

Cuidado com a sua voz interna negativa
Quando estamos abatidos e desmotivados facilmente caímos na armadilha de dar demasiados ouvidos ao nosso discurso interno negativo. Com alguns pensamentos em mente que nos podem ter conduzido à situação crítica, e exacerbado pelos sentimentos negativos presentes, tendemos a construir uma voz interna negativa.
A autossabotagem promove o estresse e este não só corrói os nossos recursos emocionais, como também tem uma influência negativa sobre a forma como conduzimos a vida e a maneira como reagimos aos outros e até mesmo às nossas ações. Se quando nos encontramos numa fase critica da nossa vida queremos que os outros nos deem o benefício da dúvida e resistam à tentação de nos julgar, não devemos estar dispostos a fazer o mesmo?
Monitorize o seu diálogo interno negativo, não se deixe ser demasiado duro consigo. Seja o seu principal aliado e motivador. Tente não culpabilizar-se, mas sim responsabilizar-se pelas ações que possam melhorar o estado em que se encontra. Se a sua voz crítica negativa ecoa na sua cabeça, orientando os seus pensamentos de forma destrutiva e promovendo sentimentos negativos, certamente não o ajudará em nada. É primordial que reoriente essa voz, de forma a que o possa capacitar para ações positivas e construtivas. E igualmente para a procura de atividades que possam fazer com que se sinta melhor.

Seja grato
Pode parecer “cliché” sermos gratos por aquilo que temos ou conseguimos fazer, ou expressar gratidão aos outros. Com as múltiplas tarefas que realizamos diariamente, e com o apurado detector de mal-estar que possuímos no nosso organismo, que nos orienta a atenção para o que não está bem na nossa vida, ou para aquilo que nos gera sofrimento, dor, desilusão, angústia, ansiedade, irritabilidade, entre outros, tendemos a não olhar para todas as coisas boas ao nosso redor.
Proponho que no final de ler este artigo faça um exercício de gratidão. Tome consciência dos seus cinco sentidos (ou se for o caso, para o máximo de sentidos funcionais que tenha) e esforce-se por observar o máximo de estímulos que consegue tomar consciência e dos quais gosta, tira prazer e satisfação. Faça isso. Seja tão específico quanto conseguir. Em seguida, observe a sua capacidade de ouvir os sons que gosta, de ver as paisagens que o inspiram, de cheirar, de tocar e de saborear tudo aquilo que faz você sentir-se bem. Tome consciência do quão significativo tudo isso é na sua vida, e que está ao seu dispor e alcance.
Depois você pode tomar consciência das pessoas que o influenciaram positivamente. Seja grato pelas pessoas que melhoraram a sua vida. Você pode agradecer o seu trabalho, os seus bens materiais, o seu carro e todas as outras coisas na sua vida que a tornam mais fácil e melhor. Eu particularmente, muitas vezes penso e sou grato por este magnífico planeta sem o qual nada disso seria possível.
Tomar consciência de tudo quanto é bom ao seu redor e ser grato por isso, no inicio pode parecer estranho, mas, certamente passado pouco tempo você irá perceber o enorme benefício de ter abraçado a prática da gratidão.

Retenha o seguinte: A gratidão é uma das muitas formas de saber apreciar, de saber envolver-se e ligar-se às coisas boas que existem na sua vida.

Fonte: 
http://www.escolapsicologia.com/recupere-a-sua-energia-e-alegria-de-viver/

