sábado, 30 de maio de 2015

Como a educação infantil influencia na vida adulta do seu filho

Ele pode não se lembrar, mas o impacto positivo das brincadeiras, da contação de história e de outros estímulos na infância persistirão por até 30 anos, refletindo em  maior facilidade para construir uma carreira.
A, B, C... Independentemente da classe social, as famílias querem sempre deixar uma herança comum aos filhos: uma boa educação. É claro que o tema instiga a discussão sobre escolas caras, cursos de artes, música, línguas, entre outros. Mas o foco do assunto é outro.
Um estudo da Universidade da Carolina do Norte utilizou as mesmas letras que distinguem as classes sociais para mostrar que uma formação educacional de qualidade independe da renda. Em 1972, o chamado projeto Abecedário recrutou 111 crianças de famílias americanas de baixa renda, a partir dos 4 meses de idade. O grupo foi acompanhado periodicamente, ao longo de 30 anos, com o objetivo de entender como a educação infantil refletiria na vida adulta em comparação com um grupo de controle.
Os principais resultados: os anos de escolaridade do time avaliado somaram, em média, 13.46 anos, enquanto o grupo de controle contabilizou 12.31 anos. Aos 30 anos, os participantes da pesquisa tinham 4,6 vezes mais probabilidades de obter diplomas universitários e 2 vezes mais chances de conseguir um emprego, embora não tenham sido mensurados os impactos socioeconômicos de uma graduação superior. A partir dessas constatações, os cientistas foram buscar justificativas e as encontraram nos estímulos que esses indivíduos receberam na educação infantil. Isso se traduz na participação dos pais em brincadeiras simples, leitura de livros e outras atividades que desafiavam a capacidade cognitiva dos filhos quando pequenos. Leia mais sobre o papel dos pais no aprendizado infantil.
A formação das principais características da personalidade da criança acontece nos três primeiros anos de vida. “É quando ela começa a aprender sobre o mundo”, diz Elizabeth Pungello, co-autora do estudo. “Nessa fase, o desenvolvimento do cérebro está em pleno vapor. É uma boa oportunidade para os adultos o estimularem de maneira lúdica, divertida, ou seja, contarem histórias adequadas à idade, levarem as crianças ao mercado, dando explicações sobre os itens que compram”, exemplifica. Saiba outras informações sobre estímulos e desenvolvimento.
De acordo com a cientista, essa bagagem permitirá que a criança identifique, quando crescer, as melhores oportunidades para ela. Nos primeiros anos de vida, destaca-se o desenvolvimento da autorregulação de competências. Em outras palavras, o pequeno aprende a focar a atenção em questões importantes, adquire comportamentos de controle e habilidades de comunicação.
Vale ressaltar que, nos casos estudados, as crianças frequentavam escolas que as reuniam em pequenos grupos. “É melhor procurar instituições de ensino em que os professores sejam responsáveis por um número menor de alunos”, aconselha a pedagoga Rosa Coelho, que trabalhou durante 30 nas redes públicas de São Paulo, com características semelhantes às da pesquisa americana. “Turmas muito grandes não permitem que os professores dediquem a devida atenção aos pequenos, desenvolvendo atividades criativas.”, justifica.
Em casa, os pais também podem contribuir para o desenvolvimento, com alguns recursos simples . “Estimule seu filho com brincadeiras instrutivas, converse com ele”, diz Rosa. Por fim, “nunca empregue aquele linguajar infantilizado para se igualar ao bebê. Fale com ele corretamente, para que ele se habitue à pronúncia da língua.”

Fonte:
http://bebe.abril.com.br/materia/como-a-educacao-infantil-influencia-na-vida-adulta-do-seu-filho

sábado, 23 de maio de 2015

Os gastos do herdeiro

O bebê invade nossa vida e nesse momento percebemos que a antiga planilha não condiz mais com as despesas da casa, mesmo que você tenha se planejado para isso. Afinal, qual a origem do rombo? O desfalque pode estar sendo causado pelos pequenos gastos, aqueles a que não damos muita atenção no dia a dia, mas que fazem toda a diferença no fim do mês, como a conta da farmácia, o extras do supermercado, os bodies novos do recém-nascido. Para ajudá-la a reorganizar seu orçamento doméstico, mapeamos todos os gastos médios do primeiro ano de vida do seu filho. Esse é um passo fundamental para atualizar sua planilha e, de quebra, lá na frente, financiar seus sonhos, seja o pagamento de uma boa escola, seja uma deliciosa viagem em família.

