sábado, 14 de junho de 2014

Recém Casados

O casamento é um importante passo na vida de qualquer casal. Depois dele as responsabilidades e o compromisso com o relacionamento aumentam bastante. É uma fase geralmente difícil na vida do casal até então namorados ou noivos, principalmente pelo convívio que até então era esporádico ou em dias combinados e agora passa a ser diário.
Esse convívio diário exige paciência e equilíbrio tanto do homem quanto da mulher. Depois de casados, os noivos passam a ter que conviver com as diferenças, defeitos e manias do outro. Alguns comportamentos e gostos aparecem ou afloram depois que o casal passa morar e dormir juntos todos os dias.
Realmente, no casamento, o outro nos vê sem “preparo”. Afinal, ninguém consegue usar calcinha sexy todo santo dia e não há como fugir da “entre safra” das depilações. Para homens é a mesma coisa. Nem sempre o marido vai estar de barba feita, unha cortada, roupa bonita.
Mas isso não é desleixo, é a vida real. Mesmo durante o namoro, os casais passam por todos esses momentos, com a diferença que disfarçam a todo custo, fazem de tudo pra deixar essas coisas de fora do relacionamento.
Casar não é abrir mão da produção do namoro, mas dar ao outro acesso aos bastidores da sua vida.
Pra dividir a vida com alguém, a gente tem que estar bem resolvido em relação à nossa intimidade. Ninguém precisa ter vergonha de ter que ir ao banheiro, de ter pelos indesejáveis, de ter bafo de manhã. Do mesmo jeito que ninguém precisa ter vergonha de chorar, de passar raiva, de ter inseguranças, de perder a razão de vez em quando. Faz parte de quem nós somos.
É nesses momentos sem máscaras que a gente conhece melhor o outro e a cumplicidade se fortalece, criando raízes cada vez mais profundas no amor.

Quanto ao sonho da casa própria há de se ter paciência, pois pode se tornar uma armadilha para os recém-casados, veja a seguir os principais motivos:
1. O casal pode não ser capaz de dar uma boa entrada
Se o casal não for capaz de dar uma boa entrada, ele se endividará por um prazo muito longo e, possivelmente, pagará juros mais elevados do que conseguiria se a entrada fosse maior. Isso pode resultar em uma parcela inicial mais alta do que um eventual aluguel. Muitas vezes, o somatório das parcelas equivale a mais que o dobro do preço do imóvel. Isso não significa que o casal deva esperar até ter todo o dinheiro para pagar o imóvel à vista, até porque, dependendo da renda, esse processo pode levar muito tempo.
O conselho de Janser Rojo é que o casal more de aluguel nos primeiros anos para poupar pelo menos um valor maior de entrada. Se o casal conseguir pagar um aluguel de 2 mil reais para morar em um imóvel semelhante ao desejado – o que equivale a 0,5% de 400 mil reais e é inferior ao valor da primeira parcela – ele pode poupar a diferença (1.592 reais) em uma aplicação financeira, para engordar a entrada.
Com uma entrada maior, o casal poderá reduzir os juros e o prazo do financiamento, ou manter o prazo de 30 anos e diminuir a parcela. Fora que o valor total do imóvel (incluindo os juros) não aumentará tanto.
2. Imóvel próprio tira a flexibilidade da família
Rojo lembra que o lugar-comum de que se joga fora o dinheiro do aluguel deve ser ignorado. Primeiro porque, enquanto está financiado, o imóvel ainda não é de fato seu. “Ele está alienado em nome do banco”, diz Rojo.
Em segundo lugar, se o casal for jovem, fixar-se em um lugar pode ser ruim. Um novo emprego pode levar a uma mudança de cidade, ou mesmo fazer com que morar em outro bairro seja mais conveniente. “Trocar um imóvel próprio tem altos custos”, diz o planejador.
3. A configuração familiar ainda vai mudar
Além disso, pode haver a chegada de filhos, levando à necessidade de um imóvel maior. Nesse sentido, alugar um apartamento menor no início do casamento para investir na compra de um imóvel maior e com mais estrutura quando os filhos chegarem pode ser mais vantajoso.
4. Um financiamento pesado pode deixar outros objetivos em segundo plano
Rojo lembra que muita gente entra em um financiamento de imóvel logo no início da vida de casado sem sequer ter um orçamento ou saber quanto o outro ganha, o que pode levar a um descontrole financeiro, pois a parcela pode ficar mais pesada do que se imaginava, também pode levar o casal a ficar sem reservas para outros objetivos (carro, viagem, etc.), gerando um desgaste na relação.
Seu conselho é que o casal primeiro faça um orçamento doméstico para definir quanto pode gastar com a moradia, em vez de entrar em um financiamento e montar seu orçamento em torno disso.
Assim será possível definir uma parcela para a poupança e outra para o lazer, de modo a manter a qualidade de vida e formar uma reserva para emergências (reparos domésticos, desemprego, doença grave, etc.) e outros objetivos. Se o financiamento couber na parcela destinada à moradia, tudo bem. Se não, melhor morar de aluguel e poupar para uma entrada maior.
“Se o casal entrar de supetão em um financiamento com uma parcela que não lhe deixa espaço no orçamento, pode acabar não sobrando dinheiro para atender a outros desejos. E se acontecer um imprevisto, o casal terá que se endividar ainda mais”, diz.
Ele lembra que a falta de lazer, o grande endividamento, a inadimplência e outros problemas financeiros acabam prejudicando a relação.
5. O imóvel em que você mora não é um investimento
A ideia de que financiar um imóvel próprio é o mesmo que investir também é um lugar-comum que deve ser combatido, acredita Rojo.
O seu imóvel pode até se valorizar com o tempo, mas é bem provável que, se isso acontecer, os demais imóveis se valorizem também. Se aquele for seu único imóvel e a ideia for vendê-lo no futuro para comprar outro, de modo geral não haverá diferença, pois os outros imóveis também estarão mais caros.
“Esse raciocínio só faz sentido se o imóvel for realmente um investimento. Isto é, se não for a casa onde você mora e for destinado a gerar rendimentos com a valorização ou os aluguéis”, diz o planejador financeiro.

Fonte:
http://recemcasada.com.br/2010/06/29/intimidade-no-casamento-inimiga-ou-aliada/
http://www.gigaconteudo.com/morar-com-sogra-dicas-para-evitar-brigas-e-conviver-bem
http://exame.abril.com.br/seu-dinheiro/noticias/por-que-a-casa-propria-e-mau-negocio-para-os-recem-casados

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