sábado, 5 de novembro de 2016

Pensamentos intrusivos

Somos seres pensantes, conscientemente ou inconscientemente a nossa mente pode fabricar entre doze mil a sessenta mil pensamentos por dia. Muitos pensamentos são intrusivos, negativos, depreciativos, ansiosos, preocupantes. Evidentemente que todos nós temos estes tipos de pensamentos e, em alguns momentos podem fazer sentido e até serem benéficos. Mas quando são recorrentes, incisivos e em retorno temos consciência que nos afetam negativamente, lidar com eles pode ser um tormento. Muitos de nós usamos o nosso pensamento como munições contra nós mesmos, muitas vezes por dia, mesmo sem estarmos cientes.
Construímos cenários catastróficos e ensaiamos mentalmente problemas, preocupações e os resultados que podem ou não virem a manifestar-se. Dedicamo-nos a especulações negativas e imaginamos os mais diversos motivos para o comportamento dos outros. Todo este processo em si mesmo não representa problema nenhum, pode até ser frutífero. Perde o seu valor e prejudica-nos o nosso bem estar e estabilidade emocional, porque na grande maioria das vezes repetimo-lo incessantemente e continuamos a acrescentar mais negatividade ao cenário catastrófico. Entramos numa espiral ascendente negativa que nos conduz ao sofrimento emocional.

O que são pensamentos intrusivos?
Pensamentos intrusivos são pensamentos que entram constantemente na sua mente contra a sua vontade. Eles são considerados intrusivos, porque você simplesmente não consegue afastá-los para fora da sua mente, e muitas vezes aparecem em momentos impróprios. Os pensamentos intrusivos também podem ocorrer em flashes, causando ansiedade significativa quando entram na sua mente.
Muitos dos pensamentos intrusivos estão relacionados com a ansiedade, pelo que pode senti-los como assustadores sobre o que pode acontecer consigo ou alguém que você gosta, ou o que você pode fazer para si mesmo ou para outra pessoa. Eles parecem estar fora do seu controle, e o seu conteúdo pode ser estranho e ameaçador. Nestes tipos de pensamentos intrusivos, parece que os pensamentos surgem como resultado da ansiedade, e incrementando mais medo sobre os sintomas da ansiedade que já está experimentando. Os pensamentos intrusivos aumentam a ansiedade, e alimentam a espiral de produção de medo. Assim, por exemplo, no meio de um disparo de ansiedade você pode pensar: “Se eu tiver um ataque cardíaco?” Você fica num estado recorrente de pensamento ansioso, sentindo que é provável que aconteça o que está a pensar.
Os pensamentos intrusivos acontecem a todos nós e podem assumir muitas formas. Talvez você tenha de repente a imagem de empurrar alguém para fora de uma plataforma de trem, chutar um cachorro, gritar na igreja, saltar de um carro em movimento, ou esfaquear alguém que você ama. Ao fazer ou querer fazer qualquer uma dessas coisas não é normal, mas ter pensamentos intrusivos como esses é normal em algum momento na nossa vida. Às vezes, pensamentos como estes vêm até nós precisamente porque não queremos agir desta forma, pois eles são simplesmente a coisa mais inadequada que a nossa mente pode imaginar. O que dificulta todo o processo de superar ou eliminar este tipo de pensamentos é fazer esforços para não ter tais pensamentos, ao tentar empurrá-los para fora da sua mente, pode realmente fazê-los ficar.
Muitos dos pensamentos intrusivos podem estar associados a algum tipo de transtorno de ansiedade, como:
  • Fobia social
  • Transtorno de ansiedade generalizada
  • Transtorno obsessivo-compulsivo
  • Transtorno de pânico
  • Transtorno de stress pós-traumático

No entanto, existem muitos pensamentos intrusivos comuns que podem estar associados a uma preocupação particular ou relacionados com uma situação específica que a pessoa esteja a viver. Apesar de estarem  contextualizados, aparecem em momentos inoportunos, causando algum tipo de problema. Usualmente esses pensamentos intrusivos comuns aparecem  na forma de pensamentos negativos ou até mesmo como pensamentos autodepreciativos. Por exemplo, quando você está prestes a desempenhar uma determinada tarefa importante e surge o pensamento: “Tu não és bom o suficiente para conseguires.” ou “Achas que uma pessoa como tu vai ser capaz de conseguir?”
Apresento algumas estratégias que facilitam a superação dos pensamentos intrusivos:

1. Perceba que é apenas um pensamento
Em primeiro lugar, é importante perceber que é apenas um pensamento. Nem tudo o que pensamos é real, aconteceu ou tem de vir a acontecer. Ainda que muitas vezes possamos sentir que um determinado pensamento é real, esse pensamento não é a realidade, especialmente aqueles pensamentos sobre o que vai acontecer no futuro. Podemos ter um forte sentimento sobre o que poderá acontecer, mas não sabemos com toda a certeza. Não há nenhuma maneira de saber o que o futuro nos reserva. Isto significa que o que estamos pensando não é com base em conhecimento, mas sim em ideias ou projeções, não podemos prever o futuro. E essas ideias são influenciadas principalmente pelos nossos sentimentos, que muitas vezes estão alienados (especialmente diante de uma situação estressante). Como resultado, o primeiro e mais importante passo a ser dado para não ser prejudicado por um pensamento intrusivo é reconhecer esses pensamentos pelo que eles são: apenas pensamentos, não a realidade.

2. Aceite-os
Nós não conseguimos evitar que um determinado pensamento nos chegue à mente. Por isso lamentarmo-nos ou começarmos a tecer comentários autodepreciativos sobre as razões pelas quais estamos a ter determinado pensamento, faz com que nos coloque num estado incapacitante, promovendo mais pensamentos intrusivos ou reforçando os existentes. Importa perceber este princípio, nós não podemos não pensar. Pelo que devemos aceitar esse fato, devemos aceitar que em alguns momentos da nossa vida irão aparecer na nossa mente alguns pensamentos indesejados que nos atrapalham. O que devemos é aceitar esse fato. Mas aceitar não é ficarmos à mercê desses pensamentos, e muito menos não fazer nada. Devemos aceitar sim, mas sempre percebendo que temos a capacidade para retomar o controle da nossa mente. E, para que isso seja feito de forma eficaz, importa não nos debatermos com os pensamentos intrusivos, mas sim deixar que se manifestem sem que possamos ficar demasiado desesperados ou perturbados. Em seguida temos de ficar cientes que podemos focar a nossa atenção noutros pensamentos criados por nós e encaminharmos a nossa mente para onde pretendemos que ela se foque.

3. Desenvolva um gatilho neutralizador
Agora que você já não fica desesperado por estarem a passar na sua mente alguns pensamentos intrusivos, importa neutralizá-los na hora que disparam. Uma ótima maneira de impedir que um pensamento intrusivo tome o controle da sua mente é acionando um gatilho neutralizador. A forma mais simples de fazê-lo é através de uma ordem de comando, utilizando as palavras, “Para” ou Não”. Estas palavras podem ser verbalizadas silenciosamente. Ou você pode usar algo como: “Eu não vou permitir que os meus pensamentos me botem abaixo.” ou “Os meus pensamentos não são a minha realidade.” Quando você tem um gatilho neutralizador previamente escolhido, pode usá-lo para impedir que os pensamentos indesejados se propaguem, evitando entrar numa espiral de negatividade.

4. Desafie-os
Agora que você já não tem problema em aceitar os seus pensamentos intrusivos, que também já interiorizou que os seus pensamentos não são fatos, que você não é os seus pensamentos, que nem tudo que passa na sua mente é verdade ou tem de ser realizado, é hora de desafiar os seus pensamentos intrusivos. No momento que perceber que está a ser invadido por pensamentos intrusivos, utilize o seu gatilho neutralizador para evitar que se propaguem, em seguida olhe para eles a partir de uma perspetiva objetiva (difícil, eu sei, mas tente) e questione-os. Pergunte a si mesmo: “Isto definitivamente vai acontecer? Como é que eu sei com toda a certeza?” e “Mesmo se isso acontecer, eu estou 100% certo que as repercussões são exatamente como estou imaginando?” Uma vez que você faça a si mesmo estas perguntas, provavelmente vai perceber que alguns dos pensamentos que passam na sua cabeça não fazem sentido. Se não fazem sentido, você pode decidir não os seguir. Você pode descartá-los. Pode contestar esse pensamento intrusivo e vetá-lo. O veredito final pode ser contra o pensamento intrusivo, pelo que você pode condená-lo ao abandono.

Fonte:
http://www.escolapsicologia.com/pensamentos-intrusivos-o-que-sao-e-como-supera-los/