1. Os gastos com a babá vão além do salário
Nas finanças domésticas, essa profissional vira um item importante da planilha. Afinal, ela ganha um salário de pelo menos R$ 600, podendo superar os R$ 2 mil, além de transporte e encargos trabalhistas, como férias e 13º. Mas a conta não acaba aí. Sem se considerar avarento, pense que a nova empregada vai usar a casa o dia inteiro. Resultado: contas de luz, água, telefone, gás e mercado aumentam, invariavelmente. Pode parecer insignificante, mas não é. Refeições, banhos, usos de eletrodomésticos, ligações interurbanas, pratos quebrados... Tudo dobra, e o preço disso é alto. Se ela dorme no serviço, então, os gastos sobem ainda mais, já que a moça vai lavar roupa, assistir à TV, ouvir rádio, jantar e assim por diante.
2. Os extras da escola
Ao colocar na sua planilha o item escola, inclua aí também o transporte - caso você opte pela perua escolar - os eventuais lanches na cantina e as atividades extracurriculares. Sim, você terá de desembolsar alguns bons reais para pagar o presente do Dia dos Pais, a fantasia da Páscoa, a festa junina, as excursões, as comemorações de fim de ano etc. Outro ponto a ser observado com atenção é o padrão de consumo dos amigos. Se os coleguinhas do seu filho têm brinquedos e hábitos de lazer caros, acredite, você vai fazer de tudo para proporcionar o mesmo a ele, nem que para isso precise entrar no cheque especial.
3. A festa de aniversário também deve estar na planilha
A maioria dos pais sabe que tem de pagar escola ou babá, comprar fraldas e até fazer um supermercado mais gordo. Poucos se lembram que uma vez por ano terão de desembolsar um bom dinheiro na festa de aniversário do pequeno. Mesmo os que optam por reuniões em casa com soluções artesanais chegam a gastar até R$ 1 mil. Se a ideia é fazer em um bufê infantil, aí os valores aumentam - e muito. A dica é incluir cerca de R$ 350 no orçamento mensal, destinados exclusivamente para financiar a festa e um brinquedo especial. Tudo resolvido? Ainda não. Sabe aquela multidão de crianças que foi ao aniversário do seu filho? Pois é, todos eles também fazem aniversário. Isso significa a média de uma a três lembrancinhas por mês - não dá para chegar de mãos abanando, não é? Faça as contas, levando em consideração que cada presente sai por entre R$ 30 e R$ 100. Seja como for, pense que esse item pode ser um importante foco de remanejamento do orçamento.
4. As roupas têm vida curta
O item vestuário talvez seja o mais capcioso do orçamento doméstico. As crianças crescem rapidamente e perdem tudo em um piscar de olhos, e nem sempre os gastos com roupas novas são contabilizados no orçamento mensal. Por isso, vale a pena abrir uma janela na tabela de despesas mensais: roupas e acessórios.
5. É importante ter uma reserva para as despesas médicas
Saiba exatamente o que seu contrato cobre para não ter surpresas. Existem inúmeros casos de pessoas que ficaram na mão quando mais precisaram do convênio, como diante da necessidade de um parto prematuro seguido de uma longa internação ou outras situações inesperadas. Caso você opte por levar seu filho a um médico que não seja do plano de saúde, lembre-se de que no primeiro ano de vida o bebê precisa visitar o pediatra uma vez por mês. Contabilize, então, os gastos dessas consultas. Não se esqueça, também, das vacinas que não são disponibilizadas gratuitamente na rede pública de saúde. Poucos pais se lembram delas quando estão grávidos. Só que elas custam dinheiro. Ponha no papel. Em um ano e meio, o desembolso pode chegar a mais de R$ 1,5 mil.
6. Os gastos com itens de farmácia são os que mais sobem
Os gráficos disponibilizados pelas operadoras de cartões de crédito para seus clientes comprovam: os gastos com itens de farmácia são os que mais sobem quando se tem um filho. Fazem parte dessa lista fraldas, lenços umedecidos, pomadas para assadura, algodão, xampus, antitérmicos, analgésicos e antibióticos.
7. O enxoval continua mesmo depois que o bebê nasce
Os nove meses que antecedem o parto são de muitos gastos. Os pais compram berço, cadeirão, bebê conforto, carrinho de passeio, cadeira para o carro, roupas e tudo mais. É uma despesa alta, porém previsível. O que ninguém conta para essa família recém-crescida é que em pouco tempo uma nova leva de produtos específicos para o bebê terá de ser adquirida. Os desavisados acabam, então, tendo de arcar com o umidificador e o ventilador para os dias de calor, o inalador para o nariz entupido, o abajur para contar história... Isoladamente, não são produtos que vão falir um casal, mas, no bolo orçamentário, principalmente se não estiverem no planejamento, podem fazer a diferença, sim.
8. Despesas tamanho família
Basta sair de casa para programas até então simples, como ir a um teatro e, depois, comer fora, para entender que os fins de semana encareceram. As férias e os feriados também. Viajar com crianças significa gastar mais com passagens, hospedagem e infraestrutura. Mesmo porque não dá mais para topar de cara qualquer roteiro. O local deve ser apropriado para o público infantil, de preferência, com monitores e muitas atividades. Em outras palavras, mais despesas. Nesse caso, o planejamento e a divisão do gasto por mês é a melhor orientação.
9. As atividades extras costumam virar ordinárias
Mal o bebê completa 4 meses e os pais já estão a postos para matriculá-lo na natação. Com o passar dos anos, vêm o judô, o balé, o inglês e assim sucessivamente. Tem também o acompanhamento fonoaudiológico, os óculos e o dentista. Até chegar ao cabeleireiro infantil, que custa mais caro porque oferece cadeiras de bichinhos e telas com os desenhos mais desejados, além de sala com brinquedos. Pois é, essas despesas também pesam e ajudam a bagunçar o orçamento de quem não se organiza.
10. Tenha sempre um fundo de emergência
Fazer um planejamento financeiro para a chegada de um bebê significa enxergar todos os gastos e computá-los em uma planilha. Vale aqui conversar com amigos que já tenham filhos e saber as despesas reais. Significa também estar atento ao que é mensal, bimestral, trimestral, semestral ou anual. Os gastos devem ser divididos por mês. O ideal é calculá-los com base no total do ano, incluindo despesas pontuais, mas previsíveis, e dividir tudo por 12. Fazendo isso, você terá seu orçamento. Se não for mais do que você ganha, está no caminho certo. Se for, trate de remanejar. Ainda assim, é preciso considerar que os filhos são cheios de surpresas. Portanto, viva sempre com um fundo de emergência.

