sábado, 9 de agosto de 2014

Educação financeira: a economia começa em casa

No Brasil, infelizmente não temos a educação financeira como uma prioridade desde a infância – não é uma matéria escolar e na maioria das escolas não existem projetos deste tipo. Com um mundo tão diversificado, a economia pessoal ou familiar é algo fundamental para se estabelecer objetivos, suprir necessidades, projetar uma vida mais segura e com maior bem-estar.
É o orçamento financeiro que torna o sonho possível. Do contrário, a menos que você não dependa de uma renda fixa básica, será muito difícil estabelecer metas sem considerar as ações necessárias e a realidade econômica em que vive.
A vida dos brasileiros como um todo mudou muito a partir da década de 1990 – com a da criação e implantação do Plano Real, as classes mais populares tiveram acesso a uma verdadeira gama de serviços, então restritos a uma pequena parcela da população. Cartões de crédito, crédito consignado, financiamentos de todos os tipos: uma diversidade ainda maior de produtos facilitados de todas as formas. Mas tudo tem um preço: por não ter uma formação econômica de base, o brasileiro está cada vez mais endividado e nem sempre sabe lidar com os juros altíssimos e parcelamento de cartões.
O orçamento saudável
O orçamento ideal é aquele que possa suprir todas as necessidades básicas de uma pessoa e de seus dependentes, dar-lhe possibilidade de projetar um futuro seguro através de uma divisão de renda realista. O orçamento permite que se faça escolhas para estas necessidades e para se alcançar objetivos.

Como fazer um orçamento
O primeiro passo é definir que tipo de orçamento você precisa de acordo com o seu fim: será um orçamento familiar? Um orçamento empresarial? Um orçamento pessoal? Tomemos com o exemplo aqui o orçamento familiar. Primeiramente, é necessário destacar as necessidades básicas. Elas estão divididas em 5 grupos:

O que sai:
Educação: mensalidades escolares, de curso superior ou especialização, idiomas, cursos de todos os tipos.
Transporte: gastos com automóveis, transporte escolar, táxi, ônibus, metrô, gasolina, etc.
Alimentação: despesas com supermercados, restaurantes, almoços diários, lanchonetes, feira, etc. Em supermercado, você pode incluir, se preferir, tudo o que se compra inclusive além da alimentação (higiene, produtos de limpeza, etc.).
Moradia: aluguel, condomínio, prestação de financiamento da casa, IPTU, etc.
Saúde: planos de saúde, remédios de uso mensal, farmácia, consultas médicas e odontológicas, etc.
Despesas pessoais: roupas, sapatos, manicure, cabelereiro, passeios, supérfluos, etc.
Lazer: cinema, mensalidade de clubes e academias, shows, ingressos, livros, CDs, DVDs, etc.
Contas fixas e outros gastos (de curto, médio e longo prazo): telefone, conta de celular, TV a cabo, internet, previdência privada, títulos de capitalização, juros de cartão, conta de energia, fatura de cartão de crédito, outros empréstimos e financiamentos, gás, investimentos, etc.
É necessário também listar os imprevistos e emergências.
Outros: presentes, despesas com o Natal, manutenção do carro, etc.

É necessário também estabelecer a renda familiar:
O que entra:
Salário total da família
Aposentadoria
Pensões
Renda extra
Outros investimentos (como aluguéis, por exemplo).

Analise o seu orçamento:
Quando você coloca no papel todos os seus gastos, pode perceber melhor de que forma é possível economizar e reduzir desperdícios. A diferença entre o que você gasta e o que você recebe é o montante que você pode investir e ter um futuro mais organizado. Se mesmo assim é difícil, reavalie mais uma vez as suas necessidades.
Seja menos rígido e mais realista. Não elimine todos os seus gastos com lazer, por exemplo, sem reavaliar seus gastos mais altos.
Coloque no papel: seja uma planilha no computador ou em um caderninho, o importante é que você tenha o controle de seus gastos e atualize com frequência. Vale até usar um aplicativo no celular, se preferir. Não se esqueça de listar também as suas metas a cada mês. Os especialistas afirmam que 30% do que se ganha deve ser poupado ou investido.

Fonte:
http://www.dividasefinancas.com.br/2013/10/educacao-financeira-a-economia-comeca-em-casa.html

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