Fonte:
http://bebe.abril.com.br/materia/10-dicas-para-nao-entrar-no-vermelho

sábado, 16 de maio de 2015

Poupe pelo futuro do seu filho

Especialistas ensinam como é possível arcar com as despesas escolares da criança sem causar grandes estragos no orçamento

Assim que a gravidez é confirmada, a família começa a fazer muitos planos para o futuro da criança. No entanto, pouca gente lembra que, juntamente com os projetos, vêm os boletos. Eles ficarão ainda mais salgados com o passar dos anos, à medida que a vida escolar do pequeno avançar, por exemplo. Se o planejamento financeiro começar cedo e houver disciplina, será possível atender, com tranquilidade, a necessidades como educação, saúde e lazer. "Assim que o bebê nascer, comece a colocar dinheiro na conta", aconselha o consultor Augusto Sabóia, de São Paulo. O especialista afirma que, mais importante do que escolher o tipo de investimento, é fundamental incorporar ao seu cotidiano a prática de poupar. "A família deve resistir à tentação de exagerar com gastos em roupas e brinquedos na primeira infância", aconselha Sabóia.
 Para Luiz Jurandir de Araújo, professor da Universidade de São Paulo (USP) e consultor da Fipecafi, é imprescindível que as famílias foquem seus investimentos no capital intelectual do filho. "Os pais devem garantir uma boa escola no presente e, paralelamente, poupar pensando nos estudos", afirma. Além disso, nem passa pela cabeça de muitas pessoas a ocorrência de situações como um eventual desemprego, uma doença ou mesmo a possibilidade de a criança ficar órfã. Por isso, Araújo recomenda que a família faça sempre um seguro de vida, ao menos para um dos pais. "Na nossa sociedade, em que as pessoas têm filhos cada vez mais tarde, é preciso pensar nessa forma de proteção", afirma.
Se você já está convencida de que deve poupar, então é hora de escolher onde vai colocar o dinheiro. Nessa hora, é preciso buscar muitas informações sobre os produtos oferecidos no mercado e avaliar, com honestidade, qual a sua disposição em manter a aplicação. "Quem não tem um imóvel próprio, certamente, acabará recorrendo à poupança do filho em algum momento", adverte Araújo. "Por isso, antes de começar a poupar, pense nos outros eixos que precisam ser ajustados para não cometer erros."
Uma dica que vale para todos é fazer sempre um mix de investimentos, em vez de deixar todo o dinheiro em um único lugar, afirma Alexandre Assaf, professor de economia da Universidade de São Paulo e diretor do Instituto Assaf, na capital paulista. Assim, uma parte do pé-de-meia deve ficar sempre em algum produto de curto prazo, de maneira que, se houver algum imprevisto, o dinheiro possa ser sacado sem que haja a perda de rentabilidade. Outra sugestão é começar a guardá-lo na caderneta de poupança. "Só quando o volume crescer um pouco, ele deve ser destinado a um fundo de investimentos, que cobra taxas de administração mais caras para baixas aplicações", explica Araújo.
Saiba que poupar não é apenas evitar torrar o dinheiro que sobra - porque, sejamos sinceros, ele raramente sobra. Por isso, é bom estabelecer uma meta fixa por mês, ainda que esse valor seja pequeno, e incluir esse item no orçamento mensal. Para que o objetivo seja cumprido, muitas vezes, será necessário deixar de consumir algo aqui e agora. Uma estratégia que o consultor Augusto Sabóia propõe para quem está estreando no mundo das finanças familiares é adotar a chamada escadinha financeira. Comece por um vidro de azeitona - grande e transparente, o que dá mais clareza do volume de dinheiro que está sendo acumulado. Quando o pote estiver cheio, ponha esse dinheiro na poupança - mas não pare de encher o vidro. Quando a poupança já somar algo como R$ 3 mil, transfira o montante para um fundo de renda fixa. Continue enchendo o vidro e transferindo o dinheiro para a poupança e, da poupança, para o fundo de renda fixa. Quando o fundo de renda fixa acumular um valor próximo a R$ 10 mil, passe esse dinheiro para um fundo de ações. E continue enchendo o vidro...
Entenda, a seguir, como funciona cada uma das aplicações que ajudam seu dinheiro a render.
1. Caderneta de poupança
Previsibilidade e facilidade de aplicação de baixas quantias de dinheiro, a qualquer momento do mês, são as principais vantagens dessa modalidade. Você pode destinar qualquer valor para a poupança, em qualquer momento do mês. O rendimento da caderneta de poupança é fixo: 0,5% ao mês (ou 6% ao ano) mais a variação da taxa referencial (ela é calculada diariamente pelo governo, mas fica muito abaixo da variação da inflação).
O retorno pode ser menor do que o de alguns fundos, mas a grande vantagem é a ausência de tributação e a taxa de administração. Além disso, o Fundo Garantidor de Crédito do governo assegura aplicações de até R$ 20 mil por CPF em caso de problemas com a instituição financeira onde são feitos os depósitos. Para quem não gosta de riscos e não dispõe de valores altos para a aplicação, é uma boa opção. Mas lembre: a poupança não tem liquidez diária e, por isso, sacar o dinheiro fora da data de aniversário significa perder o rendimento daquele mês.
2. Fundos de renda fixa
Embora seja uma aplicação considerada conservadora, os fundos de renda fixa não estão totalmente livres de risco e não têm uma rentabilidade previsível, como a poupança. Os recursos do fundo são destinados a títulos do Tesouro Nacional ou emitidos por bancos, como CDBs e debêntures. Esses títulos podem ser prefixados (a taxa é estabelecida no momento da compra do papel e permanece inalterada ainda que os juros de mercado oscilem) ou pós-fixados (pagam um porcentual da chamada taxa básica Selic, fixada pelo Banco Central, que hoje está em 8,75% ao ano. Portanto, eles acompanham o sobe e desce dos juros). Dessa maneira, é a composição do fundo que vai determinar como será sua rentabilidade. Em geral, o retorno é superior ao da poupança.
O problema é que no fundo o investidor paga uma taxa de administração - em alguns casos, ela pode superar 3% ao ano. Isso corrói uma parcela significativa dos ganhos e, dependendo do valor aplicado, poderá tornar o fundo menos atraente do que a poupança. Quanto menor o volume investido, mais o banco vai cobrar de taxa de administração. Por isso, os fundos costumam ser proibitivos para quem tem menos de R$ 3 mil. Além disso, o rendimento da aplicação é sujeita ao recolhimento de imposto de renda progressivo: as aplicações de até seis meses pagam alíquota de 22,5%; de seis meses a um ano, 20%; de um ano a dois, 17,5%; e, finalmente, acima de dois anos, 15%. Por isso, antes de escolher um fundo, peça simulações ao gerente, sempre observando a taxa de administração e tendo claro qual o prazo que esse dinheiro deverá permanecer aplicado.
3. Tesouro direto
É um meio de comprar títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional sem a intermediação de uma instituição financeira, o que reduz muito os custos para o investidor. Na verdade, o investidor adquire uma fração desse título. O valor inicial de aplicação é baixo: R$ 200. O investidor precisa apenas ser cadastrado junto a uma corretora, para a qual pagará uma taxa de administração que varia ao redor de 0,30% ao ano. O Tesouro Nacional (www.tesouro.fazenda.gov.br) informa o ranking das taxas das instituições que oferecem esse serviço.
Entre os títulos oferecidos, um dos mais indicados para quem quer fazer um investimento de longo prazo é a NTN-B (Nota do Tesouro Nacional série B), título prefixado de longo prazo, cuja rentabilidade varia mensalmente, dependendo das condições de mercado. Hoje, a NTN-B tem uma taxa ao redor de 6,5% mais a variação do IPCA (índice de inflação oficial do governo), que este ano deve ficar perto de 4,5%. Existem outras opções, como as Letras do Tesouro Nacional (LTN), com rentabilidade prefixada, e as Letras Financeiras do Tesouro (LFTs), pós-fixadas. Essa modalidade também é sujeita ao recolhimento de imposto de Renda, nos mesmos moldes dos fundos de investimento. A liquidez é diária - ou seja, o saque feito ao longo do mês não elimina a rentabilidade proporcional do período -, mas os resgates podem ser feitos apenas às quartas-feiras.
4. Fundos de ações
Excelente opção para quem quer melhorar sua rentabilidade, mas, para isso, deve estar disposto a correr riscos. Principalmente, ter certeza de que não vai precisar do dinheiro no curto prazo. O valor investido será colocado em ações de empresas e, como as perspectivas para a economia nos próximos anos são favoráveis, o esperado é que os ganhos nessa modalidade de investimento sejam maiores do que os oferecidos pela renda fixa. Isso porque as ações das empresas se valorizam quando investidores enxergam espaço para crescimento delas.
Como os analistas acreditam que a economia favorecerá o aumento do lucro das empresas no Brasil, a aposta geral é de que a bolsa de valores vá se beneficiar. Mas, por ser uma aplicação de renda variável, não existe a garantia de rentabilidade. Por isso, para aplicar em ações, o investidor não pode ter um prazo definido para o resgate. Senão o dinheiro pode acabar sendo sacado no momento da baixa, o que se traduzirá em prejuízo. Assim, o conselho dos especialistas é que se aplique em ações a soma que ficará investida por muitos anos - ou seja, não se trata daquela graninha reservada para eventuais emergências.
Também é bom avaliar, antes de escolher esse produto, se você terá sangue frio para assistir às oscilações de preços da bolsa e resistir à tentação de sacar tudo no período de baixa. Existem várias alternativas de fundos de ações no mercado. Quanto mais agressivo for o fundo, maior a chance de ganho, mas também de perda. Por isso, é preciso estudar muito antes de decidir. Assim como os fundos de renda fixa, é fundamental checar a taxa de administração, que será mais salgada para os valores baixos de aplicação. Há o recolhimento de imposto de renda progressivo sobre a rentabilidade.
5. Fundos de previdência
Esse fundo é indicado para quem quer depositar o dinheiro mensalmente, tem um horizonte de longo prazo para a aplicação e não se preocupa em fazer escolhas entre as diferentes modalidades de investimento. Nesse caso, também há várias opções que atendem a diferentes perfis de investidor. Existem fundos que aplicam apenas em títulos de renda fixa públicos ou privados, que pagam juros, ou aqueles que destinam até 49% em ações.
Existem ainda fundos de previdência que investem em títulos públicos referenciados na taxa básica de juros - os referenciados DI, fundos que investem em câmbio e fundos multimercados com ou sem renda variável. Esse tipo de fundo, como o próprio nome diz, investe em vários mercados, como dólar, renda fixa e ações. É bom observar que há três taxas a serem pagas nesse produto: carregamento, administração e saída. Algumas seguradoras cobram também uma taxa de desempenho sobre a rentabilidade adicional em relação a um parâmetro estabelecido - a taxa básica de juros, por exemplo.
Os porcentuais mudam de acordo com o valor aplicado, o prazo da aplicação, a política da seguradora, se o plano é individual ou corporativo e o tipo de investimento. A taxa de carregamento é uma espécie de pedágio, cobrada na entrada do plano e a cada aplicação mensal. Ela serve para custear os gastos da seguradora com a aquisição do cliente, comissões dos corretores e campanhas de marketing, entre outros. A taxa de administração paga o dispêndio de gestão do fundo. Por fim, a taxa de saída paga as despesas tributárias com o resgate do dinheiro, que sai da conta da seguradora e vai para o cliente. Planos aprovados a partir de janeiro de 2007 não contam mais com essa cobrança.

Fonte:
http://bebe.abril.com.br/materia/poupe-pelo-futuro-do-seu-filho
http://bebe.abril.com.br/materia/poupe-pelo-futuro-do-seu-filho?pw=2

sábado, 9 de maio de 2015

Dicas de como lidar com os bebês

Sono: quando o bebê troca o dia pela noite
"Até os 2 anos de idade, o bebê apresenta um sono muito diferente do sono do adulto, com um período de descanso maior e vários menores (as sonecas). O problema é que o período de sono maior nem sempre coincide com os horários da família. Menos frequentemente, distúrbios do sono em bebês podem ser originados também de insônia ou problemas respiratórios, como a apneia. Estes costumam se manifestar como ronco e agitação ao dormir, sonolência durante o dia e dificuldade para acordar. Esses casos precisam ser avaliados, investigados e tratados pelo pediatra. Já a insônia geralmente é desencadeada no bebê por hábito de alimentação noturna, estresse por algum problema de saúde e falta de limites (dificuldade de iniciar o sono, recusa da criança em ir para a cama na hora adequada, entre outros). A abordagem desse problema é comportamental, como com os adultos. É preciso observar os hábitos da família e a sua história, fazer adaptações e corrigir os hábitos inadequados, como horários irregulares. Os casos mais difíceis devem ser acompanhados pelo pediatra, e às vezes por psicólogo e neurologista", aconselha Filumena Gomes, pediatra do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas, em São Paulo.
“Os despertares na primeira metade da noite e associados à manifestação de choro ou à atitude de sair da cama e ir para a dos pais, por exemplo, quando se trata de uma criança que já apresentava uma boa consolidação do sono, sugerem um despertar parcial, ou seja, uma manifestação da transição do sono de ondas lentas para o sono dos sonhos (REM). Ou seja, a criança, apesar do barulho e dos movimentos que faz, não está consciente, não está acordada de fato. Essas crises podem receber nomes como sonambulismo, choro inconsolável, terror noturno, mas essas classificações só se referem à característica dos despertares. Em geral, os episódios são esporádicos, são favorecidos por situações de mudança ou estressoras na vidinha da criança e tendem a desaparecer espontaneamente. O ideal é apenas encaminhar a o pequeno de volta para a cama. As crises tem uma duração média de 3 a 5 minutos. Caso  se tornem muito frequentes, é recomendável consultar um especialista”, aconselha a neuropediatra Márcia Pradella-Hallinan, do Instituto do Sono da Universidade Federal de São Paulo.
Ciúmes na amamentação
"Tenho um casal de gêmeos de 3 meses. O menino mama apenas no peito e a menina, infelizmente, complemento. Sempre que estou dando mamadeira para a garota, o garoto me olha e começa a choramingar, como se estivesse reclamando de ciúmes. Isso é possível? O que posso fazer para melhorar?”
“As crianças têm, desde a vida intrauterina, a percepção do que acontece ao seu redor. Pelo fato de serem gêmeos, ambos sabem que deverão dividir a atenção da mãe. É possível, realmente, que o menino sinta ciúmes da irmã e vice-versa. É interessante que, na medida do possível, as crianças fiquem próximas umas da outras, compartilhando do afeto da mãe. No entanto, a postura e a segurança da figura materna em momentos como esse é que farão toda a diferença. Ainda que um dos bebês choramingue, o ideal é que a mãe se mantenha firme, pois o pequeno será, sim, capaz de entender a mensagem”, esclarece Sangra Regina Garcia Soffner, psicopedagoga e Coordenadora da Unidade Infantil (Gente Nossa) do Colégio Palmares, de São Paulo.
Dicas para tirar a mamadeira
“Como a criança está acostumada com a mamadeira, ela deve ser tirada aos poucos. Primeiramente, podemos tirar a mamadeira da noite, pois a criança a usa como chupeta. Além disso, a mamadeira neste horário faz com que a criança durma com os dentes sujos, prejudicando a dentição — e isso é ainda pior quando o achocolatado é adicionado, pois ele aumenta o risco de cáries e é um estimulante. Depois disso, a mãe pode passar a substituir o leite da mamadeira em um copo durante o dia. Ela pode oferecer o copo de uma forma lúdica:  com canudinho e enfeites, por exemplo. É importante que a mãe elogie a criança quando ela tomar leite no copo, mostrando a ela que mamadeira é ‘coisa de neném’ e que ela já está grandinha e que, por isso, já pode beber no copo — assim como já come no prato”, explica Quézia Bombonatto, psicopedagoga e diretora da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp). 
Birra
Para notar se o que seu filho está fazendo é birra, os pais podem ficar atentos a três questões. “É importante perceber em que condições a criança está, se está com fome, sono ou se houve um excesso de estímulo. Por exemplo, se ela acabou de sair de uma festa, o comportamento pode ocorrer devido à exaustão. No caso da birra, a reação da criança é sempre desproporcional ao acontecimento. Além disso, a birra é uma tentativa de manipulação, forçando a vontade dela em oposição à vontade dos pais”, explica a psicanalista Vera Ianconelli, coordenadora do Gerar – Instituto de Psicologia Perinantal.

Fonte:
http://bebe.abril.com.br/0-12-meses/educacao

sábado, 2 de maio de 2015

13 dicas para educar seu bebê

Depois de uma semana intensa de trabalho, com pouco tempo para os filhos, é difícil não ceder aos apelos infantis. A saudade se mistura à culpa e tudo o que os pais querem é ser amados por suas crianças. Nessa hora, o perigo é recompensar os filhos realizando todos os desejos e dizendo sempre "sim". É preferível fazer um esforço para encontrar mais tempo para desfrutar da família e manter-se firme no papel de educador. Não vale mudar as regras só porque ficou longe das crianças por tempo demais. 
Mas existem motivos nobres para flexibilizar a disciplina em casa. Use suas antenas superpoderosas de mãe para detectar se, em determinado período, seu filho precisa de mais atenção por algum motivo. Se ele dorme sempre no próprio quarto, mas em uma determinada noite mostra-se assustado ou ansioso para pegar no sono sozinho, ofereça aconchego em sua cama sem medo de quebrar a regra. "Os limites não são mais importantes do que o filho. E as crianças têm nuances, singularidades e são diferentes entre si. É preciso compreendê-las a cada momento e, se for o caso, abrir exceções em nome do bem-estar delas", pondera Vera Ferrari. 
Para entender mais estratégias como essas e aprender outras, os pais podem investir em leituras específicas. O pediatra norte-americano Harvey Karp, por exemplo, procura ajudar os desesperados pais de filhos a partir de 2 anos. Autor do best seller "O Bebê Mais Feliz do Pedaço" (Planeta), entre outros, Karp é professor da Escola de Medicina da Universidade de Santa Mônica, na Califórnia, e costuma comparar as crianças a pequenos "homens das cavernas". E as razões são evidentes: apesar de muito espertas e inteligentes, elas ainda não adquiriram domínio verbal e costumam expressar as emoções com as armas que conhecem. 
Outros títulos para aperfeiçoar suas habilidades de educadora são "Como Não Ser Uma Mãe Perfeita" (Publifolha), de Libby Purves, que reúne diversão e informação para ensinar a lidar com os principais problemas de cada fase sem stress desnecessário; "Pais Que Educam: Uma Aventura Inesquecível" (Gente), de Ceres Alves de Araújo, que esclarece dúvidas sobre o desenvolvimento infantil, do nascimento até a adolescência; e "A Encantadora de Bebês Resolve Todos os Seus Problemas" (Editora Malone), de Tracy Hogg e Melinda Blau, que reúne técnicas surpreendentes e simples para facilitar o dia-a-dia dos pais de primeira viagem. Confira a seguir algumas dicas pinçadas destes livros.

1. Não use a lógica do adulto
Argumentos complexos ou longas explicações estressam e confundem a criança. Use frases curtas e enfatize duas ou três palavras-chave.
2. Seja enfático e coerente
A forma como você diz uma coisa pode ser mais importante do que as palavras utilizadas. Por isso, harmonize o tom de voz com expressões faciais, como sobrancelhas arqueadas e gestos amplos para demonstrar suas emoções e se fazer entender. É importante que o conteúdo da mensagem combine com a linguagem corporal.
3. Aceite os sentimentos da criança
Sentir-se compreendida é o primeiro passo para a criança se acalmar. Faça seu filho perceber que você entendeu por que ele está aborrecido. Aceite suas razões e, aos poucos, passe mensagens curtas e claras para resolver a situação. Exemplos: "Você quer o caminhão? Você quer agora? Mas agora é a vez do João, espere um pouco".
4. Nunca pratique a agressividade
Até mesmo aquele tapinha no bumbum ou na mão que você julga inofensivo deve ser evitado a todo custo. Quando batem, os pais servem de modelo para que a criança também se torne agressiva e passe a usar as mãos em vez de tentar elaborar argumentos e negociar cada impasse.
5. Afaste as tentações
Se ele começou a engatinhar, coloque mais para o alto as peças que são muito estimadas por você e que podem chamar a atenção do bebê pelo brilho e pela cor, como aquele lindo vaso de cristal (o que não significa, porém, transformar por completo a configuração da casa). O mesmo vale para os alimentos dos animais de estimação. Até o pequeno compreender que aquela é a comida do cachorro, melhor mantê-lo longe.
6. Desvie a atenção
É fácil distrair a criança. Não se acanhe em chacoalhar um brinquedo favorito no ar quando ela estiver prestes a destruir a correspondência ou rasgar a primeira página do jornal. Assim, você evita sair correndo e gritando "não".
7. Respeite o sono
O cansaço é uma das causas campeãs de mau comportamento. Crianças exaustas e com privação de sono geralmente ficam impacientes e costumam ter mais ataques de birra. O ideal é que, além de dormir entre dez horas e meia e 12 horas à noite, ela ainda possa fazer um descanso durante o dia.
8. Siga horários
Se há uma rotina estabelecida, com horários para brincar, almoçar e tomar banho, evite quebrar a ordem para atender a outras demandas. Se o telefone toca enquanto você está dando o almoço, seja rápida. Ou logo o bebê começará a fazer de tudo para ganhar atenção.
9. Dê uma distância saudável
Se a criança não está doente nem passando por alguma situação especial, mas sempre chora ou grita quando você se afasta, talvez seja hora de ela experimentar um pouco mais de liberdade e "solidão". Tente, por exemplo, deixá-la brincando sozinha por alguns poucos minutos. Fique de olho, mas evite manter contato visual. Aprender a estar bem consigo mesmo é uma aquisição importante para o futuro.
10. Estabeleça conseqüências
Estipule regras claras e simples e avise qual é o castigo para desobediências. Sempre que uma regra for quebrada, cumpra o que disse imediatamente. Mas não use castigos ou privações exageradas para pequenas traquinagens, como colocar os pés calçados sobre o sofá.
11. Não faça chantagens
Argumentos como "vou embora", "não gosto mais de você" ou "é terrível ser sua mãe" só vão deixar seu filho inseguro. Concentre-se em reprovar o comportamento inadequado sem fazer do seu amor por ele um objeto de barganha.
12. Critique os atos, não a criança
Jamais diga, por exemplo, que seu filho é mau, preguiçoso ou mentiroso. Ou ele vai se convencer disso e pode começar a agir de acordo com esse rótulo. Centre sua reprovação sobre a atitude de que não gostou. Por exemplo: "Não puxe o rabo do cachorro porque isso machuca".
13. Ofereça alternativas
Se o pequeno jogador está prestes a lançar uma bola em direção à janela do vizinho, vale sair correndo e interromper o desastre. Mas sempre explique em poucas e conhecidas palavras a razão do "impedimento". O ideal é oferecer uma alternativa positiva, como jogar a bola para o outro lado.

Fonte:
http://educarparacrescer.abril.com.br/comportamento/dicas-educar-seu-bebe-426417.shtml